31 agosto 2011

EVOLUÇÃO DO AMOR

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"A energia natural do sexo, inerente à própria vida em si,
gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que
se reveste, cargas que se caracterizam com potenciais nítidos de atração
no sistema psíquico de cada um e que, em se acumulando,
invadem todos os campos sensíveis da alma..."

Entretanto, importa reconhecer que à medida que se nos dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência.
Nos primeiros, cujos sentimentos se alteiam para as Esferas Superiores, o amor se ilumina e purifica, mas ainda é instinto sexual nos mais nobres aspectos, imanizando-se às forças com que se afina em radiante ascensão para Deus.
Nos segundos, cujas emoções se complicam, o amor se requinta, transubstanciando-se o instinto sexual em constante exigência de satisfação imoderada do "eu".
De conformidade com a Psicanálise, que vê na atividade sexual a procura incessante do prazer, concordamos em uns, na própria sublimação, demandam o prazer da criação, identificando-se com a Origem Divina do Universo, enquanto que outros se fixam no encalço do prazer desenfreado e egoístico da auto-adoração.
Os primeiros aprendem a amar com Deus.
O segundos aspiram a ser amados a qualquer preço.
A energia natural do sexo, inerente à própria vida em si, gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que se reveste, cargas que se caracterizam com potenciais nítidos de atração no sistema psíquico de cada um e que, em se acumulando, invadem todos os campos sensíveis da alma, como que a lhe obliterar os mecanismos outros de ação, qual se estivéssemos diante de usina reclamando controle adequado.
Ao nível dos brutos ou daqueles que lhes renteiam a condição, a descarga de semelhante energia se efetua, indiscriminadamente, através de contatos, quase sempre desregrados e infelizes, que lhes carreiam, em conseqüência, a exaustão e o sofrimento como processos educativos.

(Do livro Evolução em Dois Mundos, XVIII, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)


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