O célebre naturalista inglês Sir Alfred Russel Wallace (êmulo de Darwin), presidente da Sociedade Britânica de Antropologia, referindo-se aos fenômenos espíritas declarou: “Eu era um materialista tão completo e convicto que não podia haver no meu espírito lugar para existência espiritual e para qualquer outro agente universal, senão a matéria e força. Os fatos, porém, são coisas bem teimosas. A minha curiosidade foi, a princípio, despertada por alguns fenômenos ligeiros, mas inexplicáveis, que se produziam numa família de minhas relações, e o meu desejo de saber e o amor pela verdade forçaram-me a prosseguir nas investigações. Os fatos tornaram-se cada vez mais exatos e variados, e ao mesmo tempo distantes de tudo que a Ciência moderna ensina e de todas as especulações da filosofia atual. Os fatos venceram-me!” Mais tarde, Russel Wallace escreveria: “Le Moderne Spiritism” (edição francesa), livro onde inseriu parte considerável de suas notáveis pesquisas sobre os fenômenos provocados pelos Espíritos. O outro não menos famoso cientista que se dedicou, com acendrado amor às investigações espíritas, foi Sir William Crookes, descobridor do tálium eletroscópio, o fotômetro, o radiômetro e os raios catódios, que dariam origem aos Raios X, de Roetingen. Este cientista brilhante, sem preconceito, realizou por anos, meticulosas pesquisas no campo da fenomelogia mediúnica, obtendo resultados surpreendentes. Afirma ele no livro “Fatos Espíritas”: “Os diversos fenômenos que venho atestar são extraordinários e completamente oposto aos mais enraizados pontos do credo científico – entre outros a universal e consagrada ação da força gravitacional”. No discurso que o ilustre sábio fez em setembro de 1898 no Congresso da Associação Britânica para o Progresso da Ciência, enfrentando, com coragem própria das grandes almas, uma platéia de crentes e descrentes, reafirma: “trinta anos se passaram desde que publiquei as atas das experiências tendentes a mostrar que fora dos nossos conhecimentos científicos, existe uma força posta em atividade por uma inteligência diferente da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho de que me retratar em relação a essas experiências, quando materializam-se Espíritos à luz do dia, e mantenho as minhas verificações já publicadas, podendo a elas acrescentar novos fatos, decorrentes do aprofundamento de minhas investigações sobre a sobrevivência do Ser após a falência do corpo físico”. Mais tarde, o descobridor do tálium declarava, categórico, numa entrevista concedida ao periódico inglês “Two World”: “O espírito está cientificamente demonstrado”. É deveras importante para a Doutrina Espírita o testemunho de William Crookes. Afinal de contas, o descobridor do quarto estado da matéria tem assegurado, nas páginas da História da Ciência, um lugar ao lado de Newton e do inesquecível Einstein. Modernamente, as postulações transcendentais de Crookes, baseadas na investigação criteriosa dos fatos, foram confirmadas por Berkeley, nestas palavras: “Nenhum objeto existe fora do Espírito que o percebe. O mundo só se transforma em realidade visível e tangível porque preexiste em nós um ser imortal que reflete conscientemente dando-lhe objetividade”.
Aos leitores destes arrazoados, recomendamos, como leitura suplementar, a obra “Provas Científicas da Sabedoria”, de Frederic Zollner, professor de Física da Universidade de Leipzig. Este livro poderá ser encontrado na Livraria Bezerra de Menezes, Shopping São Bento, Rua Nova de São Bento, Nazaré.
Carlos Bernardo Loureiro
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