Maomé o Profeta GuerreiroPor Pereira 07/02/2006 às 15:17
O texto foi retirado de biografias oficiais do Profeta Maomé, publicadas em francês.
Maomé: O Guerreiro Empedernido Rodrigo Constantino "Uma das características mais comuns das crenças é a intolerância; Quanto mais forte a crença, maior a intolerância; Homens dominados por uma convicção não são capazes de tolerar aqueles que não a aceitam." (Gustave Le Bon) Maomé, que significa "o glorificado", nasceu no ano 570 d.C. em Meca, localizada no centro do comércio das caravanas árabes. Ela ficava cercada pelos impérios sassânida da Pérsia, que governava toda a costa oriental da Arábia, assim como o império abissínio e o bizantino (Turquia - cristão ortodoxo). Meca era dominada pelos coraixitas, de predominância pagã. Ao redor de Meca, os beduínos viviam como nômades em tendas, divididos em clãs. A infãncia de Maomé foi passada no deserto com sua mãe adotiva, uma beduína. Desde cedo ele aprendeu tudo sobe o comércio e os desertos, assim como os cuidados com os camelos, fundamentais para a sobrevivência neste local. Já um bem sucedido comerciante, Maomé buscava adquirir um bom rebanho de camelos para poder pagar o preço de uma noiva. Entretanto, ele acabou casando com Khadija, mais velha que ele e comerciante já com considerável riqueza. Ele era considerado um bom marido, assim como pai, tendo tido seis filhos, sendo que os dois únicos meninos morreram jovens. Ele era analfabeto, o que era bastante comum na Arábia esses anos. No ano 610, em uma caverna nas encostas do Monte Hira, Maomé teria tido sua revelação divina. Ele tentou mais tarde explicar a sensação, afirmando que sentiu como se um anjo o tivesse prendido com um braço assustador que ameaçava esmagar a vida, expulsando o ar de seus pulmões. A seguir ele teria escutado a ordem de recitar a palavra de deus, e assim foi o início do Corão, traduzido literalmente como "recitação". Ele saiu da forma oral para a escrita somente após a morte do profeta. Sua mensagem subvertia todos os valores fundamentais nos quais a sociedade de Meca se baseava, posto que pregava atitudes como alimentar os pobres, cuidar dos órfãos, dar abrigo às viúvas e proteger os fracos, sem falar da insituição da cobrança do dízimo. Parecia evidente que Maomé encontraria problemas na sua tentativa de impor o Islã, que significa "render-se a deus". Ele defendia a paz com os coraixitas, sob a condição de que estes declarassem que não há nenhum deus além de Deus (Allah - palavra em árabe para deus - note que judeus árabes e cristãos árabes também rezam para Allah, quando falando em sua língua nativa), renunciando a qualquer tipo de adoração que não seja a Ele.. No Corão, sura 8 do versículo 39, encontramos "e combatei-os até que não haja mais idolatria e que a religião pertença exclusivamente a Deus". Com o crescimento do número de adeptos muçulmanos (submissos a Allah), e tal postura intransigente, logo Maomé foi visto como um perigo para os coraixitas. Planos para assassinar o profeta foram feitos, e Maomé fugiu de Meca, buscando refúgio em Medina. A era islãmica, a Hégira, começou nesse ano em que Maomé fugiu de Meca, em 622. Formando uma comunidade teocrática, em uma base segura dos inimigos, ele iniciou sua guerra contra os não-crentes. Os habitantes de Meca queriam ser deixados em paz, com suas riquezas materiais e suas divindades pagãs, mas Maomé não queria permitir isso. Ele era o agressor no conflito. De comerciante para profeta, agora Maomé se transformaria em um grande guerreiro. Por esta época, a igualdade pregada por Maomé também foi abalada pelos desejos carnais do profeta. Em 626 ele casou-se pela quinta vez, tendo se apaixonado pela sua nora, esposa do seu filho adotivo, Zayd. Tal casamento seria ilegal, dado que a regra da época e local era de um máximo de quatro esposas para cada um. Foi então que Maomé supostamente recebeu uma nova revelação, tornando legal apenas para ele, o profeta, casar com quantas mulheres ele quisesse. No total de sua vida foram onze. O ato mais cruel dos muçulmanos liderados por Maomé ocorreu na batalha contra o clã Bani Qurayzah, de árabes judeus. Derrotados, os judeus foram condenados à morte, e valas estreitas foram cavadas, sendo então um por um, dos cerca de setecentos homens, deitados e decapitados com um golpe de espada, com os corpos jogados nas valas. A carnificina durou o dia todo, tendo sido o último grupo executado à luz de tochas. A brutalidade desse ato espalhou ondas de choque por toda a Arábia. Uma estranha maneira, para dizer o mínimo, de se pregar a palavra de deus. No total, Maomé comandou 27 expedições militares, além de ter organizado outras 38 que foram lideradas por comandantes subordinados. Todos deveriam se render ao Islã e pagar o dízimo, caso contrário poderiam ser roubados, escravizados ou mortos pelos crentes. O profeta também aboliu um mês tradicional do calendário, ligado a um festival popular pagão. Os meses perdiam então qualquer ligação com as estações do ano, cortando uma tradição milenar de cultos de fertilidade sazonais. No fim de 632, o ano dez da Hégira, Maomé comandava toda a Arábia. Em um dos seus últimos discursos, ele declarou que nenhum profeta ou apóstolo viria depois dele, e nenhuma fé nova nasceria. Maomé reconhecia vários outros profetas anteriores, incluindo Moisés e Jesus. Mas em sua revelação ele teve o privilégio de ser o último enviado. Portanto, não existe a revelação Mórmon nem a revelação, pois Maomé determinou que ele foi o último. Foi assim, resumidamente, que o guerreiro empedernido criou o islamismo, dominando a Arábia antes, e depois conquistando multidões além de suas fronteiras. A palavra de deus, que teria sido revelada aos poucos para Maomé, tomou o mundo através das espadas dos seguidores muçulmanos. Todos são iguais perante deus, segundo o profeta. Menos aqueles que não concordam com o Islã. Esses, no entendimento dele, merecem a morte!
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