07 abril 2010

PORQUE VIVEMOS E PARA QUE VIVEMOS


A moral do Espiritismo, que é a criadora e dinâmica, gira em torno da Lei de Causa e Efeito, sem a qual toda atitude humana carecerá de verdadeiro fundamento. A causalidade responde ao porquê de todas as nossas ações apontando-nos veredas certas para o futuro. O homem consciente, o homem que sabe o que é, saberá, sem grandes esforços de raciocínio, sem maiores sortilégios, o que foi e o que será. A Lei de Causa e Efeito, assim, é a chave do destino humano, da moral humana, no seu sentido particular e coletivo, no seu desdobramento individual e social. Somos o que fomos, através da evolução; seremos o que somos, de acordo com o evolver da nossa personalidade. Passado, presente e futuro são frutos do nosso trabalho, das ações que o indivíduo desenvolver dentro de si mesmo e dentro da Sociedade, nessa lenta e sacrificial caminhada que empreendemos, em encarnações sucessivas.

O homem, portanto, analisando do ponto de vista filosófico, não é mais do que a soma das personalidades vividas adquiridas e realizadas em todas as peregrinações que empreendeu pela face amarga e dolorosa do Planeta. Todos nós sabemos que existem na Natureza leis imutáveis, leis divinas, sobre as quais a nossa vontade não tem conseguido influir: conhecemos, é verdade, a existência de uma lei universal, que faz com que todos os corpos caiam sempre na direção do centro da Terra. Existem, também, leis imutáveis que obrigam os planetas, astros e sistemas planetários a seguir uma rota prefixada, a qual não podem abandonar. Essas são as leis da harmonia universal, sem o que não haveria estabilidade e possibilidade de vida em qualquer plano Cosmo. Para a garantia do conjunto harmônico espiritual, também existe um princípio superior que se relaciona com a vida humana. Pra quem não ignora esse princípio, como nós espíritas, todos os nossos pensamentos, palavras e ações têm uma importância extraordinária, tanto nesta como em existências porvindouras. É graças ao poder divino desse princípio – que se consubstancia na Lei de causa e Efeito – que nosso pensamento medita nas expressões que pretende usar e nas atitudes que procura transformar em atos objetivos. As conseqüências que derivam desse pensamento, palavras e ações constituem o que se denomina de lei de Causalidade.

Para se explicar a vida, em todas as suas nuances, em todas as suas formas de integração e desintegração, de avanços e de recuos aparentes, de glórias e misérias, temos a necessidade de estabelecer um antecedente causal, porque sem causas que influam nas determinações da vontade humana – de acordo com o processo moral de cada indivíduo – nenhuma ação se poderá explicar, e a vida não teria a menor finalidade.

O porquê vivemos e para quê vivemos são expressões com caráter de incógnitas, que só a Doutrina Espírita tem o poder de resolver a aclarar.

Carlos Bernardo Loureiro


Um comentário:

Esteves disse...

Observando a natureza, percebe-se, que todos os seres em evolução avançam, comendo-se uns aos outros e, o homem está presente nessa cadeia evolutiva além dos fatores de destruição naturais as quais está tudo e todos submetidos. Fico pensando se é possível acelerar o término desse processo de viver e morrer consecutivamente, abreviar sensação de constante sofrimento e aflição. Ou será que num certo estágio das existências, o nascer e morrer será um processo indolor e prazeroso?