Matéria de capa da Revista Época nº 261 denuncia o enriquecimento da família Gasparetto, que, segundo aquela publicação da Editora Globo, “transformou o Espiritismo e a mediunidade num negócio milionário”.
A fama e a fortuna da família Gasparetto são decorrentes do prestígio do qual desfruta no movimento espírita brasileiro, constituído por pessoas crédulas, ingênuas e desconhecedoras, sobretudo do que é o Espiritismo.
As mirabolantes estórias contadas nas obras psicografadas por D. Zíbia encantam e deslumbram os incautos. É um verdadeiro festival de tolices sobre o “mundo espiritual”.
Os livros de D. Zíbia, assim como os livros psicografados no Brasil jamais foram submetidos a quaisquer exame sobre a autenticidade dos mesmos. Observem o que diz Allan Kardec na introdução do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:
Controle universal do ensino dos espíritos: “O primeiro controle é, sem contradita, o da razão, ao qual é necessário submeter, sem exceção, tudo o que vem dos espíritos. Em conclusão: controle universal é uma garantia para a unidade futura do Espiritismo”.
Essa observação de Kardec jamais foi cumprida no Brasil, o que vem concorrendo para o desvirtuamento dos princípios básicos do Espiritismo. Na verdade, os médiuns brasileiros dão “passagem” a qualquer espírito. Basta o médium ser famoso, e eis que a entidade comunicante ganha, da noite para o dia, notoriedade.
A propósito, por que os grandes mestres da pesquisa sobre os fenômenos espíritas nunca se comunicaram no Brasil? Onde estão Crooks, Bozzano, Chiaia, Gibier, Lodge, Conan Doyle, Flammarion e tantos outros?
Parece que o Espiritismo no Brasil é produto de 3º. Mundo, onde prevalecem o misticismo e a ignorância em detrimento do estudo sério e da coerência doutrinária.
Carlos Bernardo Loureiro
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