“Cuba, o segundo país mais espírita do mundo”
Cláudia Santos
Aproximadamente 50 representantes de sete países, além de 200 cubanos, estiveram reunidos, de 23 a 26 de abril, no Hotel Habana Riviera, em Havana, para a realização do II Taller Espírita de Cuba, simpósio promovido pela Sociedad Amor y Caridad Universal de Havana, dirigida por Antonio Agramonte. Com o tema A Paz Mundial Nasce no Espírito do Bem, a segunda edição do evento – a primeira aconteceu há quatro anos – teve o auxílio do Conselho Espírita Internacional, através do seu núcleo, ligado à América Central e ao Caribe, e o apoio do governo cubano, inclusive para hospedagem de alguns dos participantes internacionais. Durante o evento foi fundada a Associação Médico-Espírita de Cuba (AME-Cuba), agora a maior em número de militantes, ligada à AME-Internacional.
Participaram do simpósio, como palestrantes, Nestor Masotti, secretário-geral do Conselho Espírita Internacional (CEI) e presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB); Charles Kempf, representante da França e do CEI Europa; e Divaldo Pereira Franco, orador da solenidade de abertura e encerramento. Além deles, os principais responsáveis pela realização do evento, em virtude dos elos que mantêm há vários anos com as lideranças do Movimento Espírita e as autoridades de Cuba: Edwin Bravo, da Guatemala, representante do CEI para Centro-América e Caribe; e Manuel de la Cruz, cubano residente em Miami e presidente do Centro Espírita José de la Luz. O evento contou ainda com a presença de espíritas da Guatemala, EUA, El Salvador, Honduras, México, Porto Rico, Colômbia, Panamá e França, além dos médicos oradores brasileiros Claudio Campos Borges e Sergio Thiesen, e o engenheiro Ney Prieto Peres.
Na solenidade inaugural, o Governo de Cuba esteve representado pela ministra das Religiões, Caridad Diego Bello, e suas assessoras Eloisa Valdes e Sonia Garcia, que acompanharam, com interesse, a palestra de Divaldo Franco. Ao final, a própria ministra saudou a todos de forma cordial, apresentando dados surpreendentes sobre o ressurgimento do Espiritismo em Cuba.
Marlene Nobre, a presidente das Associações Médico-Espíritas do Brasil e Internacional, que também esteve presente como palestrante das entidades citadas, conta, abaixo, um pouco do que viu e sentiu:
Folha Espírita – O primeiro Taller aconteceu em Cuba há quatro anos. O que aquele, como este, refletem?Marlene Nobre – Sem dúvida, os dois eventos espelham a grande abertura do país para o renascimento das religiões.
FE – Por que o Governo de Cuba apoiou um evento como este?Marlene – Pela mesma razão que o levou a legalizar as religiões, quer dizer, através de eventos como este, ele pode acompanhar o ressurgimento delas e o rumo que estão tomando, inclusive, o linguajar que empregam nas trocas de experiências com outros países.
FE – Qual sua percepção sobre o país com o afastamento de seu líder, Fidel Castro?Marlene – Não pude ter uma visão de conjunto do país, no que se refere ao movimento político, sobretudo, porque não nos movia esse tipo de interesse, mas, sim, o religioso. Soubemos, através das autoridades cubanas, que saúde e educação são bens usufruídos, gratuitamente, pela população. Pudemos notar que o povo cubano aprendeu a obedecer e tem cultivado um nacionalismo contagiante. Mas, sem dúvida, para que o povo possa usufruir mais amplamente das riquezas do país, faz-se necessário um desenvolvimento econômico maior, com mais amplitude e diversificação de trabalho. Não tive como comparar, mas constata-se que houve abertura no país com o afastamento de Fidel.
FE – E com relação ao Espiritismo localmente?Marlene – A mudança em relação ao Espiritismo ocorreu antes da retirada de Fidel Castro do poder e tem se acentuado com o tempo. Na verdade, o ressurgimento do Espiritismo em Cuba é algo extraordinário. Na solenidade de abertura do II Taller, tivemos informações transmitidas diretamente pela ministra das Religiões, Caridad Diego Bello, de que há 400 centros espíritas em Cuba, já legalizados, e 200 em vias de legalização. Como vemos, a abertura religiosa é agora tutelada pelo governo, que tem dado todo o acompanhamento para que essa legalização se processe. E ela tem sido efetiva e irreversível. Com isso, pudemos constatar a presença de irmãos de outras cidades cubanas que tiveram passe livre para viajar a Havana e participar do evento.
FE – Esses centros são todos realmente espíritas?Marlene – A ministra Caridad explicou que estão sendo legalizados centros espíritas de três modalidades: os de “cordão”, cujos participantes fazem as sessões de mãos dadas; os “trincadistas”, que não consideram Espiritismo religião; e os que seguem os ensinamentos de José de la Luz e Allan Kardec. Assim, com espanto, constatamos que Cuba é o 2º país mais espírita do mundo. E as contas não são difíceis de serem feitas: se dos 600 centros espíritas, somente 100 ou mesmo 70 forem realmente kardecistas, já aí teremos um número muito grande em relação aos demais países.
FE – Quem foi José de la Luz?Marlene – Não sei praticamente nada da obra de José de la Luz, porque não li, não a tenho disponível. Antonio Agramonte disse algumas palavras sobre isso, afirmando que José de la Luz foi o guia espiritual do médium Cláudio Agramonte, um dos pioneiros do Espiritismo em Cuba, e que deixou diversas obras psicografadas. Os que conhecem essas obras afirmam que se trata dos mesmos ensinamentos espíritas.
FE – Cuba tem algo especial em relação ao Espiritismo?Marlene – Como eu disse, sua legalização permitiu o ressurgimento de um movimento que sempre foi muito rico desde o século XIX e que continuará a dar bons frutos.
FE – Editoras brasileiras estiveram presentes no evento?Marlene – A Folha Espírita Editora compareceu com duas obras: El Clamor de la Vida e El Alma de la Materia, ambos de minha autoria. Ao todo, foram cerca de 100 livros, vendidos a preço simbólico, e que desapareceram tão rapidamente quanto foram colocados à venda. O dr. Claudio Campos Borges, de Ceres, Goiás, levou livros da Editora Auta de Souza com ensinamentos básicos de Kardec. Creio que foram as duas editoras presentes. Não houve mais, creio eu, porque os irmãos brasileiros ficaram na dúvida se poderiam levar ou não.
FE – Os cubanos estão sedentos por literatura espírita?Marlene – Sim e, por sugestão da ministra Caridad, será possível ao Movimento Espírita enviar a Cuba um contêiner de livros, o que satisfará, de alguma maneira, a sede dos irmãos cubanos por instruções espíritas. Sem dúvida, auxiliará a legalização de mais centros espíritas, segundo os verdadeiros moldes, quer dizer, segundo Allan Kardec. A ministra não limitou o número de livros, nem deu preferência para algum em particular. Os livros de todas as editoras espíritas são bem-vindos. E a abertura é para todas as religiões. Cada uma delas tem o acompanhamento de assessores da ministra e é monitorada.
FE – Com relação à AME-Cuba, ela traz algo de diferente das demais internacionais?Marlene – Em 25 de abril fundamos a AME-Cuba, como núcleo da AME-Internacional, tendo à frente o colega dr. Servando Agramonte. São cinco os membros da diretoria, todos médicos, eleitos na ocasião. Além deles, mais colegas estiveram presentes à reunião de fundação, o que nos deixou verdadeiramente surpresos, porque já faz da AME-Cuba um membro efetivo, com o maior número de militantes.
FE – Aconteceu algo em Cuba que a senhora gostaria de compartilhar com os leitores da FE?Marlene – Creio que tudo quanto aconteceu em Cuba foi inesperado e alentador. Teatro, canto e um coral cubano marcaram a solenidade final, que teve também a conferência sempre brilhante de Divaldo Franco. Foi bem sugestivo o fato de termos terminado o evento na Igreja Episcopal de Cuba – templo católico anglicano – que nos abriu as portas para a confraternização. Toda a solenidade foi montada com liberdade e levada a efeito pelos espíritas do II Taller. Isso já nos dá o tom do movimento religioso que está se consolidando em Cuba. Sem dúvida, um belo convite para praticarmos o ecumenismo aqui mesmo, em nosso próprio país.
“Constatei, emocionada, que os irmãos cubanos têm grande avidez por livros espíritas. O anseio por leitura realmente é muito grande”.
“Por toda a atenção e deferência que recebemos do Governo de Cuba, elevamos, após a nossa palestra no evento, uma prece de agradecimento a Deus, em benefício da saúde do irmão Fidel Castro”.
O Espiritismo em Cuba:
1856 – Notícias de fenômenos espíritas em diversas províncias.
1870 – Surgem as primeiras publicações espíritas em Cuba.
1889 e 1890 – Participação dos cubanos nos congressos espíritas internacionais, em especial nos de Barcelona e Paris, em cujos anais foram relacionadas a existência de diversas sociedades espíritas em Cuba.
1890 – Criada a Federação Espiritista Nacional de Cuba (que em 1941 mudou o nome para confederação) com 20 instituições.
1920 – Realizado o 1º Congresso Espírita de Cuba, com 562 delegados e 113 centros.
1922 – Criada a Federação Nacional Espírita de Cuba.
1934 – Participação de cubanos no 5º Congresso Espírita Internacional em Paris, onde foi sugerida a aglutinação dos espiritistas em concentrações nacionais. O maior incentivador em Cuba foi Manuel Garcia Consuegra.
1935 a 1949 – Realizadas 15 Concentrações Nacionais Espiritistas nas diversas províncias de Cuba, no período de 29 a 31 de março, coincidindo com a data de desencarne de Allan Kardec.
1941 – Constituído o Conselho Executivo da Confederação Nacional Espiritista de Cuba (participaram dele Luiz Guerrero Ovalle e Cláudio Agramonte).
1942 – Constituem-se quatro Federações Espíritas Provinciais.
1948 – Desvelado o busto a Allan Kardec que fora cedido a A Clínica da Alma, que parece ter sido fundada em 1942.
1949 – Designada representação cubana (Miguel S. Barciera e Miguel Guerrero Ovalle) para um congresso que seria realizado no Rio de Janeiro, em 3 de outubro do mesmo ano.
1953 – de 3 a 10 de outubro, realiza-se em Cuba o 3º Congresso Espírita Pan-Americano, que recebe delegações de diversos países: Argentina, Brasil, Colômbia, EUA, México, Porto Rico e Venezuela.· 1957 – Cuba participa, em outubro, do 4º Congresso Espírita Pan-Americano que se realizou em São João de Porto Rico, representado por Santiesteban e Medina.
1963 – Interrompidos os atos espíritas públicos.
2002 – Realizada a 1ª conferência pública oficial.
2004 – Realizado o 1º Taller Espírita Internacional oficial.
Um blog onde se respeita a diversidade religiosa,
o livre pensamento e o direito à expressão.
25 fevereiro 2009
24 fevereiro 2009
LIBERDADE E CORAGEM
"É precisamente o apátrida aquele que se converte em um homem livre, livre em um sentido novo; só aquele que a nada é ligado, a nada deve reverência".(Stefan Zweig)
Estou convencido de que este pensamento se estende também à religião.Aquele que foi educado religiosamente sem dogmas, tem mais facilidade em assimilar a futuro das religiões, que certamente estará mais ligado à razão.E vocês o que acham?
Estou convencido de que este pensamento se estende também à religião.Aquele que foi educado religiosamente sem dogmas, tem mais facilidade em assimilar a futuro das religiões, que certamente estará mais ligado à razão.E vocês o que acham?
20 fevereiro 2009
PECADOS CAPITAIS
- Os sete pacados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são:
riqueza sem trabalho
prazer sem escrúpulo
conhecimento sem sabedoria
comércio sem moral
política sem idealismo
religião sem sacrifício e
ciência sem humanismo
Mahatma Gandhi
16 fevereiro 2009
LIÇÃO DE ÍNDIO
Recentemente,para a BBC, um índio americano concedeu uma entrevista para falar dos problemas do seu povo. O repórter começou com perguntas leves ,porém com a intenção de uma boa entrevista começou a provocar o índio perguntando sobre o passado , sobre o genocídio que seu povo sofreu e finalmente sobre a sua relação com esses fatos e se havia de sua parte alguma mágoa.O índio muito seguro de si olhou para o repórter e disse: Sabe senhor, dentro de mim existem dois cães que brigam o tempo todo.E o experiente repórter mais do que depressa perguntou: E quem ganha a briga?
E o índio como quem já soubesse a pergunta responde: Aquele que eu mais alimentar. E o repórter sem mais perguntas encerra a entrevista.
E o índio como quem já soubesse a pergunta responde: Aquele que eu mais alimentar. E o repórter sem mais perguntas encerra a entrevista.
MAHATMA GANDHI
As gerações vindouras terão dificuldade em acreditar que um homem como Gandhi realmente existiu e caminhou sobre a terra
Albert Einstein
Albert Einstein
10 fevereiro 2009
CURIOSIDADE:Religião Inca
O deus criador, com características de deus cultural, é Viracocha, qualificado como Velho Homem dos Céus, Senhor e Mestre do mundo. Por ter criado a terra, os animais e os seres humanos e ser o possuidor de todas as coisas, os incas adoravam-no sem oferece-lhe sacrifícios nem tributos. Criou, destruiu os homens e tornou a criá-los a partir da pedra. Depois os dispersou nas quatro direções. Como herói cultural, ensinou aos seres humanos várias técnicas e ofícios. Empreendeu muitas viagens até chegar a Manta (Equador), de onde partiu sulcando o Oceano Pacífico. Segundo uma versão, em uma embarcação feita com sua capa; outra versão diz que caminhou sobre as águas.
Inti, o deus Sol, era a divindade protetora da casa real. Seu calor beneficiava a terra andina e fazia as plantas florescerem. Era representado com um rosto humano sobre um disco radiante. A grande Festa do Sol, o Inti Rami, era celebrada no solstício de inverno. Para dar as boas vindas ao Sol, ofereciam-lhe uma fogueira, onde queimavam uma vítima em sacrifício, junto com folhas de coca e milho. Finda a celebração, exclamavam: "Oh Criador, Sol e Trovão, sede jovens sempre! Multiplicai os povos! Deixai que vivam em paz!". A mulher de Inti era Mama-Kilya, a mãe Lua, encarregada de regular os ciclos menstruais das mulheres. O deus da chuva, Apu Illapu, era uma divindade agrícola. Na época da seca faziam peregrinações aos templos consagrados a Illapu, construídos em regiões altas. Caso a seca fosse muito persistente, ofereciam-lhe sacrifícios humanos. Os incas acreditavam que a sombra de Illapu encontrava-se na Via Láctea, de onde jorrava a água que cairia na terra em forma de chuva. Outros deuses importantes são Pachamama, a mãe terra, o mundo das coisas visíveis, senhora das montanhas, das rochas e das planícies, e Pachacámac, o espírito que alenta o crescimento de todas as coisas, espírito pai dos cereais, animais, pássaros e seres humanos. Lendas ou Verdades sobre os Incas A milhões de anos atrás, Viracocha (Criador do Universo), deu vida a seus dois filhos, Mama Oclo (filha da Lua) e Manco Capac (filho do Sol), que foram colocados por ele em suas respectivas ilhas, a da Lua e a do Sol, que ficam situadas no lago Titicaca. Os dois juntos tinham por dever localizar um local para a construção do seu império. Chegando a região do altiplano andino onde hoje se situa a cidade de Cuzco, Manco enterrou seu bastão na terra, a qual abriu uma fenda e o encobriu, e assim ele passou a chamar aquele local de Cuzco (Umbigo do mundo), no qual em anos foi denominada a capital do império Inca, e onde se situavam as fortalezas históricas do império Inca, a cidade de Cuzco foi construída no formato de um Puma na qual sua cabeça situa-se a fortaleza de Sacsahuaman, essa região é recoberta de mistérios, no qual há a existência de um túnel ligando as duas cidades, desde de Cuzco até o Kkoricancha (templo do Sol), qual hoje é a Igreja de Sto. Domingo . Mas além desse também a uma história que diz que a cabeça de Atahualpa o último imperador Inca foi enterrada na cidade de Cuzco no qual o propósito era de que com o tempo a terra reconstituísse seu corpo, ele retornasse para libertar o império da mão dos que não souberam respeitar a cultura de um povo que se desenvolvia mais rapidamente que os europeus. Outra versão da Lenda Uma lenda diz que depois de um grande dilúvio, apenas um homem e uma mulher se salvaram, esses Mama Oclo, e Manco Capac, foram arrastados em uma balsa de Totora até as margens do lago Titicaca, esses saíram em busca de um novo lugar para viver, chegando a região do altiplano Andino, dizem que Manco Capac enterrou seu bastão e denominou aquele local de Cuzco (umbigo do mundo),dai pra frente eles iniciaram o esplendido Império Inca. Isso sempre nos levou a crer que esta história não passava de uma lenda, mas um grupo de pesquisadores que inclui 10 brasileiros descobriram no fundo do lago Titicaca, vestígios do que já haveria de ter sido uma cidade, foi encontrado construções que nos levam a crer que eram templos, e peças de cerâmica e outros materiais. Isso pode ser a resposta para a origem do império Inca, pois como vocês vêem a ciência e os estudos vem trazendo a tona o que já era dito por milhares de anos pelos Incas. O Quinto Sol Os Incas crêem estar vivendo o quinto mundo cada um dos mundos anterior havia tido a duração de mil anos, cada mil anos aparecia um Sol novo e reinicia a recuperação dos anos. E ao passar o instante que transcorre entre duas idades há o Pachacúti que quer dizer inversão do mundo, tempo de grandes transformações, tempo de destruições, de desolação e restauração por esta razão a destruição a conquista espanhola foi vista pelos incas como um Pachacúti. Este aspecto do tempo também existe nos conceitos do cristianismo, o Juiz o final bíblico, só que o bíblico é percebido como um futuro já o pachacuti esta a ocorrer neste momento e se faz por acabado com o retorno do novo Sol que dizem estar para acontecer nos próximos anos. Foram achadas várias provas que os pré-colombianos acreditavam em um deus, desta forma seus respectivos nomes, Viracocha, Ayar, Tunupa ou Tonopa, Illapa-Libiac, Pariaca-Cuniraya- Tutayquiri- Huallallo Carhuincho-Pachacamac, Inkarri, Pishtaco ou Naqaq, mas foi provado que mesmo tendo tantos nomes Viracocha (Criador) foi realmente um único deus, seguido por seus filhos: Sol (Manco Capac) e Lua (Mama Oclo), e de seus filhos vieram os herdeiros do império do Sol.
Inti, o deus Sol, era a divindade protetora da casa real. Seu calor beneficiava a terra andina e fazia as plantas florescerem. Era representado com um rosto humano sobre um disco radiante. A grande Festa do Sol, o Inti Rami, era celebrada no solstício de inverno. Para dar as boas vindas ao Sol, ofereciam-lhe uma fogueira, onde queimavam uma vítima em sacrifício, junto com folhas de coca e milho. Finda a celebração, exclamavam: "Oh Criador, Sol e Trovão, sede jovens sempre! Multiplicai os povos! Deixai que vivam em paz!". A mulher de Inti era Mama-Kilya, a mãe Lua, encarregada de regular os ciclos menstruais das mulheres. O deus da chuva, Apu Illapu, era uma divindade agrícola. Na época da seca faziam peregrinações aos templos consagrados a Illapu, construídos em regiões altas. Caso a seca fosse muito persistente, ofereciam-lhe sacrifícios humanos. Os incas acreditavam que a sombra de Illapu encontrava-se na Via Láctea, de onde jorrava a água que cairia na terra em forma de chuva. Outros deuses importantes são Pachamama, a mãe terra, o mundo das coisas visíveis, senhora das montanhas, das rochas e das planícies, e Pachacámac, o espírito que alenta o crescimento de todas as coisas, espírito pai dos cereais, animais, pássaros e seres humanos. Lendas ou Verdades sobre os Incas A milhões de anos atrás, Viracocha (Criador do Universo), deu vida a seus dois filhos, Mama Oclo (filha da Lua) e Manco Capac (filho do Sol), que foram colocados por ele em suas respectivas ilhas, a da Lua e a do Sol, que ficam situadas no lago Titicaca. Os dois juntos tinham por dever localizar um local para a construção do seu império. Chegando a região do altiplano andino onde hoje se situa a cidade de Cuzco, Manco enterrou seu bastão na terra, a qual abriu uma fenda e o encobriu, e assim ele passou a chamar aquele local de Cuzco (Umbigo do mundo), no qual em anos foi denominada a capital do império Inca, e onde se situavam as fortalezas históricas do império Inca, a cidade de Cuzco foi construída no formato de um Puma na qual sua cabeça situa-se a fortaleza de Sacsahuaman, essa região é recoberta de mistérios, no qual há a existência de um túnel ligando as duas cidades, desde de Cuzco até o Kkoricancha (templo do Sol), qual hoje é a Igreja de Sto. Domingo . Mas além desse também a uma história que diz que a cabeça de Atahualpa o último imperador Inca foi enterrada na cidade de Cuzco no qual o propósito era de que com o tempo a terra reconstituísse seu corpo, ele retornasse para libertar o império da mão dos que não souberam respeitar a cultura de um povo que se desenvolvia mais rapidamente que os europeus. Outra versão da Lenda Uma lenda diz que depois de um grande dilúvio, apenas um homem e uma mulher se salvaram, esses Mama Oclo, e Manco Capac, foram arrastados em uma balsa de Totora até as margens do lago Titicaca, esses saíram em busca de um novo lugar para viver, chegando a região do altiplano Andino, dizem que Manco Capac enterrou seu bastão e denominou aquele local de Cuzco (umbigo do mundo),dai pra frente eles iniciaram o esplendido Império Inca. Isso sempre nos levou a crer que esta história não passava de uma lenda, mas um grupo de pesquisadores que inclui 10 brasileiros descobriram no fundo do lago Titicaca, vestígios do que já haveria de ter sido uma cidade, foi encontrado construções que nos levam a crer que eram templos, e peças de cerâmica e outros materiais. Isso pode ser a resposta para a origem do império Inca, pois como vocês vêem a ciência e os estudos vem trazendo a tona o que já era dito por milhares de anos pelos Incas. O Quinto Sol Os Incas crêem estar vivendo o quinto mundo cada um dos mundos anterior havia tido a duração de mil anos, cada mil anos aparecia um Sol novo e reinicia a recuperação dos anos. E ao passar o instante que transcorre entre duas idades há o Pachacúti que quer dizer inversão do mundo, tempo de grandes transformações, tempo de destruições, de desolação e restauração por esta razão a destruição a conquista espanhola foi vista pelos incas como um Pachacúti. Este aspecto do tempo também existe nos conceitos do cristianismo, o Juiz o final bíblico, só que o bíblico é percebido como um futuro já o pachacuti esta a ocorrer neste momento e se faz por acabado com o retorno do novo Sol que dizem estar para acontecer nos próximos anos. Foram achadas várias provas que os pré-colombianos acreditavam em um deus, desta forma seus respectivos nomes, Viracocha, Ayar, Tunupa ou Tonopa, Illapa-Libiac, Pariaca-Cuniraya- Tutayquiri- Huallallo Carhuincho-Pachacamac, Inkarri, Pishtaco ou Naqaq, mas foi provado que mesmo tendo tantos nomes Viracocha (Criador) foi realmente um único deus, seguido por seus filhos: Sol (Manco Capac) e Lua (Mama Oclo), e de seus filhos vieram os herdeiros do império do Sol.
TRANSCOMUNICAÇAO INSTRUMENTAL
A comunicação com espíritos desencarnados através de médiuns é hoje uma realidade incontestável e é amplamente comprovada, entretanto vem crescendo muito, principalmente no Brasil, a pesquisa sobre a Transcomunicação Instrumental (TCI), mas o que vem a ser isto?
A TCI é a denominação da comunicação com espíritos através do uso aparelhos eletrônicos. Embora possua um ar de vanguarda, este método não é conseqüência da moderna tecnologia e é mais antigo do que se pode supor a princípio. Já em 1927 o famoso inventor americano Thomas Edison, declarou estar pesquisando um aparelho que lhe permitisse estabelecer contato com os mortos[1]. Apesar dos seus esforços ele não obteve sucesso e apenas em 1959 foram obtidos os primeiros sucessos neste campo, quando Friedrich Jungerson gravou acidentalmente as primeiras vozes de espíritos enquanto tentava gravar gorjeios de pássaros em Molbno, Suécia. Após a publicação dos trabalhos de Jungerson muitos outros pesquisadores e curiosos passaram a investigar o fenômeno, tendo, o professor Kostantin Raudive conseguido obter mais de 72.000 frases de espíritos gravadas por meios eletrônicos.
Estas pesquisas continuaram evoluindo e em 1978 o americano George Meek conseguiu através do seu invento Spiricom, aparelho que permitia o estabelecimento de diálogo com os espíritos, conversar com um espírito identificado como Dr. Muler. Na década de 80 muitos outros casos de sucesso foram verificados principalmente na Europa.
No Brasil a TCI passou a ser estudada seriamente no final da década de 80, quando a pesquisadora Sônia Rinaldi iniciou um trabalho (dentro do IBPP - Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, até hoje coordenado pelo Engenheiro Hernani Guimarães Andrade), que hoje é reconhecido internacionalmente. Ela começou com um gravador comum e um rádio de ondas curtas mal sintonizado de onde recebeu as primeiras mensagens. A partir das primeiras evidências foram se somando outros depoimentos de pessoas que haviam “perdido” entes queridos e receberam destes mensagens através do uso até de telefones celulares. É importante ressaltar a seriedade deste estudo e que várias destas comunicações foram submetidas a exames técnicos para terem sua autenticidade comprovada.
Este fenômeno cresceu tanto que em junho de 2000 a revista Isto É colocou uma matéria de capa falando sobre o assunto e relatando os depoimentos, avanços e estudos sobre a TCI, entre outras coisas fica claro que, se por um lado ainda não é possível uma comprovação absoluta da validade deste tipo de comunicação, por outro também não é possível ignorar este fenômeno nem descartá-lo completamente.
Apesar do caráter de coisa fantástica, a TCI é um fenômeno completamente plausível, pois devemos lembrar que a comunicação com os desencarnados é estabelecida através do pensamento, e que este se realiza através de ondas mentais, e que estas ondas, como qualquer outra onda, podem ser captadas através de um instrumento que lhes capte a freqüência, assim como acontece quando sintonizamos um rádio.
Finalmente não podemos esquecer que, assim como no passado a mediunidade não era compreendida e muitos classificaram os fenômenos mediúnicos de fraude, bruxaria e coisa do demônio, a transcomunicação ainda é uma ciência em evolução, e o que hoje ainda deixa dúvidas amanhã poderá ser clara realidade.
O intercâmbio entre o plano físico e o plano espiritual cada vez mais se fortalece e comprova que somos espíritos imortais, que nosso estágio na matéria é transitório e que a verdadeira vida é muito mais do que conseguimos enxergar. Nesta jornada de descoberta da nossa essência espiritual a ciência, ao contrario do que muitos acreditam, é uma ferramenta que muito tem a contribuir e impulsionar o homem para mais perto de Deus.
A TCI é a denominação da comunicação com espíritos através do uso aparelhos eletrônicos. Embora possua um ar de vanguarda, este método não é conseqüência da moderna tecnologia e é mais antigo do que se pode supor a princípio. Já em 1927 o famoso inventor americano Thomas Edison, declarou estar pesquisando um aparelho que lhe permitisse estabelecer contato com os mortos[1]. Apesar dos seus esforços ele não obteve sucesso e apenas em 1959 foram obtidos os primeiros sucessos neste campo, quando Friedrich Jungerson gravou acidentalmente as primeiras vozes de espíritos enquanto tentava gravar gorjeios de pássaros em Molbno, Suécia. Após a publicação dos trabalhos de Jungerson muitos outros pesquisadores e curiosos passaram a investigar o fenômeno, tendo, o professor Kostantin Raudive conseguido obter mais de 72.000 frases de espíritos gravadas por meios eletrônicos.
Estas pesquisas continuaram evoluindo e em 1978 o americano George Meek conseguiu através do seu invento Spiricom, aparelho que permitia o estabelecimento de diálogo com os espíritos, conversar com um espírito identificado como Dr. Muler. Na década de 80 muitos outros casos de sucesso foram verificados principalmente na Europa.
No Brasil a TCI passou a ser estudada seriamente no final da década de 80, quando a pesquisadora Sônia Rinaldi iniciou um trabalho (dentro do IBPP - Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, até hoje coordenado pelo Engenheiro Hernani Guimarães Andrade), que hoje é reconhecido internacionalmente. Ela começou com um gravador comum e um rádio de ondas curtas mal sintonizado de onde recebeu as primeiras mensagens. A partir das primeiras evidências foram se somando outros depoimentos de pessoas que haviam “perdido” entes queridos e receberam destes mensagens através do uso até de telefones celulares. É importante ressaltar a seriedade deste estudo e que várias destas comunicações foram submetidas a exames técnicos para terem sua autenticidade comprovada.
Este fenômeno cresceu tanto que em junho de 2000 a revista Isto É colocou uma matéria de capa falando sobre o assunto e relatando os depoimentos, avanços e estudos sobre a TCI, entre outras coisas fica claro que, se por um lado ainda não é possível uma comprovação absoluta da validade deste tipo de comunicação, por outro também não é possível ignorar este fenômeno nem descartá-lo completamente.
Apesar do caráter de coisa fantástica, a TCI é um fenômeno completamente plausível, pois devemos lembrar que a comunicação com os desencarnados é estabelecida através do pensamento, e que este se realiza através de ondas mentais, e que estas ondas, como qualquer outra onda, podem ser captadas através de um instrumento que lhes capte a freqüência, assim como acontece quando sintonizamos um rádio.
Finalmente não podemos esquecer que, assim como no passado a mediunidade não era compreendida e muitos classificaram os fenômenos mediúnicos de fraude, bruxaria e coisa do demônio, a transcomunicação ainda é uma ciência em evolução, e o que hoje ainda deixa dúvidas amanhã poderá ser clara realidade.
O intercâmbio entre o plano físico e o plano espiritual cada vez mais se fortalece e comprova que somos espíritos imortais, que nosso estágio na matéria é transitório e que a verdadeira vida é muito mais do que conseguimos enxergar. Nesta jornada de descoberta da nossa essência espiritual a ciência, ao contrario do que muitos acreditam, é uma ferramenta que muito tem a contribuir e impulsionar o homem para mais perto de Deus.
TESE APROVADA NA PUC
Amigos,Estamos iniciando o ano de 2009 e com ele uma nova fase em nossa pesquisa. Há anos se sonha em levar a Transcomunicação para dentro do meio acadêmico, para se enveredar por investigações mais sólidas, que possam, afinal, trazer conclusões dentro de parâmetros rigorosamente científicos acerca da sobrevivência após a morte. Essa é, em parte, nossa proposta de Tese, aprovada no curso de Ciências da Religião, da PUC – Pontifícia Universidade Católica, de São Paulo, onde passei no exame para fazer o Mestrado.Minha proposta de tese é coisa de vanguarda, pois implica no apoio de diferentes disciplinas, como a Engenharia Elétrica, a Física, Ciências da Computação, etc. Em outras palavras, trata-se de uma Tese Multidisciplinar, em busca de investigar a veracidade da comunicação entre diferentes planos dimensionais.Este é o título da tese: “Transcomunicação: Interconectividade entre Múltiplas Realidades e a Convergência de Ciências para a Comprovação Científica da Comunicabilidade Interplanos”. A jornada será árida e o apoio de especialistas de diferentes áreas se fará necessário, mas confiamos que os objetivos valerão o esforço. Nitidamente, esse foi um caminho orientado pelos nossos Maiores, e assim sendo, nos resta cumpri-lo da melhor forma que conseguirmos. Que você, nosso visitante e amigo, possa compartilhar conosco essa nossa estrada vivenciando os acertos, os erros, os momentos de sucesso e os de desânimo. É assim que se faz pesquisa... e é assim que se chega à sensação da vitória. Não por ter vencido, mas por ter tentado.Um abraço com carinho de Sonia Rinaldi
08 fevereiro 2009
MEDICINA E ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE ATRAI CANADENSES E EUROPEUS
A presidente das associações médico-espíritas do Brasil e Internacional, Marlene Nobre; o presidente da AME-SP, Sérgio Felipe de Oliveira; e vice-presidente da AME-Santos, Décio Iandoli Júnior, promoveram, em setembro, uma série de conferências que começaram em Montreal, no Canadá, e seguiram por vários países europeus. Entre os temas que despertaram interesse dos diversos públicos estão Medicina e espiritualidade, vida no além e obsessão. “As pessoas buscam explicações, sobretudo as que têm problema de mediunidade e não têm a quem recorrer, já que as religiões em geral não tratam do assunto”, relata Marlene, que calcula em aproximadamente mil pessoas o público que compareceu às suas palestras e às de seus colegas da AME nas 11 cidades em que estiveram.
As palestras tiveram início em 3 de setembro, em Montreal, no Simpósio Medicina e Espiritualidade, na Universidade de Québec em Montreal (UQAM). O evento foi organizado por MSQ/Espace Espirita Internacional e Centre D´etude Allan Kardec, com o lançamento do livro de Marlene Nobre Les Masques de l'Obsession (As Máscaras da Obsessão) e palestra de Oliveira sobre Glândula Pineal: união do corpo e alma. “Houve bastante interesse da platéia. As perguntas foram muito interessantes”, relata Marlene.Nos dias 7 e 8 foi a vez de Londres, na Spiritist Association UK. Marlene tratou, no dia 7, de Dor e espiritualidade - uma nova perspectiva; e Oliveira, sobre Pesquisa e diagnóstico em estados de transe. No dia seguinte Oliveira falou sobre Neurociência e Espiritualidade: há conecção? e Marlene, sobre Estresse, ansiedade e depressão.
Dias 10, 11 e 12 os médicos estiveram em Leiria, Portugal, onde fizeram conferências no Fórum da Associação Espírita local. Iandoli tratou da questão dos Corpos Espirituais e a Saúde Humana; Teorias da Neurofisiologia da Mediunidade; e A Contribuição da Reencarnação para a mudança de paradigma. Marlene falou de Questões Bioéticas e Espiritualidade (aborto, eutanásia, embriões congelados e células-tronco), Autoconhecimento: Fonte de Saúde e Equilíbrio e Medicina e Espiritualidade; Dor e Espiritualidade. Oliveira, por sua vez, falou de Neurociências e Espiritualidade; A pesquisa dos estados de transe no diagnóstico médico; e Estudo das doenças psicossomáticas. No dia 12, no Hotel Praia Mar, em Lisboa, a convite do Grupo Espírita Batuíra, que edita a revista Verdade e Luz, Marlene abordou o tema Estresse e Espiritualidade e Sergio Felipe, A Pesquisa dos estados de transe no diagnóstico médico.
Na seqüência, Marlene e Iandoli seguiram para a Suíça: Berna (14), Zurique (15) e Lausanne e Genebra (16). No primeiro dia, ambos falaram, respectivamente, sobre A Alma da Matéria; e Um Novo Paradigma da evolução das espécies? Em 15 de setembro, Marlene levou ao público o tema de seu livro Nossa Vida no Além e Iandoli, A reencarnação como lei biológica. Em Lausanne ambos estiveram no Centro Espírita Paulo e Estêvão, onde Marlene discorreu sobre o tema de seu livro Nossa Vida no Além e Iandoli sobre Nossos Corpos Espirituais. As palestras foram encerradas em Genebra, com os temas Obsessão e suas Máscaras e Nossa Vida no Além, pela presidente das AMEs.
No dia 17 ambos falaram, em Lyon, durante Seminário Médico-Espírita na Sociedade de Estudos Psíquicos. Marlene, do tema de seu livro Les Masques de l'obsession; Iandoli sobre Reencarnação como lei biológica.
A última etapa da viagem aconteceu em Luxemburgo, com palestra da presidente das AMEs Brasil e Internacional sobre Medicina e Espiritualidade, em Liège, na sede da União Espírita Belga, e em Luxemburgo, Obsessão e suas Máscaras. Esta última palestra foi promovida pelo Grupo Espírita Allan Kardec.
MissãoEste é o terceiro ano consecutivo em que representantes da AME-Brasil e Internacional participam de seminários no Exterior. Eles tiveram início em 2002, com a viagem de Marlene Nobre por vários países, durante 30 dias. Com a realização do 1º Encontro Médico-Espírita Europeu, em Barcelona, em 2003, os representantes das entidades passaram a ser convidados a proferir palestras em vários países. “Procuramos atender a todos que nos fazem convites”, declara Marlene.
A presidente considera positiva a viagem deste ano e viu com satisfação a atuação do que considera um núcleo médico-espírita em formação na Suíça, uma vez que a colega Nelly Bertchöld e estudantes de Medicina, como Thierry e Yann, empenharam-se muito na realização das palestras tanto na suíça alemã, quanto francesa. “Nosso núcleo em Londres também está bem animado e prossegue com muito empenho em estudar e divulgar o ideal médico-espírita”, afirma. “Embora a Europa seja arredia à religião como um todo, os assuntos como obsessão, mediunidade, vida após a morte e mesmo a reencarnação vêm despertando curiosidade do público, sobretudo porque são analisados e estudados por médicos. É uma característica local”, finaliza.
A presidente das associações médico-espíritas do Brasil e Internacional, Marlene Nobre; o presidente da AME-SP, Sérgio Felipe de Oliveira; e vice-presidente da AME-Santos, Décio Iandoli Júnior, promoveram, em setembro, uma série de conferências que começaram em Montreal, no Canadá, e seguiram por vários países europeus. Entre os temas que despertaram interesse dos diversos públicos estão Medicina e espiritualidade, vida no além e obsessão. “As pessoas buscam explicações, sobretudo as que têm problema de mediunidade e não têm a quem recorrer, já que as religiões em geral não tratam do assunto”, relata Marlene, que calcula em aproximadamente mil pessoas o público que compareceu às suas palestras e às de seus colegas da AME nas 11 cidades em que estiveram.
As palestras tiveram início em 3 de setembro, em Montreal, no Simpósio Medicina e Espiritualidade, na Universidade de Québec em Montreal (UQAM). O evento foi organizado por MSQ/Espace Espirita Internacional e Centre D´etude Allan Kardec, com o lançamento do livro de Marlene Nobre Les Masques de l'Obsession (As Máscaras da Obsessão) e palestra de Oliveira sobre Glândula Pineal: união do corpo e alma. “Houve bastante interesse da platéia. As perguntas foram muito interessantes”, relata Marlene.Nos dias 7 e 8 foi a vez de Londres, na Spiritist Association UK. Marlene tratou, no dia 7, de Dor e espiritualidade - uma nova perspectiva; e Oliveira, sobre Pesquisa e diagnóstico em estados de transe. No dia seguinte Oliveira falou sobre Neurociência e Espiritualidade: há conecção? e Marlene, sobre Estresse, ansiedade e depressão.
Dias 10, 11 e 12 os médicos estiveram em Leiria, Portugal, onde fizeram conferências no Fórum da Associação Espírita local. Iandoli tratou da questão dos Corpos Espirituais e a Saúde Humana; Teorias da Neurofisiologia da Mediunidade; e A Contribuição da Reencarnação para a mudança de paradigma. Marlene falou de Questões Bioéticas e Espiritualidade (aborto, eutanásia, embriões congelados e células-tronco), Autoconhecimento: Fonte de Saúde e Equilíbrio e Medicina e Espiritualidade; Dor e Espiritualidade. Oliveira, por sua vez, falou de Neurociências e Espiritualidade; A pesquisa dos estados de transe no diagnóstico médico; e Estudo das doenças psicossomáticas. No dia 12, no Hotel Praia Mar, em Lisboa, a convite do Grupo Espírita Batuíra, que edita a revista Verdade e Luz, Marlene abordou o tema Estresse e Espiritualidade e Sergio Felipe, A Pesquisa dos estados de transe no diagnóstico médico.
Na seqüência, Marlene e Iandoli seguiram para a Suíça: Berna (14), Zurique (15) e Lausanne e Genebra (16). No primeiro dia, ambos falaram, respectivamente, sobre A Alma da Matéria; e Um Novo Paradigma da evolução das espécies? Em 15 de setembro, Marlene levou ao público o tema de seu livro Nossa Vida no Além e Iandoli, A reencarnação como lei biológica. Em Lausanne ambos estiveram no Centro Espírita Paulo e Estêvão, onde Marlene discorreu sobre o tema de seu livro Nossa Vida no Além e Iandoli sobre Nossos Corpos Espirituais. As palestras foram encerradas em Genebra, com os temas Obsessão e suas Máscaras e Nossa Vida no Além, pela presidente das AMEs.
No dia 17 ambos falaram, em Lyon, durante Seminário Médico-Espírita na Sociedade de Estudos Psíquicos. Marlene, do tema de seu livro Les Masques de l'obsession; Iandoli sobre Reencarnação como lei biológica.
A última etapa da viagem aconteceu em Luxemburgo, com palestra da presidente das AMEs Brasil e Internacional sobre Medicina e Espiritualidade, em Liège, na sede da União Espírita Belga, e em Luxemburgo, Obsessão e suas Máscaras. Esta última palestra foi promovida pelo Grupo Espírita Allan Kardec.
MissãoEste é o terceiro ano consecutivo em que representantes da AME-Brasil e Internacional participam de seminários no Exterior. Eles tiveram início em 2002, com a viagem de Marlene Nobre por vários países, durante 30 dias. Com a realização do 1º Encontro Médico-Espírita Europeu, em Barcelona, em 2003, os representantes das entidades passaram a ser convidados a proferir palestras em vários países. “Procuramos atender a todos que nos fazem convites”, declara Marlene.
A presidente considera positiva a viagem deste ano e viu com satisfação a atuação do que considera um núcleo médico-espírita em formação na Suíça, uma vez que a colega Nelly Bertchöld e estudantes de Medicina, como Thierry e Yann, empenharam-se muito na realização das palestras tanto na suíça alemã, quanto francesa. “Nosso núcleo em Londres também está bem animado e prossegue com muito empenho em estudar e divulgar o ideal médico-espírita”, afirma. “Embora a Europa seja arredia à religião como um todo, os assuntos como obsessão, mediunidade, vida após a morte e mesmo a reencarnação vêm despertando curiosidade do público, sobretudo porque são analisados e estudados por médicos. É uma característica local”, finaliza.
04 fevereiro 2009
CONHECE-TE A TI MESMO
O reino de Deus está dentro de nós e também a nossa volta.Quando conseguirmos conhecer a nós mesmos, compreenderemos o que significa ser filhos de Deus .Porém, enquanto isto não acontecer viveremos na pobreza e seremos a pobreza. Esta pobreza não está relacionada a bens materiais e sim as possibilidades do espírito que são infinitas. Devemos nos lembrar das palavras do Mestre Jesus "vós sois deuses, podeis fazer o que faço e ainda mais". Podemos concluir então que fora do auto-conhecimento não há salvação.
01 fevereiro 2009
TALENTOS DO INCONSCIENTE
O mundo dos sonhos.Quantas vezes as pessoas procedem de maneira esquisita "sem saber por quê". Quantas vezes muitas pessoas estão tristes e não sabem o motivo. Numa boa porcentagem dessas ocasiões uma análise profunda descobriria os motivos inconscientes de ordem intelectual. Sensações inconscientes e fatos arquivados no inconsciente, se associam.
Na fase sonambúlica da hipnose comprova-se facilmente a associação inconsciente. A memória se exalta reproduzindo com pasmosa exatidão cenas, pormenores, conhecimentos que pareciam totalmente esquecidos. A imaginação, por sua vez, aviva-se também, a linguagem atinge um brilho e colorido notáveis. Nada, pois, tem de estranho que a atividade intelectual inconsciente se exalte também ao máximo. Os casos que o comprovaram são numerosíssimos.Para citar um caso concreto, eis, tomado quase ao acaso, o que refere Renaud:No estado de sonambulismo hipnótico um parente do próprio Renaud resolvia fácil e elegantemente um problema de trigonometria. Antes e também depois da hipnose, porém, via-se embaraçado com o problema, na realidade difícil.O inconsciente estava atualizado e combinava mais dados, resolvendo o problema com notável facilidade.
DORMINDO SOMOS MAIS INTELIGENTES DO QUE ACORDADOS
O talento do inconsciente é, às vezes, tão grande, que alguns autores foram levados erroneamente a atribuir responsabilidade ao sono. Freud o fez, por exemplo, e Grünewald.O problema já é antigo. O famoso teólogo e filósofo Caramuel endereçava em Wurzburg no ano 1645, uma carta sobre o assunto ao famoso cientista da época, Pe. Atanásio Kircher S.J., professor na Universidade Gregoriana. Defendia a "responsabilidade nos sonhos, porque havia neles inteligência" (!). O aspecto da inteligência é o que nos interessa: "Examinando muitos sonhos meus e de outros, encontro circunstâncias nas quais não se pode descobrir imaginação ou fantasia. Ainda mais, neles se percebe inteligência bastante cultivada e sutil". Em continuação, refere um exemplo dentre os sucedidos a ele mesmo: Caramuel sonhava que assistia a uma discussão solene. Nela, convidado a impugnar as teses defendidas, o fez com todo vigor e eficiência e com argumentos inéditos. Ao acordar, impressionado, examinou os argumentos empregados no sonho. Comprovou que eram perfeitos e certamente inéditos.O inconsciente, com os conhecimentos do sábio teólogo e filósofo, os elaborara. Em vigília dificilmente teria conseguido esse resultado. A carta conclui: "O entendimento do homem dormindo não descansa, mas trabalha sempre e, às vezes, perfeitissimamente. Mais ainda, com mais perfeição do que na vigília". O descobrimento do talento do inconsciente é, pois , muito anterior a Freud. E inclusive antes de Caramuel o descobrira Platão, como veremos. Depois de Freud, o reconhecimento do talento nos sonhos é bastante geral. Assim, por exemplo, Erich Fromm concluía nas suas aulas no Instituto de Psiquiatria William A. White e no Bennington College de New York que "nos sonhos produzem-se operações intelectuais superiores às que realizamos estando acordados".
INTUIÇÔES - A intuição é uma visão intelectual que parece vir do fundo da alma, uma revelação provinda do interior e que não depende do esforço mental. De repente, percebemos alguma coisa que, depois, freqüentemente comprovamos ser preciosa e verdadeira. Pasteur, como conclusão de uma ampla pesquisa, dizia que as grandes intuições só eram dadas aos que se preparavam para recebê-las. O investigador, o experimentador, o filósofo, tem de repente uma intuição genial, sem saber de onde proveio, mas antes tinham empregado muito tempo e energia em procura da solução que agora se apresenta súbita, "irracional", "sem lógica". O Dr. Irving Langmuir, no discurso pronunciado a 16 de dezembro de 1942 ao deixar o cargo de presidente da "American Association for the Advancement of Science", comunicou: "Freqüentemente subestimamos a importância da intuição. Em quase todos os problemas científicos, inclusive naqueles que nos tomaram dias e meses de trabalho, a solução final se apresentou ao nosso espírito numa fração de segundos, por um processo que, conscientemente, não deve nada ao raciocínio". È o resultado de um raciocínio inconsciente. Persigout, matemático, demonstrou que Descartes, como Kepler, Pascal e outros deveram uma grande parte das suas descobertas ao trabalho do inconsciente.
INTELIGENTES REALIZAÇÕES DO INCONSCIENTE - Eis em rápidas pinceladas alguns dos muitos casos de manifestações inteligentes do inconsciente recolhidos por diversos autores:Zwinger refere o caso de dois senhores que, de noite, se levantavam dormindo e escreviam versos. "Um deles, escreve Voronff, traduzia-os do alemão para o latim; o outro, professor de poesia grega, fatigado por ter passado escrevendo o dia todo versos gregos, deixou a poesia por concluir. Qual não seria, porém, a sua surpresa na manhã seguinte quando, levantando-se para terminar a sua obra, descobriu que o trabalho já estava concluído e com a sua própria letra!" Da mesma maneira escreveu também versos gregos Woehmer von Göttingen. A versificação latina e grega é muito complicada...Mais ainda: La Fontaine e Condillac escreveram trabalhos inteiros de noite, sonâmbulos, sem deixar de dormir. Coleridge afirmou ter escrito o "Kublai Khan" enquanto dormia sob a influência de um analgésico.Do mesmo modo, um filósofo estóico escreveu livros em várias etapas, segundo nos afirma o historiador Diógenes Laertius. Trata-se de uma obra literária e de outras filosóficas: precisa-se grande trabalho intelectual. Voltaire relata que um canto inteiro da sua "Henriade" lhe ocorreu durante um sonho. "No meu sonho eu disse coisas, que dificilmente teria pronunciado na véspera. Passavam-me pela mente pensamentos concebidos sem que eu tivesse tomado parte (consciente) neles. Não tendo nem vontade nem liberdade (no mecanismo inconsciente do sonho) combinei idéias inteligentes e até com certa genialidade". Trata-se de idéias até geniais!O investigador francês Fehr assinalou que os sábios mais produtivos da sua época realizaram de 75 a 100 por cento de suas descobertas e invenções por intuição ou por sonho: Um caso muito conhecido de descoberta durante o sonho é o da cadeia benzínica. O descobridor, F. A. Kekule von S., tinha durante muito tempo procurado inutilmente a fórmula química do benzeno. Uma noite a viu em sonho. Teve sorte de lembrar-se dela ao acordar. O médico canadense F. G. Banting trabalhou arduamente no assunto da diabete. Estudou as mais diversas soluções que a medicina apontava para explicar e dominar o mal. Nada o satisfazia. Um dia trabalhou desenfreadamente para encontrar uma solução. Inútil. Cansado, esgotado já, foi dormir de mau humor porque no dia seguinte deveria pronunciar uma conferência sobre o diabete e lamentava não poder oferecer uma solução satisfatória, embora pressentisse que esta solução tinha que existir. Durante a noite, sonâmbulo, levantou-se e escreveu numa beirada de papel estas palavras: "Ligar o conduto deferente do pâncreas de um cão de laboratório, esperar algumas semanas até que a glândula se atrofie, cortar, lavar e filtrar a secreção". De manhã não tinha a menor idéia de ter-se levantado nem de ter escrito, nem sequer de ter encontrado a solução que procurava. Só ao ver a anotação compreendeu o que se passara. Assim foi como o mundo ganhou a insulina.
Na fase sonambúlica da hipnose comprova-se facilmente a associação inconsciente. A memória se exalta reproduzindo com pasmosa exatidão cenas, pormenores, conhecimentos que pareciam totalmente esquecidos. A imaginação, por sua vez, aviva-se também, a linguagem atinge um brilho e colorido notáveis. Nada, pois, tem de estranho que a atividade intelectual inconsciente se exalte também ao máximo. Os casos que o comprovaram são numerosíssimos.Para citar um caso concreto, eis, tomado quase ao acaso, o que refere Renaud:No estado de sonambulismo hipnótico um parente do próprio Renaud resolvia fácil e elegantemente um problema de trigonometria. Antes e também depois da hipnose, porém, via-se embaraçado com o problema, na realidade difícil.O inconsciente estava atualizado e combinava mais dados, resolvendo o problema com notável facilidade.
DORMINDO SOMOS MAIS INTELIGENTES DO QUE ACORDADOS
O talento do inconsciente é, às vezes, tão grande, que alguns autores foram levados erroneamente a atribuir responsabilidade ao sono. Freud o fez, por exemplo, e Grünewald.O problema já é antigo. O famoso teólogo e filósofo Caramuel endereçava em Wurzburg no ano 1645, uma carta sobre o assunto ao famoso cientista da época, Pe. Atanásio Kircher S.J., professor na Universidade Gregoriana. Defendia a "responsabilidade nos sonhos, porque havia neles inteligência" (!). O aspecto da inteligência é o que nos interessa: "Examinando muitos sonhos meus e de outros, encontro circunstâncias nas quais não se pode descobrir imaginação ou fantasia. Ainda mais, neles se percebe inteligência bastante cultivada e sutil". Em continuação, refere um exemplo dentre os sucedidos a ele mesmo: Caramuel sonhava que assistia a uma discussão solene. Nela, convidado a impugnar as teses defendidas, o fez com todo vigor e eficiência e com argumentos inéditos. Ao acordar, impressionado, examinou os argumentos empregados no sonho. Comprovou que eram perfeitos e certamente inéditos.O inconsciente, com os conhecimentos do sábio teólogo e filósofo, os elaborara. Em vigília dificilmente teria conseguido esse resultado. A carta conclui: "O entendimento do homem dormindo não descansa, mas trabalha sempre e, às vezes, perfeitissimamente. Mais ainda, com mais perfeição do que na vigília". O descobrimento do talento do inconsciente é, pois , muito anterior a Freud. E inclusive antes de Caramuel o descobrira Platão, como veremos. Depois de Freud, o reconhecimento do talento nos sonhos é bastante geral. Assim, por exemplo, Erich Fromm concluía nas suas aulas no Instituto de Psiquiatria William A. White e no Bennington College de New York que "nos sonhos produzem-se operações intelectuais superiores às que realizamos estando acordados".
INTUIÇÔES - A intuição é uma visão intelectual que parece vir do fundo da alma, uma revelação provinda do interior e que não depende do esforço mental. De repente, percebemos alguma coisa que, depois, freqüentemente comprovamos ser preciosa e verdadeira. Pasteur, como conclusão de uma ampla pesquisa, dizia que as grandes intuições só eram dadas aos que se preparavam para recebê-las. O investigador, o experimentador, o filósofo, tem de repente uma intuição genial, sem saber de onde proveio, mas antes tinham empregado muito tempo e energia em procura da solução que agora se apresenta súbita, "irracional", "sem lógica". O Dr. Irving Langmuir, no discurso pronunciado a 16 de dezembro de 1942 ao deixar o cargo de presidente da "American Association for the Advancement of Science", comunicou: "Freqüentemente subestimamos a importância da intuição. Em quase todos os problemas científicos, inclusive naqueles que nos tomaram dias e meses de trabalho, a solução final se apresentou ao nosso espírito numa fração de segundos, por um processo que, conscientemente, não deve nada ao raciocínio". È o resultado de um raciocínio inconsciente. Persigout, matemático, demonstrou que Descartes, como Kepler, Pascal e outros deveram uma grande parte das suas descobertas ao trabalho do inconsciente.
INTELIGENTES REALIZAÇÕES DO INCONSCIENTE - Eis em rápidas pinceladas alguns dos muitos casos de manifestações inteligentes do inconsciente recolhidos por diversos autores:Zwinger refere o caso de dois senhores que, de noite, se levantavam dormindo e escreviam versos. "Um deles, escreve Voronff, traduzia-os do alemão para o latim; o outro, professor de poesia grega, fatigado por ter passado escrevendo o dia todo versos gregos, deixou a poesia por concluir. Qual não seria, porém, a sua surpresa na manhã seguinte quando, levantando-se para terminar a sua obra, descobriu que o trabalho já estava concluído e com a sua própria letra!" Da mesma maneira escreveu também versos gregos Woehmer von Göttingen. A versificação latina e grega é muito complicada...Mais ainda: La Fontaine e Condillac escreveram trabalhos inteiros de noite, sonâmbulos, sem deixar de dormir. Coleridge afirmou ter escrito o "Kublai Khan" enquanto dormia sob a influência de um analgésico.Do mesmo modo, um filósofo estóico escreveu livros em várias etapas, segundo nos afirma o historiador Diógenes Laertius. Trata-se de uma obra literária e de outras filosóficas: precisa-se grande trabalho intelectual. Voltaire relata que um canto inteiro da sua "Henriade" lhe ocorreu durante um sonho. "No meu sonho eu disse coisas, que dificilmente teria pronunciado na véspera. Passavam-me pela mente pensamentos concebidos sem que eu tivesse tomado parte (consciente) neles. Não tendo nem vontade nem liberdade (no mecanismo inconsciente do sonho) combinei idéias inteligentes e até com certa genialidade". Trata-se de idéias até geniais!O investigador francês Fehr assinalou que os sábios mais produtivos da sua época realizaram de 75 a 100 por cento de suas descobertas e invenções por intuição ou por sonho: Um caso muito conhecido de descoberta durante o sonho é o da cadeia benzínica. O descobridor, F. A. Kekule von S., tinha durante muito tempo procurado inutilmente a fórmula química do benzeno. Uma noite a viu em sonho. Teve sorte de lembrar-se dela ao acordar. O médico canadense F. G. Banting trabalhou arduamente no assunto da diabete. Estudou as mais diversas soluções que a medicina apontava para explicar e dominar o mal. Nada o satisfazia. Um dia trabalhou desenfreadamente para encontrar uma solução. Inútil. Cansado, esgotado já, foi dormir de mau humor porque no dia seguinte deveria pronunciar uma conferência sobre o diabete e lamentava não poder oferecer uma solução satisfatória, embora pressentisse que esta solução tinha que existir. Durante a noite, sonâmbulo, levantou-se e escreveu numa beirada de papel estas palavras: "Ligar o conduto deferente do pâncreas de um cão de laboratório, esperar algumas semanas até que a glândula se atrofie, cortar, lavar e filtrar a secreção". De manhã não tinha a menor idéia de ter-se levantado nem de ter escrito, nem sequer de ter encontrado a solução que procurava. Só ao ver a anotação compreendeu o que se passara. Assim foi como o mundo ganhou a insulina.