No dia 03 de outubro de 2004, comemorou-se os duzentos anos de nascimento de Denizard Hippolyte Léon Rivail, cognominado Allan Kardec. Ele se inscreveu na história do pensamento humano quando liderou o processo de Codificação dos princípios que norteiam a saga do ser humano na face da Terra. Eis, aí, a importância de que se reveste o trabalho de Allan Kardec, congregando, especialmente n’O Livro dos Espíritos, as lídimas verdades sobre a imortalidade da alma, a reencarnação e a comunicabilidade com os espíritos encarnados e desencarnados.
O Espiritismo, que nasceu em Paris, se estendeu por toda a Europa, sendo acolhida por grande parte dos que desejavam conhecer uma doutrina capaz de oferecer respostas reais aos grandes questionamentos existenciais. Por outro lado, surgiram os seus contestadores negando todo o conteúdo filosófico e ético da Codificação. Infelizmente, e com o passar do tempo, o Espiritismo foi caindo em incontestável ostracismo, chegando a ponto de ser esquecido pelos europeus, assim como ignoravam a figura do Codificador. Na atualidade, o Espiritismo que se divulga no velho continente é de responsabilidade, quase que exclusiva de brasileiros imigrantes. Desprezam, em quase sua totalidade a Codificação para enfatizar o estudo de obras psicografadas no Brasil, por Espíritos que aqui nasceram e viveram sem nunca ter ouvido falar em Espiritismo ou que votavam a ele verdadeira aversão.
É realmente lamentável o que aconteceu com o legado kardequiano tanto na França como em toda a velha Europa.
Como todos sabem, o Espiritismo transladou-se para o Brasil (não sabemos a quem atribuir esse espiritual procedimento) através do nobre e ilustre baiano Luis Olímpio Telles de Menezes, o verdadeiro “Kardec brasileiro”, que fundou em 17 de setembro de 1865 o primeiro centro espírita do Brasil e da América Latina, “O Grêmio Familiar do Espiritismo”, além do primeiro jornal espírita brasileiro e latino americano “O Eco de Além-Túmulo”, periódico com 52 páginas. A coleção desse jornal pode ser encontrada na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
O precursor do Espiritismo em terras do Cruzeiro do Sul, sofreu horrores, de parte das forças clericais, bem como de intelectuais tupiniquins, que julgavam a doutrina sem quaisquer criteriosas e honestas análises. Ainda assim, o Espiritismo espraiou-se Brasil em fora, conquanto subordinado a uma espécie de sincretismo religioso. Chegava-se a ponto de os dirigentes espíritas irem à missa pela manhã e à noite ao centro.
Surgiram então várias denominações de espíritas, quais sejam: científicos, religiosos, filosóficos e, por ultimo, roustanguistas!!!
Nos dias atuais, inicio do terceiro milênio, o Espiritismo no Brasil corrompeu-se em sua difusão, promovida por pseudos profitentes, que acham que Kardec e a própria Doutrina estão superados. Aí, então, prezados internautas, assumiu lugar de destaque uma série de idéias e valores tirados de doutrinas completamente estranhas ao conteúdo codificado. Também proliferam entre os espíritas brasileiros (com raras e louváveis exceções) certas atitudes que visam transformar os espíritas e os beatos e beatas que freqüentam seus centros e congressos em verdadeiros anjos.
Ante o exposto, a Doutrina Espírita, descaracterizada, tende a desaparecer. Ademais, as editoras espíritas vêm publicando trabalhos que nada têm a ver com a Codificação. São obras que versam sobre auto-ajuda, autoconhecimento, iluminação interior, a busca do eu subliminal, a busca da felicidade, a sublimação do amor e quejandos.
Na verdade, há “algo de podre no reino da ilusão”, lembrando Shakespeare, que por sinal é considerado o primeiro pesquisador dos fenômenos da alma neste plano de provas e expiações. A propósito, por que ele nunca se comunicou no Brasil ? Se, realmente, ele aqui viesse através da mediunidade de alguns dos nossos ilustres médiuns, acreditamos que a história seria outra. Ou se o Espírito da Verdade se comunicasse seria possível que o edifício da mentira que os espíritos mistificadores construíram no Brasil implodisse, deixando espaço para reconstrução de um outro prédio em que se pregasse os legítimos postulados espiritistas. Que Deus nos acuda!!!
Olá,
ResponderExcluirPassando para conhecer seu belo espaço e desejar um lindo final de semana e muita paz em seu lar.
Smacvk!
Edimar Suely
jesusminharocha.blig.ig.com.br
Sr. Dalailam
ResponderExcluirBoa noite.
Acompanho o movimento espírita e estudo a Doutrina a muitos anos. Tenho uma visão diferente da sua e não concordo com uma possível crescente e fatídica descaracterização da Doutrina dos "Espíritos" codificada por Kardec. Evidente que na medida em que ela cresce e se populariza, ocorrem os "desvios" e sempre há quem queira colocar suas idéias e conceitos acima do que é o básico, o fundamento. Mas pelo que observo, o movimento espírita conseguiu até superar algumas diferenças e divisões.
Um abraço fraterno
A base de sustentação do espiritismo é a razão e o caminho para o entendimento é o estudo e a pesquisa.Os centros espíritas, salvo algumas exceções,não colocam como condição para se ser espirita, o estudo da doutrina.E esta condição nós bem sabemos é fundamental.Então o que temos na maioria dos centros são simpatizantes do espiritismo.Então temos casa cheia,mas pouco ou nenhum entendimento da proposta espírita.Talvez estejamos caminhado para uma nova igreja,pelo menos é o sentimento de muitos dos participantes dos centros que estão trocando a aguá benta pela fluidificada,a hóstia pelo passe e o padre pelo palestrante e neste sentido o espiritismo está agonizando.
ResponderExcluirPrzado
ResponderExcluirContinuo discordando, nos Centros Espíritas água fluidificada, passe e expositor ou palestrante tem a sua função, perfeitamente justificada e embasada dentro do que a Doutrina Espírita preconiza.
A proposta de Estudo Sistematizado preconizada pela Feb e pelas Federações Estaduais é amplamente empregada.
E não concordo que o Espiritismo esteja agonizando.
Um abraço
Diga-me por favor 007BONDeblog, qual são os pesquisadores espíritas de reconhecimento mundial que tem menos de 50 anos?Quem são os William Crookes,Leon Dennis,Bozzano,Richet,de hoje?E você tem que concordar que com os recursos da tecnologia as pesquisas espiritas deveriam apresentar grandes resultados mas, infelizmente não é o que acontece. E também divulgue a região que você se refere,na qual os dirigentes divulgam em reuniões públicas que para ser espírta não basta frequentar o centro e fazer caridade, onde existe esta cobrança pública, pois é certo que esta realidade não é nacional.Nos centros de Recife,por exemplo, começamos grupos de estudos com 30 pessoas e ao final não restam 5.E aqui estamos falando de cursos básicos. Vejo por exemplo que a parte do assistencialimo é muito eficiente na maioria dos grandes centros espíritas,e penso que há uma dificuldade na disciplina para a verdadeira vocaçaõ do espíritismo,a ciência.Eu penso que a coisa mais importante no espiritismo é a ciência o resto é consequência e gostaria de ver este compromisso por parte dos dirigentes dos centros.Você acha que a ciência espírita tem a atenção que merece nos centros?
ResponderExcluirDesculpe discordar. A verdadeira vocação do espiritismo não é a ciência, é a moral. É a evangelização dos povos, é o cristianismo redivivo, é trazer à linguagem que todos possam entender, o que foi que Jesus disse, e que nós ainda não compreendemos. A vocação do espiritismo jamais será a de se tornar um ramo da ciência. A ciência apenas explica o fenômeno, mas o fenômeno por si só não é nada.
ResponderExcluirEstudar a doutrina, através das obras básicas, é importante sim. Mas trazer a palavra límpida e cristalina de Jesus aos nossos dias, em que tantas seitas mistificam, em que tantas igrejas só querem saber de dízimo!
Se o fato de a vida após a morte não trouxer uma consequência MORAL, qual seja, a de nos tornar pessoas melhores, então podemos continuar acreditando em coisas como céu e inferno e purgatório, e o espiritismo será somente mais uma religião.
Uma semana iluminada!
@Paula
ResponderExcluirPenso diferente. Posso estar errado mas vamos analisar os fatos.
Nas obras básicas de Kardec, o autor deixa bem claro que a doutrina espírita possui o tripé ciência-filosofia-religião, e que nenhuma dessas áreas deveria caminhar sozinhas. Ou seja, o espiritismo deve ser exemplo ne união entre ciência e religião.
Ademais, Hernani Guimarães Andrade evidencia em TODOS os seus livros que atualmente o espiritismo científico está sendo deixado em segundo plano, o que não deve ocorrer.
abçs