A Transcomunicação Instrumental (TCI) — comunicação com os “mortos” através de meios electrónicos — embora recente vem evoluindo no tempo, apesar de estar a dar os primeiros passos e a baralhar muitos dados, principalmente os dos cépticos e/ou agnósticos, no que concerne à continuidade da vida pós-morte. Inicialmente, vozes rudimentares apareciam nas fitas dos gravadores. Doravante, já é possível captar mensagens em impressoras de computador e aparelhos de fax. Estranho? Ficção? Talvez não!
Não há nada como informar-se, ler e tirar suas próprias conclusões.
Mas, será tudo isto mais uma “modernice”?
É o oposto o que lhe queremos mostrar. Já os nossos antepassados andaram por lá perto.
Se não acredita, leia!
Folheando uma antiga “Revista de Espiritismo”, a n.º 3, no seu Ano I, Maio/Junho 1927, encontrámos referências em torno do que hoje à boca cheia se chama TCI:
“Edison e o Espiritismo — Tem causado, por vezes, alvoroço nos meios espíritas a notícia de que o célebre inventor americano Edison dera adesão à hipótese espírita como a mais consentânea com a explicação dos fenómenos metapsíquicos transcendentais.
A notícia mais uma vez aparece no jornal The People, que publica a seguinte declaração do sábio: «Atingi agora o ponto em que sou forçado, por uma verificação positiva, como consequência das minhas investigações, a sustentar firmemente o ponto de vista de que a vida existe depois da morte. Estou mesmo inclinado a sustentar o espiritismo e o seu princípio de que são possíveis as comunicações entre o mundo dos vivos e o dos mortos».
Não pode restar dúvida de que o sábio é intensamente atraído pelos estudos relacionados com a sobrevivência humana e que os seus esforços tendem essencialmente à descoberta de um aparelho que permita as comunicações sem médium.
É a esse respeito interessante a reprodução de fragmentos de um artigo do eminentíssimo sábio acerca da construção dum telefone psíquico com que ele pretende pôr em comunicação os vivos e os mortos:
«Intentei construir um aparelho científico que permita aos mortos — se isto for possível — entrar em relações comigo.»
E mais abaixo:
«Confiemos, pois, em que se conseguirá possuir o instrumento ideal que essas personalidades possam empregar. Nós, os habitantes deste mundo, poderemos receber por esse meio men-sagens procedentes da «vivenda» ou do novo lugar onde se encontrem.
Se o aparelho que eu construo pudesse ser um meio de penetrar vastamente no mundo do desconhecido, teríamos dado um grande passo para a Inteligência Suprema.
Não quero, porém, dizer mais. O que prometo é fazer com que as personalidades passadas ao au-delá possam comunicar connosco, se o desejarem ou quiserem».
Não é nova a tentativa de pretender abolir o médium como agente da comunicação.
Porém, o mais complicado aparelho construtivo para esse fim, o dinamistógrafo, parece que não exclui em absoluto a intervenção mediúnica.
Construído pelas indicações dadas mediunicamente pelo falecido engenheiro holandês, J. J. Zaalberg van Zelst a seu filho e ao seu amigo Matla, com quem durante longos anos em vida estudara o futuro póstumo do homem, apesar de livre-pensador, permitiu todavia iniciar os estudos da personalidade astral segundo processos físicos de observação e de apreciação e registo até aí nunca empregados.
Foi assim que esses autores apresentaram conclusões interessantes que seria longo enumerar aqui, sobre volume, peso, densidade e modo de constituição do corpo astral, tão bem comentadas e apreciadas pelo ilustre escritor Charles Lancelin em «La vie posthume».
Conseguirá o sábio inventor Edison melhores resultados que os seus antecessores nessa ordem de estudos, que tiveram sobre ele a vantagem de ser instruídos por individualidade astral e por isso mesmo mais profundos conhecimentos sobre o modo de actuar?
É difícil prognosticá-lo.».
No seu livro “Os mortos nos falam”, o teólogo católico padre François Brune lamenta:
«O mais escandaloso é o silêncio, o desdém, até mesmo a censura exercida pela Ciência e pela Igreja, a respeito da descoberta inconteste mais extraordinária de nosso tempo: o após-vida existe e nós podemos nos comunicar com aqueles que chamamos de mortos.”
Revista de Espiritismo nr. 27
Um dia, ao fazer um comentário aqui sobre o funcionamento da ciência, a qual estava sendo atacada por não ter dado o "devido valor" a certas experiências de Willian Crookes, fui censurado sob o argumento de que "Não se pode opinar sobre algo que não se conheça".
ResponderExcluirOra, meu comentário foi apenas sobre um assunto que conheço, e muito bem, que é a ciência.
Vejo, agora, mais uma vez um post recheado de preconceitos sobre a ciência. Não entendo nada de espiritismo e, portanto, não pretendo fazer comentários, contra ou a favor, sobre aquilo que desconheço.
Mas acharia bom que os que querem comentar e criticar a ciência pelo menos conheçam um pouco mais sobre como funciona a ciência. Quem sabe, essas pessoas possam usar os mesmos argumentos que foram usados para censurar o meu comentário? A saber: "Não se pode opinar sobre algo que não se conheça".
Acrescento que a mesma crítica que foi feita à ciência também foi feita à Igreja. Deixarei para os que entendem melhor do que eu sobre a Igreja a tarefa de vir aqui defendê-la. Decididamente, não sou a pessoa mais apta para fazer este tipo de defesa.
Ah, sim... costumo ter o maior respeito por todas as formas de religiosidade e de pensamento humano, ainda que algumas vezes eu possa divergir.
Só não entendo o ataque sistemático à ciência que, em princípio tem as suas regras e não procura atacar esta ou aquela fé. Ao contrário, o que vemos com bastante freqüência são os adeptos das mais diversas formas de religiosidade atacarem a ciência. Algumas vezes de forma bastante truculenta e até mesmo, trágica.
Lembro ainda que entre os mais renomados cientistas existem pessoas de todas as fés religiosas. O antagonismo entre fé e ciência, portanto, parece ser bastante estimulado por quem não entende de CIÊNCIA.
Meu caro Galileu saiba que sua participação é sempre muito respeitada,principalmente quando divergimos, porque é aí que aprendemos mais.Este artigo ao meu ver não critica a ciência e sim a atitude de alguns ciêntistas que insistem com o "pré-conceito" ou seja um conceito formado anterior a investigação e isto não é comum na ciência que tem como fundamento primeiro investigar para depois ngar ou aceitar.Porém podemos ver que nem a opinião de Thomas Alva Edison um dos maiores, se não o maior inventor americano dispertou a curiosidade nem dos cientistas nem da imprensa para um assunto tão intrigante e isso meu caro Galileu é estranho,você não acha?
ResponderExcluirQue forças impedem essas investigações,meu caro Galileu?
Quem hoje financia as pesquisas cîentíficas tem interesse nestas verdades?
Ou será um simples , inocente e velho preconceito?
Prezado dalailam,
ResponderExcluirObrigado pela acolhida à minha participação neste blog. Concordo com o amigo que apendemos mais quando divergimos. Discordo do amigo, no entanto, quando diz que o artigo citado não criticou a ciência.
Pelo menos a citação do Padre François Brune, é uma clara lamentação e crítica à ciência (e à Igreja também):
«O mais escandaloso é o silêncio, o desdém, até mesmo a censura exercida pela Ciência e pela Igreja, a respeito da descoberta inconteste mais extraordinária de nosso tempo: o após-vida existe e nós podemos nos comunicar com aqueles que chamamos de mortos.”
Há certamente um mal-entendido, se não um preconceito, de como funciona a ciência. A ciência não costuma censurar nada. Afinal, a ciência não é uma estrutura hierarquizada com um chefe supremo que decide aquilo que deve ou não ser pesquisado.
A ciência, perdoe-me o pleonasmo, dalailam, é composta pela prática científica exercida livremente pelos cientistas de todas as áreas, de todas as religiões, (cristãos, judeus, musulmanos, espíritas, hindus, ateus, taoístas, etc) de todos os credos políticos (de direita e de esquerda) e de todas as partes do planeta.
(continua...)
(continuação)
ResponderExcluirMas essa prática científica é sujeita a regras, uma vez que os cientistas são humanos e portanto sujeitos a falhas, enganos, omissões, plágios, preconceitos e até mesmo, mau-caratismo. Essas regras impostas às práticas científicas servem para reduzir, (veja bem, dalailam, não disse impedir, pois isso seria impossível) todos esses "pecados humanos" que também acometem aos cientistas.
A regra fundamental que regula a prática científica é que aquilo que você chama de "verdade" é apenas uma aproximação sucessiva do conhecimento humano até a data presente. A ciência não pretende trazer "a verdade" à humanidade. A ciência baseia-se na observação da realidade e na possível inferência de como a realidade deve se comportar no futuro baseada na maneira como tem se comportado até o presente.
Para isso a ciência emprega ferramentas diversas, entre as quais, algumas das mais importantes, mas não as únicas, são a lógica e a matemática.
Nesse processo, cientistas se enganam. Fazem projeções erradas, corrigem seus erros, fazem novas projeções, e alguns cientistas, mesmo assim, continuam se enganando.
O fundamental é que quando um cientista ou candidato a cientista, acha que descobriu alguma coisa, até então desconhecida, ele deve tornar pública a sua descoberta, as razões pelas quais ele julga que aquilo ainda era desconhecido, as razões pelas quais ele julga que aquilo é verdadeiro, bem como indicar aos demais cientistas quais os caminhos percorridos para que esses outros cientistas possam reproduzir ou contestar aquilo que ele conseguiu identificar após seus exaustivos estudos.
Observe, caro dailam, que nem sempre a comunidade científica está a altura das descobertas de um jovem cientista desconhecido. Quanto mais jovem e mais desconhecido é o cientista, mais convincente ele deve ser para que outros cientistas passem a concordar com ele. Quando Einstein publicou seus primeiros trabalhos, muito poucos da comunidade científica estavam à sua altura para compreendê-lo.
Por isso há um ritual que compreende a submissão de artigos aos periódicos especializados, a revisão anônima por parte de cientistas de reconhecida competência na área e, se o "descobridor" ainda é apenas um candidato à cientista, a obrigação de passar a sua tese por uma banca examinadora.
Graças a esses rituais algumas fraudes como a suposta técnica da fusão a frio ou a da memória da água puderam ser identificadas.
O fundamental é que se eu tenho uma nova metodologia para, por exemplo, transformar barro em ouro, eu devo ser capaz de convencer meus pares de que minha metodologia funciona. Mais ainda, qualquer um que use a minha metodologia também deverá ser capaz de transformar barro em ouro.
Se eu falhar nesse aspecto, a culpa é minha, mas não da ciência. O mesmo vale se eu não conseguir despertar a curiosidade de outros cientistas nem da imprensa.
Observe, amigo dalailam, que eu não estou negando "as descobertas" por você anunciadas. Mas para que essas descobertas possam ter a chancela da ciência não é possível deixar de respeitar as suas regras.
Afinal se as regras estabelecidas pela prática científica não são adequadas e consideradas confiáveis por algum grupo, por que se dar ao trabalho de obter a aprovação dessa ciência? Não é mesmo?
Meu caro Galileu, a liberdade não existe.
ResponderExcluirVocê acha Galileu, que os cientistas ,os maiores de sua época citados por mim no outro comentário,não seguiram as normas científicas?Isto está cheirando a preconcito Galileu.Por não os desmentiram ou encotraram falha nas suas pesquisas?Não galileu,eles apenas ridicularizaram e ameaçaram com a perda de seus cargos e seus prestígios ,Ilustres cientistas,que ousaram dizer a verdade.Uma verdade que encomoda a muita gente.
ResponderExcluir!!MUITO BOM!!
ResponderExcluir!!@V@NTE!!
Um assunto que deveria ser muito investigado. Muito se avançaria no campo da ciência de vanguarda se mais sobre a dimensão dos mortos fosse explorada de forma RESPEITOSA é claro.
ResponderExcluirAssim como temos ilustres milionários financiando pesquisas sobre tecnologia de ponta no mundo...
Poderiámos sim ter outros que financiariam uma pesquisa deste porta.
Mais a pergunta é... Dá dinheiro? Acho que não.
Fico a lamentar que a ciência de hoje em dia em sua grande maioria não é levada ao status de romantísmo que era antigamente. A busca pelo saber, hoje em dia está vendida.
É claro que eu não generalizo neste quesito, pois ainda há aqueles que descobrem o impossível com a melhor das intenções.
Direto do Brasil.
Abraço.