É comum na cultura ocidental, especialmente em nosso país, em relação à questão da saúde, vivermos, quase sempre, procurando combater a doença, haja vista o número de remédios, farmácias, hospitais equipados com alta tecnologia para diagnóstico e tratamento, UTls móveis, médicos de inúmeras especialidades, planos de saúde, etc. existentes no mercado, que buscamos no sentido de nos libertarmos de nossos males e, no entanto, continuamos doentes e mais ansiosos por nos vermos livres das doenças, num círculo vicioso. Saímos de uma doença e surge outra e assim sucessivamente.
Novas doenças aparecem a cada dia, doenças milenares ressurgem com toda força. Tudo isso acontece num momento em que a medicina conta com recursos avançadíssimos de diagnóstico e tratamento das doenças. Por que isso acontece?
Talvez este seja um momento para começarmos a refletir sobre qual é o verdadeiro significado da doença em nossas vidas.
Em uma visão holística, espiritualista, a doença, seja ela física ou mental, é apenas um sinal de que alguma coisa não vai bem com a pessoa que está doente. Normalmente o organismo nos sinaliza através de disfunções em determinados órgãos que são mais frágeis, órgãos estes que variam de pessoa para pessoa.
Em uma pessoa essa disfunção pode acontecer no fígado, em outras no coração, em outras nos rins, etc. Outras vezes as disfunções acontecem na mente, como é o caso de doenças como a depressão, a ansiedade, o transtorno do pânico, a esquizofrenia, etc.
A doença é um processo de bloqueio nas energias que compõem o ser humano. Esses bloqueios são causados por fatores espirituais, psíquicos e emocionais, que são somatizados e terminam por desarmonizar a mente.
Todos nós possuímos determinados conflitos que, normalmente, não tratamos adequadamente.
Resultado: esses conflitos vão se acumulando como se estivessem numa panela de pressão na qual tapamos a válvula de escape do vapor. Chega um momento em que a pressão é tanta que estoura.
Isso vai acontecer no corpo físico, onde o conflito é somatizado na forma de doenças físicas as mais diversas, ou na mente, onde o conflito acumulado se transforma em um transtorno neurótico (depressão, ansiedade, etc.) ou num transtorno psicótico (esquizofrenia, parafrenia, etc.).
Torna-se fundamental, portanto, desenvolver uma nova postura em relação às doenças que possuímos.
Por isso, em uma abordagem profunda, querer se livrar da doença não significa a mesma coisa que buscar a saúde. Podemos utilizar remédios, cirurgias, e outros métodos para conseguir saúde, mas qualquer método que venha de fora para dentro, por mais valioso que seja esse recurso, vai apenas aliviar a doença, mas jamais poderá nos dar a saúde.
Desenvolver a saúde requer todo um movimento do indivíduo em direção à ela. Não é possível nos livrar da doença de fora para dentro. Muito menos, através de uma atitude doentia de ansiedade, inquietação no sentido de arrancá-la de nós, através de recursos externos, pura e simplesmente. Isso pode nos trazer um alívio temporário para que, posteriormente, possamos agir de uma outra maneira.
É necessário desenvolver uma postura saudável, onde, com serenidade, vamos buscar a causa da doença, e assim, com base nessa causa, poder transformá-la e, com isso, conquistar a saúde.
A causa das doenças, tanto as mentais, quanto as físicas, estão no Espírito doente que ainda somos. Portanto, somente uma ação visando a Saúde Espiritual nos libertará definitivamente das doenças, que em si mesmas, são caminhos para a conquista da saúde do Espírito, conforme veremos adiante.
Com a presente obra iniciamos uma coleção que denominamos Saúde Espiritual, na qual vamos abordar as causas profundas das doenças do Ser Humano, visando desenvolver a sua cura profunda, de modo a contribuir com todos aqueles que buscam desenvolver a saúde integral: do corpo, da mente e do Espírito.
Alírio de Cerqueira Filho
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