Na prática, Anália Franco foi uma das mais destacadas figuras de educadora integrada no movimento espírita brasileiro. A projeção do seu trabalho pioneiro até hoje se faz sentir e, cada ano transcorre, mais aumenta o respeito e a admiração que todos lhe devotam.
Ela foi uma educadora, na legítima expressão da palavra, pois foi gigantesco o seu esforço em favor da educação das crianças e do soerguimento moral de moças que se desencaminharam na vida, conseguindo fundar mais de setenta instituições destinadas ao amparo de crianças e moças.Nos dias atuais, quando a questão do menor abandonado se tornou um dos mais angustiantes problemas sociais do Brasil, o trabalho de Anália Franco é lembrado como uma demostração viva do quanto uma mulher animada do próposito de servir à humanidade, cercada de um pequeno pugilo de mulheres abnegadas que lhe serviram de assessoras, conseguiu fazer em prol dos menores abandonados e da elevação moral de moças que, por uma razão ou outra, se desviaram do caminho, nas tortuosas veredas da vida terrena.Seu nome de solteira era Anália Emília Franco. Após conserciar-se em matrimônio com Francisco Antonio Bastos, seu nome passou a ser Anália Franco Bastos; entretanto, é mais conhecida por Anália Franco.Com 16 anos de idade, entrou num concurso da Câmara e logrou aprovação para exercer o cergo de professora primária.Trabalhou como assistente de sua própria mãe, durante algum tempo. Anteriormente a 1875, diplomou-se Normalista, em São Paulo.Anália Franco nasceu na cidade de Resende, Estado do Rio de Janeiro, no dia 1º de fevereiro de 1856 e desencarnou em São Paulo, no dia 13 de Janeiro de 1919.Foi após a Lei do Ventre Livre que sua verdadeira vocação se exteriorizou: a vocação literária. Já era, por esse tempo, notável como literata, jornalista e poetisa; entretanto, chegou ao seu conhecimento que os nascituros (aquele que foi gerado, mas ainda não nasceu) de escravas estavam previamente destinados à "Roda" da Santa Casa de Misericórdia. Já perambulavam mendicantes pelas estradas e pelas ruas, os negrinhos expulsos das fazendas por serem impróprios para o trabalho. Não eram, como até então, negociáveis como seus pais, e os adquirentes de cativos davam preferência às escravas que não tinham filhos no ventre. Anália escreveu. apelando para as mulheres fazendeiras. Trocou seu cargo na Capital de São Paulo por outro, no Interior, a fim de socorrer as criancinhas necessitadas. Num bairro, duma cidade no norte do estado de São Paulo, conseguindo uma casa para instalar uma escola primária.Uma fazendeira rica lhe cedeu a casa escolar, mas com uma condição, que foi frontalmente repelida por anália - não deveria haver promiscuidade de crianças brancas e negras. Diante dessa situação humilhante, foi recusada a gratuidade do uso da casa, passando Anália a pagar um aluguel. A fazendeira guardou ressentimento à altivez da professora, porém, naquele local, Anália inaugurou a sua primeira e original casa Maternal. Começou a receber todas as crianças que lhe batiam à porta, levada por parentes ou apanhadas nas moitas e desvios dos caminhos. A fazendeira, abusando do prestígio político do marido, vendo que sua casa, embora aligada, se transformou num albergue de negrinhos, resolveu acabar com aquilo que chamava de escândalo em sua fazenda. Promoveu diligências junto ao coronel e este conseguiu facilmente, a remoção da professora. Por esse motivo, Anália foi para a cidade e alugou uma casa velha, pagando do seu bolso o aluguel correspondente à metade do seu ordenado. Como o restante era insuficiente para a alimentação das crianças, não se negou em ir, pessoalmente, pedi esmolas para a meninada. Partiu de manhã, a pé, levando consigo o grupinho escuro que ela chamava, em seus escritos, de meus alunos sem mães, numa folha local anunciou que, ao lado da escola pública, havia um pequeno abrigo, para as crianças desamparadas. A fama, nem sempre favorável de novel (inexperiente) professora, encheu a cidade. A curiosidade popular tomou-se de espanto, num domingo de festa religiosa. Ela apareceu, nas ruas, com seus alunos sem mães, em bando precatório. Moça e magra, modesta e altiva, aquela impressionante figura de mulher que mendigava para filhos de escravas, tornou-se o escândalo do dia. Era uma mulher perigosa, na opinião de muitos. Seu afastamento da cidade principiou a ser objeto de consideração em rodas políticas, nas farmácias. Mas rugiu a seu favor um grupo de abolicionistas e republicanos, contra o grande número de católicos, escravocratas e monarquistas.Com o decorrer do tempo, deixando algumas escolas maternais no Interior, voltou para São Paulo. Nessa cidade, entrou resoluta para o grupo abolicionista e republicano. Sua missão, porém, não era política. Sua preocupação maior era com as crianças desamparadas, o que a levou a fundar uma revista própria, intitulada "Álbum das Meninas", cujo primeiro número veio a lume a 30 de abril de 1898. O artigo de fundo tinha o título "As mães e Educadoras". Seu prestígio no seio do professorado já era grande, quando surgiu a abolição da escravatura e a republica. O advento dessa nova era encontrou Anália com dois grandes colégios gratuitos para meninas e meninos. E logo que as leis o permitiram, ela, secundada por vinte senhoras amigas, fundou o instituto educacional que se denominou "Associação Feminina Beneficente e Instrutiva", no dia 17 de novembro de 1901, com sede no largo do Arouche, em São Paulo.Em seguida, criou várias "Escolas Meternais" e "Escolas Elementares".Anália Franco publicou nemerosos folhetos e opúsculos (pequeno livro) referentes aos cursos ministrados em suas escolas, tratados especiais sobre a infância, nos quais as professoras encontraram meios de desenvolver as faculdades afetivas e morais das crianças, instruindo-as ao mesmo tempo. O seu opúsculo "O Novo Manual Educativo" era dividido em três partes: Infância, Adolescência e Juventude.Em 1º de Dezembro de 1903, passou a publicar "A voz Maternal", revista mensal, com a apreciável tiragem de 6.000 exemplares, impressos em oficinas próprias.A Associação Feminina mantinha um bazar, na Rua do Rosário nº 18, em São Paulo, para a venda dos artefatos das suas oficinas, e uma sucursal desse estabelecimento na Ladeira do Piques nº 23.Anália Franco mantinha Escola Reunidas na Capital e Escola Isoladas no Interior. Escolas Maternais, Creches na Capital e no Interior, Bibliotecas anexas às Escolas Profissionais, Arte Tipográficas, Curso de Escrituração Mercantil, Prática de Enfermagem e Arte Dentária, Ensino de Línguas (francesa, Italiana, Inglesa e alemã), Música, Desenho, Pintura, Pedagogia, Costura, Bordados, Flores Artificiais e Chapéus, num total de 37 instituições.Era romancista, escritora, teatróloga e poetisa. Escreveu uma infinidade de livretos para a educação das crianças e para as Escolas, os quais são dignos de serem adotados nas Escolas públicas. Espírita fervorosa. revelava sempre inusitado interesse pelas coisas pertinentes à Doutrina Espírita.Produziu a sua vasta cultura três ótimos romances: A Égide Materna, A Filha do Artista e A filha Adotiva. Foi autora de numerosas peças teatrais, de diálogos e de várias poesias, destacando-se Hino a Deus, Hino a Ana Nery, Minha Terra, Hino a Jesus e outros.Em 1911, conseguiu, sem qualquer recurso financeiro, adquirir a chácara Paraíso, Eram 75 alqueires de terra, parte em matas e capoeiras, e o restante ocupado com benfeitorias diversas, entre as quais um velho Solar, ocupado, durante longos anos, por uma mas mais notáveis figuras da História do Brasil: Diogo Antonio Feijó.Nessa chácara, fundou a "Colônia Regeneradora D. Romualdo", aproveitando o casarão, a estrebaria e a antiga senzala, internando ali, sob direção feminina, os garotos mais aptos para a lavoura, a horticultura e outras atividades agropastoris, recolhendo, ainda, moças desviadas, e conseguindo, assim, regenerar centenas de mulheres.A vasta sementeira de Anália Franco consistiu em 71 Escolas, 2 albergues, 1 colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, 1 banda musical feminina, 1 orquestra, 1 Grupo Dramático, além de oficinas para manufatura de chapéus, flores artificiais etc., em 24 cidades do Interior e na Capital.A sua desencarnação aconteceu precisamente quando havia tomado a decisão de ir ao Rio de Janeiro fundar mais uma instituição, idéia essa posteriormente concretizada pelo seu esposo, que ali fundou o "Asilo Anália Franco".A obra de Anália Franco foi incontestavelmente, uma das mais salientes e meritórias da História do Espiritismo.
Ela foi uma educadora, na legítima expressão da palavra, pois foi gigantesco o seu esforço em favor da educação das crianças e do soerguimento moral de moças que se desencaminharam na vida, conseguindo fundar mais de setenta instituições destinadas ao amparo de crianças e moças.Nos dias atuais, quando a questão do menor abandonado se tornou um dos mais angustiantes problemas sociais do Brasil, o trabalho de Anália Franco é lembrado como uma demostração viva do quanto uma mulher animada do próposito de servir à humanidade, cercada de um pequeno pugilo de mulheres abnegadas que lhe serviram de assessoras, conseguiu fazer em prol dos menores abandonados e da elevação moral de moças que, por uma razão ou outra, se desviaram do caminho, nas tortuosas veredas da vida terrena.Seu nome de solteira era Anália Emília Franco. Após conserciar-se em matrimônio com Francisco Antonio Bastos, seu nome passou a ser Anália Franco Bastos; entretanto, é mais conhecida por Anália Franco.Com 16 anos de idade, entrou num concurso da Câmara e logrou aprovação para exercer o cergo de professora primária.Trabalhou como assistente de sua própria mãe, durante algum tempo. Anteriormente a 1875, diplomou-se Normalista, em São Paulo.Anália Franco nasceu na cidade de Resende, Estado do Rio de Janeiro, no dia 1º de fevereiro de 1856 e desencarnou em São Paulo, no dia 13 de Janeiro de 1919.Foi após a Lei do Ventre Livre que sua verdadeira vocação se exteriorizou: a vocação literária. Já era, por esse tempo, notável como literata, jornalista e poetisa; entretanto, chegou ao seu conhecimento que os nascituros (aquele que foi gerado, mas ainda não nasceu) de escravas estavam previamente destinados à "Roda" da Santa Casa de Misericórdia. Já perambulavam mendicantes pelas estradas e pelas ruas, os negrinhos expulsos das fazendas por serem impróprios para o trabalho. Não eram, como até então, negociáveis como seus pais, e os adquirentes de cativos davam preferência às escravas que não tinham filhos no ventre. Anália escreveu. apelando para as mulheres fazendeiras. Trocou seu cargo na Capital de São Paulo por outro, no Interior, a fim de socorrer as criancinhas necessitadas. Num bairro, duma cidade no norte do estado de São Paulo, conseguindo uma casa para instalar uma escola primária.Uma fazendeira rica lhe cedeu a casa escolar, mas com uma condição, que foi frontalmente repelida por anália - não deveria haver promiscuidade de crianças brancas e negras. Diante dessa situação humilhante, foi recusada a gratuidade do uso da casa, passando Anália a pagar um aluguel. A fazendeira guardou ressentimento à altivez da professora, porém, naquele local, Anália inaugurou a sua primeira e original casa Maternal. Começou a receber todas as crianças que lhe batiam à porta, levada por parentes ou apanhadas nas moitas e desvios dos caminhos. A fazendeira, abusando do prestígio político do marido, vendo que sua casa, embora aligada, se transformou num albergue de negrinhos, resolveu acabar com aquilo que chamava de escândalo em sua fazenda. Promoveu diligências junto ao coronel e este conseguiu facilmente, a remoção da professora. Por esse motivo, Anália foi para a cidade e alugou uma casa velha, pagando do seu bolso o aluguel correspondente à metade do seu ordenado. Como o restante era insuficiente para a alimentação das crianças, não se negou em ir, pessoalmente, pedi esmolas para a meninada. Partiu de manhã, a pé, levando consigo o grupinho escuro que ela chamava, em seus escritos, de meus alunos sem mães, numa folha local anunciou que, ao lado da escola pública, havia um pequeno abrigo, para as crianças desamparadas. A fama, nem sempre favorável de novel (inexperiente) professora, encheu a cidade. A curiosidade popular tomou-se de espanto, num domingo de festa religiosa. Ela apareceu, nas ruas, com seus alunos sem mães, em bando precatório. Moça e magra, modesta e altiva, aquela impressionante figura de mulher que mendigava para filhos de escravas, tornou-se o escândalo do dia. Era uma mulher perigosa, na opinião de muitos. Seu afastamento da cidade principiou a ser objeto de consideração em rodas políticas, nas farmácias. Mas rugiu a seu favor um grupo de abolicionistas e republicanos, contra o grande número de católicos, escravocratas e monarquistas.Com o decorrer do tempo, deixando algumas escolas maternais no Interior, voltou para São Paulo. Nessa cidade, entrou resoluta para o grupo abolicionista e republicano. Sua missão, porém, não era política. Sua preocupação maior era com as crianças desamparadas, o que a levou a fundar uma revista própria, intitulada "Álbum das Meninas", cujo primeiro número veio a lume a 30 de abril de 1898. O artigo de fundo tinha o título "As mães e Educadoras". Seu prestígio no seio do professorado já era grande, quando surgiu a abolição da escravatura e a republica. O advento dessa nova era encontrou Anália com dois grandes colégios gratuitos para meninas e meninos. E logo que as leis o permitiram, ela, secundada por vinte senhoras amigas, fundou o instituto educacional que se denominou "Associação Feminina Beneficente e Instrutiva", no dia 17 de novembro de 1901, com sede no largo do Arouche, em São Paulo.Em seguida, criou várias "Escolas Meternais" e "Escolas Elementares".Anália Franco publicou nemerosos folhetos e opúsculos (pequeno livro) referentes aos cursos ministrados em suas escolas, tratados especiais sobre a infância, nos quais as professoras encontraram meios de desenvolver as faculdades afetivas e morais das crianças, instruindo-as ao mesmo tempo. O seu opúsculo "O Novo Manual Educativo" era dividido em três partes: Infância, Adolescência e Juventude.Em 1º de Dezembro de 1903, passou a publicar "A voz Maternal", revista mensal, com a apreciável tiragem de 6.000 exemplares, impressos em oficinas próprias.A Associação Feminina mantinha um bazar, na Rua do Rosário nº 18, em São Paulo, para a venda dos artefatos das suas oficinas, e uma sucursal desse estabelecimento na Ladeira do Piques nº 23.Anália Franco mantinha Escola Reunidas na Capital e Escola Isoladas no Interior. Escolas Maternais, Creches na Capital e no Interior, Bibliotecas anexas às Escolas Profissionais, Arte Tipográficas, Curso de Escrituração Mercantil, Prática de Enfermagem e Arte Dentária, Ensino de Línguas (francesa, Italiana, Inglesa e alemã), Música, Desenho, Pintura, Pedagogia, Costura, Bordados, Flores Artificiais e Chapéus, num total de 37 instituições.Era romancista, escritora, teatróloga e poetisa. Escreveu uma infinidade de livretos para a educação das crianças e para as Escolas, os quais são dignos de serem adotados nas Escolas públicas. Espírita fervorosa. revelava sempre inusitado interesse pelas coisas pertinentes à Doutrina Espírita.Produziu a sua vasta cultura três ótimos romances: A Égide Materna, A Filha do Artista e A filha Adotiva. Foi autora de numerosas peças teatrais, de diálogos e de várias poesias, destacando-se Hino a Deus, Hino a Ana Nery, Minha Terra, Hino a Jesus e outros.Em 1911, conseguiu, sem qualquer recurso financeiro, adquirir a chácara Paraíso, Eram 75 alqueires de terra, parte em matas e capoeiras, e o restante ocupado com benfeitorias diversas, entre as quais um velho Solar, ocupado, durante longos anos, por uma mas mais notáveis figuras da História do Brasil: Diogo Antonio Feijó.Nessa chácara, fundou a "Colônia Regeneradora D. Romualdo", aproveitando o casarão, a estrebaria e a antiga senzala, internando ali, sob direção feminina, os garotos mais aptos para a lavoura, a horticultura e outras atividades agropastoris, recolhendo, ainda, moças desviadas, e conseguindo, assim, regenerar centenas de mulheres.A vasta sementeira de Anália Franco consistiu em 71 Escolas, 2 albergues, 1 colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, 1 banda musical feminina, 1 orquestra, 1 Grupo Dramático, além de oficinas para manufatura de chapéus, flores artificiais etc., em 24 cidades do Interior e na Capital.A sua desencarnação aconteceu precisamente quando havia tomado a decisão de ir ao Rio de Janeiro fundar mais uma instituição, idéia essa posteriormente concretizada pelo seu esposo, que ali fundou o "Asilo Anália Franco".A obra de Anália Franco foi incontestavelmente, uma das mais salientes e meritórias da História do Espiritismo.
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