“Regressão de memória é o processo provocado ou espontâneo, por meio do qual, o espírito encarnado ou desencarnado fica em condições derelembrar o passado, da vida atual ou em existência santeriores, sejam elas recentes ou remotas”.
A definição acima é bem ampla, e está assentada nos preceitos básicos da doutrina espírita, sem, no entanto seruma criação desta, e nem oriundas de uma revelação
transcendental revestida de caráter místico ou dogmático.
Antes, é um fenômeno natural que pode ser pesquisado utilizando métodos e técnicas apropriadas, e que apesardos recentes estudos e pesquisas, sabemos de sua
utilização já em culturas antigas como no Egito e naGrécia.
A aplicação prática mais usual para esse tipo depesquisa, seria uma inclusão no modelo clínico atual no tratamento para as doenças da alma, traumas psicológicos
e até mesmo somáticos, que em muitos casos mostra-seuma técnica que facilita a solução de muitos problemas.
Além disso, vislumbro a perspectiva de podermos utilizar a regressão de memória como instrumento deauto-conhecimento e desenvolvimento pessoal, e comoinstrumento para terapeutas possibilitando um melhor conhecimento do paciente de psicanálise. Sobre essaquestão, sugiro a leitura do livro Investigando Vidas Passadas, de Raymond
Moody Jr.Poderíamos também conjecturar que seria possíveluma espécie de arqueologia espiritual, onde poderíamos explorar determinados pontos obscuros da história, em
beneficio geral da humanidade. Como exemplo cito o livrode HCM - Hermínio C. Miranda, Eu sou Camille Desmoulins, onde ele mostra um magnífico caso de regressão, identificando um dos líderes da Revolução Francesa, o qual teremos um capítulo com a sua síntese.Da minha parte posso acrescentar um outro caso que
ainda estou pesquisando (até essa data), onde foi identificada a Rainha Nefertiti, Faraó do Egito na XVIII dinastia, co-regente com o Faraó Akhenaton.Há de se ressaltar que essa obra foi compilada, aliás,foi quase que totalmente transcrita dos livros de HermínioC. Miranda, e principalmente do livro A Memória e oTempo. O autor, apesar da sua modéstia, na minhaopinião, é um dos maiores pensadores encarnados em se
tratando desse assunto. Além de conclusões advindas dealgumas experimentações práticas que tenho realizado,muitas outras informações foram retiradas de diversos
outros autores. Um pouco de história“As tradições orais que chegaram até nós, à
falta de documentos mais confiáveis, foram degrande valor, mas, no curso dos séculos, tornaram-sedesfiguradas, como medalhões corroídos, cuja idade
os arqueólogos tentam decifrar... (Christian Paul,1972)”Equivale a dizer, que o conhecimento de importantesaspectos do espírito e das leis naturais, foi muito extenso eprofundo em remotas eras e que a história ‘oficial’ não tem
registros. No Egito antigo foi desenvolvida a tecnologia de
‘desdobramento’. Nesse estado que atualmente muitoschamam de ‘estado alterado de consciência’ – o serespiritual, parcialmente liberto, tinha condições de
utilizar-se de conhecimentos que na vida de vigília lhe seriam inacessíveis: De deslocar-se no tempo e no espaço,de entrar em contato com seres desencarnados, etc.
Posteriormente algumas dessas técnicas foram utilizadas na Grécia e em Roma, mas aí já com grandes deformações.E depois, uma grande repressão na Idade média sufocou
quase que totalmente essas tradições.
Após o término do período de tirania da Igreja Católica, houve uma retomada no desenvolvimento de outras áreas do conhecimento humano, entre outras áreas
o relacionada aos ‘mistérios’ da antiga magia. Um dos pioneiros foi Paracelso (1.493), o médico maldito, que reconhecia o aspecto espiritual do homem e questões como a reencarnação. Reencarnaria depois como Hahnemann
(1.755) com as mesmas idéias e criaria a homeopatia.
Antonie Mesmer (1.733), médico excêntrico, que descobriuo magnetismo-animal, ou seja o fluido-animal, que pode ser utilizado com fins de cura, e que hoje, é aplicado nos
centros espíritas sob o nome de passe com alguma variaçãona forma.Desde os meados do século XIX, diversos pesquisadores vêem contribuindo para elucidação desse “mistério”; nomes como Allan Kardec, Gabriel Delanne,Ernesto Bozzano, Albert de Rochas, etc. deram importante contribuições. E mais recentemente outros nomes tem contribuído com suas pesquisas e experiências,
como: Ian Stevenson, Denis Kelsey, Helen Wambach, Edith Fiore, Brian Weiss e muitos outros.Premissas básicas Conforme foi dito anteriormente, o fenômeno de
regressão de memória é um fenômeno natural e como tal obedece a leis e não a dogmas ou princípios religiosos. Espero que o leitor céptico que por ventura esteja nos
dando a honra de sua leitura, possa simplesmente aceitar os princípios que seguem abaixo como hipóteses de trabalho e ir em frente. Porém para aqueles que conhecem
a doutrina dos espíritos ou tem algum outro tipo de conhecimento espiritual, lembro que embutidos na estrutura do fenômeno estão os seguintes conceitos fundamentais:
· Existência do espírito, ser consciente e em evolução.
· Existência de um corpo sutil, denominado perispírito.
· Preexistência do espírito à sua vida na carne.
· Sobrevivência do espírito após à morte do corpo físico.
· A vida noutra dimensão no intervalo entre asvidas na carne.
· A reencarnação (em um novo corpo ).
· A responsabilidade pessoal, pelos atos praticados.
Trecho do livro O Fenômeno da Regressão de Memória de Maurício Mendonça
2 comentários:
Amigo, muito importante salientar a qualidade terapêutica da regressão de memórias.
Tenho respeito muito grande pelo Brian Weiss. Mas acho que agoraele est´andando por uma seara mas complicada: "viagem ao futuro". Não sei... não entendo disso... mas temo pelo espetacularismo.
Acho, de todos, o prof. Ian Stevenson, o maior gênio de todos. Utilizou as tecnicas de metodologia da pesquisa científica, para estudaros casos deregressão e reencarnação.
Adorei o texto
abraços
Tema interessante, já li alguns livros de Brian Weiss, o 1º livro que li foi "só o amor é real" depois fui a companhando outros. Quando se refere a regressão da memória está se referindo a hipnose como método emprega para a regressão?
Um abraço
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