14 abril 2009

SEM QUERER ,QUERENDO...

Em 1939, um jovem pesquisador russo foi chamado para consertar certo equipamento de um instituto de pesquisas na região do Kuban, no Sul da Rússia. Aproveitou a oportunidade para assistir a uma demonstração com um novo aparelho de alta freqüência para uso em eletroterapia.
Semyon Davidovich Kirlian observou que, quando o paciente recebeu o choque, apareceu um lampejo luminoso entre o eletrodo e a pele. Nesse mesmo momento, pensou que poderia conseguir fotografar aquela luz, colocando uma chapa fotográfica entre o eletrodo e a pele.
De volta ao seu laboratório, procurou executar seu intento. Providenciou as modificações necessárias, substituindo o tipo de eletrodo. Preparado o experimento, colocada a chapa no local planejado, ligou o aparelho por três segundos e, emocionado e esperançoso, apressou-se em revelar o filme. Constatou então que a chapa revelava estranha marca, uma espécie de luminescência. Acabava de surpreender importante fenômeno que, com certeza, abriria "uma janela para o desconhecido".
Juntamente com Valentine, sua mulher, aperfeiçoou um novo método de fotografia e construiu um aparelho óptico, a fim de observar diretamente o fenômeno em movimento.
O exame da própria mão mostrava milhares de focos luminescentes, como estrelas em noite sem lua; clarões multicolores cintilavam, num verdadeiro espetáculo pirotécnico de cor e luz. Algumas manchas escuras apareciam em algumas regiões.
Essa luminescência não é de natureza elétrica ou eletromagnética: é de natureza desconhecida, na opinião dos cientistas russos.
Certo dia, Kirlian aguardava a visita de dois cientistas de Moscou (visitas de pesquisadores eram constantes, dado o alto interesse despertado pela descoberta) preparava e testava seu equipamento, mas, curiosamente, não conseguia obter fotos de sua mão com a luminescência costumeira. Desmontou e montou o aparelho; repetiu o experimento várias vezes, sem resultado. Só conseguia revelar pontos e manchas escuras.
Ainda procurava solucionar o problema, quando se sentiu mal e perdeu os sentidos; sofria distúrbios vasculares que lhe causavam esse mal de tempos em tempos. Repouso era o remédio. Valentine pôs o marido na cama e providenciou o preparo do equipamento.
Mal terminara essas providências, chegaram os visitantes. Valentine realizou as demonstrações com pleno sucesso. As chapas ficaram excelentes.
kirlian ficou intrigado. Assim que pôde,levantou-se cambaleante e foi verificar o que havia acontecido com os aparelhos. repetiu a experiência e novamente as fotos ficaram escuras, com pouca luminescência. A seguir, procedeu ao exame em Valentine e o resultado foi ótimo. Revezaram-se e os resultados se repetiram: as mãos da mulher apresentavam nitidamente os clarões característicos e as suas continuavam confusas, borradas, enegrecidas.
Concluíram que não havia defeito: a doença de Kirlian influenciara os resultados. O aparelho havia detectado o mal, antes de haver qualquer sintoma.
Posteriormente, o casal de cientistas verificou modificações evidentes no campo luminescente quando sob o estímulo do álcool, nas emoções, no cansaço e até com a variação do próprio pensamento.
Cientistas da Rússia que se dedicaram ao estudo da kirliangrafia ficaram convencidos que essa técnica revelara o lendário corpo energético, o nosso segundo corpo, isto é, o perispírito, segundo Allan Kardec.
Em 1968, comissão especial, composta por renomados cientistas da URSS, concluiu que realmente existe um corpo energético, a que chamaram corpo bioplasmático ou corpo bioplástico.
Os cépticos, fazendo coro com os materialistas, dirão que Kirlian fotografou o corpo bioenergético dos homens, animais e plantas, não havendo qualquer relação com o perispírito. Não reconhecerão que sua existência havia sido apontada há milênios por religiosos e comprovada pelos estudiosos dos fenômenos espíritas há mais de 14 anos.
Mais uma vez testemunhamos a veracidade do pensamento do cientista da NASA, Robert Jastrow: "O cientista escala a montanha da ignorância e, quando chega próximo à rocha mais alta, prestes a conquistar o cume, é saudado por teólogos que lá estavam sentados ha séculos".
Em concordância com o avanço da Ciência, a matéria a cada vez se torna mais sutil, se desmaterializa. Basta lembrar que há algumas décadas se definia matéria como tudo aquilo que ocupa lugar no espaço. Sabemos hoje que matéria é energia concentrada e que, no conceito atual dos estudiosos do microcosmo, procurar o lugar que um elétron ocupa no espaço é o mesmo que procurar o espaço que ocuparia a tristeza, a angústia ou a alegria.
Kardec dizia que, se algum dia a Ciência negasse, comprovadamente, suas afirmativas, os espíritas deveriam ficar com a Ciência. Já se passaram quase um século e meio e tal ainda não ocorreu; pelo contrário, com o progresso da Ciência e da Tecnologia, a cada dias as afirmativas dos Espíritos, apontadas nas obras da Codificação, se tornam mais evidentes e comprovadas.

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