25 agosto 2009

SUICIDAR-SE, NUNCA!

Meu caro leitor, se você é daquelas pessoas que está enfrentando difícil fase de sua existência, com escassez de recursos financeiros, enfermidades ou complexos desafios pessoais (na vida familiar ou não) e está se sentindo muito abatido, gostaria de convidá-lo a uma grave reflexão.
Todos temos visto a ocorrência triste e dramática daqueles que se lançam ao suicídio, das mais variadas formas. A idéia infeliz surge, é alimentada pelo agravamento dos problemas do cotidiano e concretiza-se no ato infeliz do auto-extermínio.
Diante de possíveis angústias e estados depressivos, não há outro remédio senão a calma, a paciência e a confiança na vida, que sempre nos reserva o melhor ou o que temos necessidade de enfrentar para aprender. Ações precipitadas, suicídios e atos insanos são praticados devido ao desespero que atinge muitas pessoas que não conseguem enxergar os benefícios que as cercam de todos os lados.
Mas é interessante ressaltar que estes estados de alma, de desalento, de angústias, de atribulações de toda ordem, não são casos isolados. Eles integram a vida humana. Milhões de pessoas, em todo mundo, lutam com esses enigmas como alunos que quebram a cabeça tentando resolver exercícios de física ou matemática. Mas até uma criança sabe que o problema que parece insolúvel não se resolverá rasgando o caderno e fugindo da sala de aula.
Sim, a comparação é notável. Destruir o próprio corpo, a própria vida, como aparente solução é uma decisão absurda. Vejamos os problemas como autênticos desafios de aprendizado, nunca como castigos ou questões insuperáveis. Tudo tem uma solução, ainda que difícil ou demorada.
O fato, porém, é que precisamos sempre resistir aos embates do cotidiano com muita coragem e determinação. Viver é algo extraordinário. Tudo, mas tudo mesmo, passa. Para que entregar-se ao desespero? Há razões de sobra para sorrir, rir e viver...!
O suicídio é um dos maiores equívocos humanos, para não dizer o maior. A pessoa sente-se pressionada por uma quantidade variável de desafios, que julga serem problemas sem solução, e precipita-se na ilusão da morte. Sim, ilusão, porque ninguém consegue auto-exterminar-se. E o suicídio agrava as dificuldades porque aí a pessoa sente o corpo inanimado, cuja decomposição experimenta com os horrores próprios, pressionada agora pelo arrependimento, pelo remorso, sem possibilidade de retorno imediato para refazer a própria vida. Em meio a dores morais intensas, com as sensações físicas próprias, sentindo ainda a angústia dos seres queridos que com ele conviviam, o suicida torna-se um indigente do além.
Como? Sim, apenas conseqüências do ato extremo, nunca castigo. Isto tudo por uma razão muito simples: não somos o corpo, estamos no corpo. Somos espíritos reencarnados, imortais. E a vida nunca cessa, ela continua objetivando o aprimoramento moral e intelectual de todos os filhos de Deus. Suicidar-se é ilusão. Os desafios existenciais surgem exatamente para promover o progresso, convidando à conquista de virtudes e o desenvolvimento da inteligência. A oportunidade de viver e aprender é muito rica para ser desprezada. E quando alguém a descarta, surgem conseqüências naturais: o sofrimento físico, pela auto-agressão e o sofrimento moral do arrependimento e da perda de oportunidades. Muitos talvez, poderão perguntar-se: Mas de onde vem essas informações?
A Revelação Espírita trouxe essas informações. São os próprios espíritos que trouxeram as descrições do estado que se encontram depois da morte. Entre eles, também os suicidas descrevem os sofrimentos físicos e morais que experimentam. Sim porque sendo patrimônio concedido por Deus, a vida interrompida por vontade própria é transgressão à sua Lei de Amor. Como uma criança pequena que teima em não ouvir os pais e coloca os dedos na tomada elétrica.
Para os suicídios há atenuantes e agravantes, mas sempre com conseqüências dolorosas e que vão requerer longo tempo de recuperação. Deus, que é Pai bondoso e misericordioso, jamais abandona seus filhos e concede-lhes sempre novas oportunidades. Aí surge a reencarnação como caminho reparador, em existências difíceis que apresentam os sintomas e aparências do ato extremo do suicídio. Há que se pensar nos familiares, cônjuges, pais e filhos, na dor que experimentam diante do suicídio do ser querido. Há que se pensar no arrependimento inevitável que virá. Há que se ponderar no desprezo endereçado à vida. Há, mais ainda, que se buscar na confiança em Deus, na coragem, na prece sincera, nos amigos (especialmente o maior deles, Jesus), a força que se precisa para vencer quaisquer idéias que sugiram o auto-extermínio.
Meu amigo, minha amiga, pense no tesouro que é tua vida, de tua família! Jamais te deixes enganar pela ilusão do suicídio. Viva! Viva intensamente! Com alegria! Que não te perturbe nem a dificuldade, nem a enfermidade, nem a carência material. Confie, meu caro, e prossiga!

3 comentários:

Unknown disse...

Caro amigo
Na minha longa vida já vivi muitas situações de angústia, sofrimento, tristeza, alegria, prazer, amor e muita felicidade. Com o passar do tempo aprendi que não há um dia igual ao outro e a fé sempre me sustentou. Como vc diz não somos o corpo, estamos num corpo, e a nossa passagem deve ser de aprendizado e elevação espiritual. A vida é o bem mais precioso que Deus nos deu. Olhando o sofrimento alheio, participando, fazendo caridade a vida é bem mais feliz!
Um abraço e tudo de bom!

Céu disse...

Um ótimo texto!
Acrescento que a pessoa que procura o suicídio, na maioria dos casos, não é para acabar com a vida e sim com o sofrimento que se tornou desperante, prova disso são algumas fotos tiradas de pessoas que se atiram de uma janela, terraço ou de qualquer altura, que conseguiram captar, que após saltar, as pessoas viram-se na tentativa de voltar atrás no ato cometido. Também existem relatos de pessoas que estão prestes a cometer o suicídio, mas de repente alguém, mesmo sem o saber, faz alguma coisa ou diz algo que faz com que a pessoa "caia em si" e não termina o que pretendia.
Um abraço

JUREMA disse...

Apenas para rematar o comentário anterior ,quando um espírito comete o suicidio ,movido pela pressão obsessiva ,é então o mesmo abandonado no meio do trajeto ,pelo proprio obsessor e por isso muitas vezes o desespero para voltar atrás e mudar o rumo tomado.
Trabalho com um grupo de familiares que tiveram determinadas perdas ,por meio do suicidio e quando consegui em alguns casos psicografias destes sofridos irmãos ,tive depoimentos muito fortes sobre a hora que caíram em si e se viram abandonados por esta força exterior.
Por isso recomendo a familia e amigos de alguem que se encontre em triste situação ,para que tenha a maxima paciência e amor com estes amados irmãos ,para que não venham chorar mais tarde a culpa de não ter sido atenciosos e vigilantes com os mesmos.Abraços