26 março 2009

ANTROPOLOGIA ESPÍRITA

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Foi lançado no mercado editorial, no primeiro semestre do presente exercício, o livro intitulado “Antropologia Espírita: campo de estudo, fatologia espírita, mediunidade, produto mediúnico e cultura espírita”, de autoria do conhecido dirigente espírita paranaense Maury Rodrigues da Cruz, com 252 páginas, publicado pela SBEE – Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas, de Curitiba – PR.

A obra é o resultado da compilação das aulas ministradas pelo autor no curso superior de graduação em Teologia Espírita, na Faculdade Doutor Leocádio José Correia, em Curitiba, durante três anos, gravadas e compiladas pelas professoras Lourdes Aparecida Servente Martins e Eunice Honória Magalhães, com a colaboração do teólogo e sociólogo Guilherme Knopak Silva, que o subsidiou na fundamentação teórica e na pesquisa bibliográfica.

Ele inicia o seu texto mostrando que a Antropologia, sendo a ciência que trata da cultura humana, possui um campo extremamente vasto de investigação, porquanto o conceito de cultura abrange o universo psíquico, os mitos, os costumes e rituais, suas histórias peculiares, a linguagem, os valores, as crenças, as leis, as relações de parentesco entre outros.

Afirma o autor que “a Antropologia Espírita se fundamenta, criticamente, nas Antropologias Física, Cultural e Filosófica: estuda, pesquisa, registra, contextualiza e sistematiza toda a realidade do existente mediúnico, portanto toda linha das percepções do homem, fazendo resultados no mundo fático”. Ele assevera que “o objeto de estudo da Antropologia Espírita é o produto espírita, para saber quais foram as resultantes, qual a composição que determina e dá o sentido cultural”.

Ele explicita que a Antropologia Espírita realiza o estudo do homem nos sentidos: Físico-somático-espiritual (fazendo uso da biometria, morfologia do corpo, com os fundamentos da Antropologia Física), histórico de sua vida e dos fins últimos e absolutos (por meio da Atropologia Cultural) e dos princípios e fins últimos, do nascimento à desencarnação (pela Antropologia Filosófica).

Ela, sem derrogar nenhum conhecimento humano, “procura analisar a extensão do produto, obtido pelo processo mediúnico e avaliar em face do seu sentido imaginativo, intelectual e axiológico da massa crítica dos agentes mediúnicos que o produziram”. “Como ciência utiliza a metodologia científica na realização de pesquisas, permitindo ao pesquisador, no seu trabalho de campo, vinculado à conceituação de protocolos, registrar os acontecimentos culturais, físicos e sociais que signifiquem elementos dinamizadores do fato espírita na organização social da cultura”.

Examina, a seguir, os fenômenos da percepção, mediunidade, reencarnação, a cultura e a espiritualidade, a organização social sob a perspectiva espírita, os valores, as artes, as linguagens dos espíritos manifestantes, a moralidade a ética e a lei.

Conclui sua exposição abordando o projeto político-pedagógico a fatologia espírita, o produto mediúnico, o mediunato, o centro espírita, as dimensões ideacionais e a perspectiva mundial da cultura espírita e o futuro doutrinário da Doutrina Espírita.

Maury Rodrigues da Cruz, nascido em Castro-PR em 1940, é licenciado em Ciências Sociais e bacharel em Direito, pós-graduado em Orientação Educacional e mestre em Educação. Foi professor da Universidade Federal do Paraná, na qual foi coordenador de curso, diretor de ensino e diretor do Museu Paranaense durante 7 anos. Foi, também, professor emérito e diretor da Faculdade de Direito de Curitiba. É atualmente presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas – SBEE, presidente do Lar Escola Doutor Leocádio Correia e presidente do Museu Nacional de Espiritismo. Conferencista e autor de diversos livros. Publicou, também, numerosos livros psicografados.

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