O Espírito Erasto, na mensagem Os conflitos1, cita palavras do Espírito São Luiz, um dos responsáveis pela Codificação Espírita, referindo-se a uma verdadeira Torre de Babel no que diz respeito aos prejuízos do orgulho e da exaltação do amor-próprio nos médiuns. Citando espíritos pseudo-sábios, falsos grandes homens, falsos religiosos e falsos irmãos da erraticidade, em meio a essa multidão de médiuns por eles fanatizados, aos quais ditam teses mentirosas e perigosas, na construção de autênticos andaimes erigidos pela ambição e a inveja, solicita aos espíritas sinceros que não se amedrontem com o caos momentâneo.
Embora a mensagem seja de 1863, verifica-se sua atualidade nas lutas do movimento espírita diante de tantas insinuações, tentativas de novidades dispensáveis e disputas próprias da exaltação do orgulho ou do amor-próprio ainda vigentes em nossa condição humana.
Por isso, indica o nobre Erasto:
“(...) Assim, pois, meus amigos, tendes que vos defender, não só contra os ataques e calúnias dos adversários vivos, mas, também, contras as manobras, ainda mais perigosas, dos adversários da erraticidade. Fortificai-vos, pois, em estudos sadios e, sobretudo, pela prática do amor e da caridade, e retemperai-vos na prece. Deus sempre ilumina os que se consagram à propagação da verdade, quando estão de boa fé e desprovidos de toda ambição pessoal. (...)”.
Pela grandeza da mensagem que ora estamos nos referindo, elaboramos também outra abordagem com o título "Que vos importam os médiuns?", que o leitor encontrará fácil pela internet, de vez que ambas foram elaboradas e liberadas simultaneamente para divulgação. Optamos por duas abordagens ao invés de uma matéria mais longa. Naquela abordagem, baseada na pergunta do próprio Erasto, ele mesmo nos dá a óbvia resposta: os médiuns não passam de instrumentos.
Por isso, nomes pomposos ou famosos nada significam. Como indica o espírito “(...) O que deveis considerar é o valor, é o alcance dos ensinamentos que vos são dados; é a pureza da moral que vos é ensinada; é a clareza, é a precisão das verdades que vos são reveladas; é, enfim, ver se as instruções que vos dão correspondem às legítimas aspirações das almas de escol e se são conformes às leis gerais e imutáveis da lógica e da harmonia universal. (...)”.
Uma vez mais, a precisa orientação de não nos impressionarmos pelos nomes que assinam as psicografias. O que vale e deve ser analisado é o conteúdo antes que o entusiasmo fácil nos encante pelo nome assinado. Por isso continua Erasto:
“(...) Os Espíritos imperfeitos, que representam um papel de apóstolo junto a seus obsedados, bem sabeis, não têm o menor escrúpulo em enfeitar-se com os mais venerados nomes (...); Assim, repetirei incessantemente o que dizia a meu médium, há dois anos: ´Jamais julgueis uma comunicação mediúnica pelo nome que a assina, mas apenas por seu conteúdo intrínseco´(...)”.
E a advertência vital: “(...) É urgente que vos ponhais em guarda contra todas publicações de origem suspeita, que parecem, ou vão parecer contrárias a todas as que não tivessem uma atitude franca e clara, e tende por certo que muitas são elaboradas nos campos inimigos do mundo visível ou invisível, visando a lançar entre vós os fachos da discórdia (...)”. Afinal, “(...) tende igualmente como certo que todo Espírito que a si mesmo se anuncia como um ser superior e, sobretudo, como de uma infalibilidade a toda a prova, ao contrário, é o oposto do que se anuncia tão pomposamente. (...)”.
Valiosas considerações, não é mesmo, leitores?
Estamos convidados ao uso do raciocínio, do bom senso, da lógica, mas também da bondade. Não estamos convidados à crueldade da discriminação, mas à lucidez da orientação correta e coerente com o que ensina o Espiritismo. Melhor a firmeza do conhecimento do que a ingenuidade da distorção...
Autor: Orson Peter Carrara
1 –Recebida em 25/02/1863 e constante do livro A Obsessão, páginas 209 a 215 da 6ª. edição Editora O Clarim.
Um blog onde se respeita a diversidade religiosa,
o livre pensamento e o direito à expressão.
29 dezembro 2010
24 dezembro 2010
O VERDADEIRO ESPÍRITA
“O espírita é reconhecido pelo esforço que faz para sua transformação moral e para vencer suas tendências para o mal.” – Allan Kardec
O verdadeiro espírita é aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita. Quando se pergunta ao praticante: Você é espírita? Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!! Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação moral é outro assunto, que não exime o profitente de ser incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita pelo seu esforço, pela sua transformação, e não pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste Planeta.
O que acontece com freqüência, seja iniciante ou mesmo com os mais antigos, é que, será mais cômodo não assumir uma postura mais responsável ou permanecer com um pé na canoa e outro na terra. Admite-se até, em determinadas ocasiões que se queira dar uma demonstração de modéstia, mas, que não se justifica sob o ponto de vista de definição pessoal.
A propósito, lembro-me de ter ouvido em uma emissora de rádio da Capital um pronunciamento de um padre católico, ao referir-se aos católicos, que freqüentam os Centros Espíritas para os habituais Passes e a “aguinha fluidificada” e passam a vida sem ter a mínima noção do que representa o Passe e a água. Para esses meio-cá-meio-lá, o mencionado reverendo denominou-se de “catóritas”. Engraçado, não!?
Como chamar os espíritas que se dedicam aos trabalhos nos Centros Espíritas, mas que continuam batizando os filhos, sob o pretexto de que quando maiores escolherão sua própria religião, casam os filhos na Igreja com as pompas e as cerimônias habituais, fazem a Primeira Comunhão com as tradições da Igreja Católica, etc?
Quando os Centros Espíritas se organizarem verdadeiramente, proporcionando aos seus freqüentadores uma contundente orientação doutrinário, além do Passe e da Água Fluidificada, para maior compreensão dos princípios básicos que devem nortear o aprendiz e os trabalhadores na Seara Espírita, certamente, o verdadeiro espírita terá uma nova postura na sociedade, mais convincente, porque passará a distinguir o que é ser espírita, segundo a analogia explicitada por Allan Kardec nas obras básicas organizadas pelo codificador sob a orientação dos Benfeitores Espirituais.
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” – Bezerra de Menezes
Autor: Jamil Salomão
(Publicado no Jornal A Voz do Espírito - Edição 92: Dezembro de 1998)
O verdadeiro espírita é aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita. Quando se pergunta ao praticante: Você é espírita? Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!! Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação moral é outro assunto, que não exime o profitente de ser incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita pelo seu esforço, pela sua transformação, e não pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste Planeta.
O que acontece com freqüência, seja iniciante ou mesmo com os mais antigos, é que, será mais cômodo não assumir uma postura mais responsável ou permanecer com um pé na canoa e outro na terra. Admite-se até, em determinadas ocasiões que se queira dar uma demonstração de modéstia, mas, que não se justifica sob o ponto de vista de definição pessoal.
A propósito, lembro-me de ter ouvido em uma emissora de rádio da Capital um pronunciamento de um padre católico, ao referir-se aos católicos, que freqüentam os Centros Espíritas para os habituais Passes e a “aguinha fluidificada” e passam a vida sem ter a mínima noção do que representa o Passe e a água. Para esses meio-cá-meio-lá, o mencionado reverendo denominou-se de “catóritas”. Engraçado, não!?
Como chamar os espíritas que se dedicam aos trabalhos nos Centros Espíritas, mas que continuam batizando os filhos, sob o pretexto de que quando maiores escolherão sua própria religião, casam os filhos na Igreja com as pompas e as cerimônias habituais, fazem a Primeira Comunhão com as tradições da Igreja Católica, etc?
Quando os Centros Espíritas se organizarem verdadeiramente, proporcionando aos seus freqüentadores uma contundente orientação doutrinário, além do Passe e da Água Fluidificada, para maior compreensão dos princípios básicos que devem nortear o aprendiz e os trabalhadores na Seara Espírita, certamente, o verdadeiro espírita terá uma nova postura na sociedade, mais convincente, porque passará a distinguir o que é ser espírita, segundo a analogia explicitada por Allan Kardec nas obras básicas organizadas pelo codificador sob a orientação dos Benfeitores Espirituais.
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” – Bezerra de Menezes
Autor: Jamil Salomão
(Publicado no Jornal A Voz do Espírito - Edição 92: Dezembro de 1998)
18 dezembro 2010
AUTO-AFIRMAÇÃO
Autor: Joanna de Ângelis (espírito)
As raízes da auto-afirmação do indivíduo encontram-se na sua infância, quando os movimentos automáticos do corpo são substituídos pelas palavras, particularmente quando é usada a negativa. Ao recusar qualquer coisa, mediante gestos, a criança demonstra que ainda não se instalaram os pródromos da sua identidade. No entanto, a recusa verbal, peremptória, a qualquer coisa, mesmo àquelas que são agradáveis, denotam que está sendo elaborada a auto-afirmação, que decorre da capacidade de escolha daquilo que interessa, ou simplesmente se trata de uma forma utilizada para chamar a atenção para a sua existência, para a sua realidade.
Trata-se de um senso de identificação infantil, sem dúvida, no qual a criança, ainda incapaz de discernir e entender, procura conseguir o espaço que lhe pertence, dessa maneira informando que já existe, que solicita e merece reconhecimento por parte das demais pessoas que a cercam.
Quando a criança concorda, afirmando a aceitação de algo, age apenas mecanicamente e por instinto, enquanto que se utilizando da negativa, também denominada conceito do não, dá início à descoberta do senso de si mesma, do seu Self, passando, a partir desse momento, a exteriorizá-lo, afirmando o NÃO, mesmo quando sem necessidade de fazê-lo. E a sua maneira de auto-identificação que, não raro, parece estranho aos adultos menos conhecedores dos mecanismos da mente infantil.
Quando ocorre a inibição da negativa — o que émuito comum — esse fenômeno dará surgimento a alguém que, no futuro, não saberá exatamente o que deseja da vida, experimentando uma existência sem objetivo, que o leva a ser indiferente a quaisquer resultados, e, por cuja razão, evita expressar-se negativamente, deixando-se arrastar indiferente aos acontecimentos, assim desvelando o estado íntimo de inibição, de timidez e de recusa de si mesmo. Com o tempo essa situação se agrava, levando-o a um estado de amorfia psicológica.
O Self, por sua vez, se estrutura e se fixa através do sentimento, e quando este se encontra confuso, sem delineamento, a auto-afirmação se enfraquece e a capacidade de dizer NÃO perde a sua força, o seu sentido.
A auto-afirmação se expressa especialmente no desejo de algo, mediante duas atitudes que, paradoxalmente se opõem: o que se deseja e o que se rejeita.
Em um desenvolvimento saudável da personalidade, sabe-se o que se quer e como consegui-lo, o que se torna decorrência inevitável da capacidade de escolha. Quando tal não ocorre, há surgimento de uma expressão esquizóide, na qual o paciente foge para atitudes de submissão receosa e de revolta interior. Silencia e afasta-se do grupo social que passa a ser visto com hostilidade, por haver-se negado a penetrá-lo, alegando, no entanto, que foi barrado... A sua óptica distorcida da realidade, trabalha em favor de mecanismos de transferência de culpa e de responsabilidade.
Mediante essa conduta, o enfermo se nega a liberação dos conflitos, mantendo-se em atitude cerrada, por falta do senso de auto-afirmação. O seu é o conceito falso de que não é bem-vindo ao grupo que ele acredita não o aceitar, quando, em verdade, é ele quem o evita e se afasta do mesmo.
À medida que vão sendo liberados os sentimentos perturbadores e negativos que se encontram em repressão, os desejos de afetividade, de expressão, de harmonia, manifestam-se, direcionando-o para valiosas conquistas.
Com o desenvolvimento da capacidade de julgar valores, surgem as oportunidades de auto-afirmação, face à necessidade de escolhas acertadas, a fim de atender aos desejos de progresso, de crescimento ético-moral e de realização interior.
Por meio de exercícios mentais, nos quais se encontrem presentes as aspirações elevadas e de enobrecimento, bem como através de movimentos respiratórios e físicos outros, para liberar o corpo da couraça dos conflitos que o tornam rígido, a auto-afirmação se fixa, propiciando um bom relaxamento, que se faz compatível com o bem-estar que se deseja.
Com o desenvolvimento intelecto-moral da criança, passando pela adolescência e firmando os propósitos de autoconquista, mais bem delineadas surgem as linhas de segurança da personalidade que enfrenta os desafios com tranqüilidade e esperanças renovadas.
Nesse particular, a vontade desempenha importante papel, trabalhando em favor de conquistas incessantes, que contribuem para o amadurecimento psicológico, característica vigorosa da saúde mental e moral.
Em cada vitória alcançada através da vontade que se faz firme cada vez mais, o ser encontra estímulos para novos combates, ascendendo interiormente e afirmando-se como conquistador que se não contenta em estacionar nos primeiros patamares defrontados durante a escalada de ascensão. Desejando as alturas, não interrompe a marcha, prosseguindo impertérrito no rumo das cumeadas.
Esta é a finalidade precípua do desenvolvimento emocional, estabelecendo diretrizes que definam a realidade do ser, que se afirma mediante esforço próprio. Em tal cometimento, não podem ficar esquecidos o contributo dos pais, da família, da sociedade, e as possibilidades inatas, que remanescem do seu passado espiritual.
Estando, na Terra, o Espírito, para aprender, reparar e evoluir, nele permanecem as matrizes da conduta anterior, facultando-lhe possibilidades de triunfo ou impondo-lhe naturais empecilhos que lhe cumpre superar.
Quando a auto-afirmação não se estabelece, apresentando indivíduos psicologicamente dissociados da própria realidade, tem-se a medida dos seus compromissos anteriores fracassados e da concessão que a Vida lhe propicia por segunda vez para regularizá-los.
Cumpre, portanto, ao psicoterapeuta, o desenvolvimento de uma visão profunda do Self, de forma especial, em relação ao ser eterno que transita no corpo em marcha evolutiva.
Somente assim, se poderá entender racionalmente o porquê de determinados indivíduos iniciarem a auto-afirmação nos primeiros meses da infância, enquanto outros já se apresentam fanados, incapazes de lutar em favor da sua realidade, no meio onde passará a experienciar a vida.
A sociedade marcha inexoravelmente para a compreensão do Espírito eterno que o homem é, do seu processo paulatino de evolução através dos renascimentos, herdeiro de si mesmo, que transfere de uma para outra etapa as realizações efetuadas, felizes ou equivocadas, qual aluno que soma experiências educacionais, promovendo-se ou retendo-se na repetição das lições não gravadas, com vistas à conclusão do curso.
A Terra assume sua condição de escola que é, trabalhando os educandos que nela se encontram e propiciando-lhes iguais oportunidades de evolução e de paz.
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Amor, Imbatível Amor.
As raízes da auto-afirmação do indivíduo encontram-se na sua infância, quando os movimentos automáticos do corpo são substituídos pelas palavras, particularmente quando é usada a negativa. Ao recusar qualquer coisa, mediante gestos, a criança demonstra que ainda não se instalaram os pródromos da sua identidade. No entanto, a recusa verbal, peremptória, a qualquer coisa, mesmo àquelas que são agradáveis, denotam que está sendo elaborada a auto-afirmação, que decorre da capacidade de escolha daquilo que interessa, ou simplesmente se trata de uma forma utilizada para chamar a atenção para a sua existência, para a sua realidade.
Trata-se de um senso de identificação infantil, sem dúvida, no qual a criança, ainda incapaz de discernir e entender, procura conseguir o espaço que lhe pertence, dessa maneira informando que já existe, que solicita e merece reconhecimento por parte das demais pessoas que a cercam.
Quando a criança concorda, afirmando a aceitação de algo, age apenas mecanicamente e por instinto, enquanto que se utilizando da negativa, também denominada conceito do não, dá início à descoberta do senso de si mesma, do seu Self, passando, a partir desse momento, a exteriorizá-lo, afirmando o NÃO, mesmo quando sem necessidade de fazê-lo. E a sua maneira de auto-identificação que, não raro, parece estranho aos adultos menos conhecedores dos mecanismos da mente infantil.
Quando ocorre a inibição da negativa — o que émuito comum — esse fenômeno dará surgimento a alguém que, no futuro, não saberá exatamente o que deseja da vida, experimentando uma existência sem objetivo, que o leva a ser indiferente a quaisquer resultados, e, por cuja razão, evita expressar-se negativamente, deixando-se arrastar indiferente aos acontecimentos, assim desvelando o estado íntimo de inibição, de timidez e de recusa de si mesmo. Com o tempo essa situação se agrava, levando-o a um estado de amorfia psicológica.
O Self, por sua vez, se estrutura e se fixa através do sentimento, e quando este se encontra confuso, sem delineamento, a auto-afirmação se enfraquece e a capacidade de dizer NÃO perde a sua força, o seu sentido.
A auto-afirmação se expressa especialmente no desejo de algo, mediante duas atitudes que, paradoxalmente se opõem: o que se deseja e o que se rejeita.
Em um desenvolvimento saudável da personalidade, sabe-se o que se quer e como consegui-lo, o que se torna decorrência inevitável da capacidade de escolha. Quando tal não ocorre, há surgimento de uma expressão esquizóide, na qual o paciente foge para atitudes de submissão receosa e de revolta interior. Silencia e afasta-se do grupo social que passa a ser visto com hostilidade, por haver-se negado a penetrá-lo, alegando, no entanto, que foi barrado... A sua óptica distorcida da realidade, trabalha em favor de mecanismos de transferência de culpa e de responsabilidade.
Mediante essa conduta, o enfermo se nega a liberação dos conflitos, mantendo-se em atitude cerrada, por falta do senso de auto-afirmação. O seu é o conceito falso de que não é bem-vindo ao grupo que ele acredita não o aceitar, quando, em verdade, é ele quem o evita e se afasta do mesmo.
À medida que vão sendo liberados os sentimentos perturbadores e negativos que se encontram em repressão, os desejos de afetividade, de expressão, de harmonia, manifestam-se, direcionando-o para valiosas conquistas.
Com o desenvolvimento da capacidade de julgar valores, surgem as oportunidades de auto-afirmação, face à necessidade de escolhas acertadas, a fim de atender aos desejos de progresso, de crescimento ético-moral e de realização interior.
Por meio de exercícios mentais, nos quais se encontrem presentes as aspirações elevadas e de enobrecimento, bem como através de movimentos respiratórios e físicos outros, para liberar o corpo da couraça dos conflitos que o tornam rígido, a auto-afirmação se fixa, propiciando um bom relaxamento, que se faz compatível com o bem-estar que se deseja.
Com o desenvolvimento intelecto-moral da criança, passando pela adolescência e firmando os propósitos de autoconquista, mais bem delineadas surgem as linhas de segurança da personalidade que enfrenta os desafios com tranqüilidade e esperanças renovadas.
Nesse particular, a vontade desempenha importante papel, trabalhando em favor de conquistas incessantes, que contribuem para o amadurecimento psicológico, característica vigorosa da saúde mental e moral.
Em cada vitória alcançada através da vontade que se faz firme cada vez mais, o ser encontra estímulos para novos combates, ascendendo interiormente e afirmando-se como conquistador que se não contenta em estacionar nos primeiros patamares defrontados durante a escalada de ascensão. Desejando as alturas, não interrompe a marcha, prosseguindo impertérrito no rumo das cumeadas.
Esta é a finalidade precípua do desenvolvimento emocional, estabelecendo diretrizes que definam a realidade do ser, que se afirma mediante esforço próprio. Em tal cometimento, não podem ficar esquecidos o contributo dos pais, da família, da sociedade, e as possibilidades inatas, que remanescem do seu passado espiritual.
Estando, na Terra, o Espírito, para aprender, reparar e evoluir, nele permanecem as matrizes da conduta anterior, facultando-lhe possibilidades de triunfo ou impondo-lhe naturais empecilhos que lhe cumpre superar.
Quando a auto-afirmação não se estabelece, apresentando indivíduos psicologicamente dissociados da própria realidade, tem-se a medida dos seus compromissos anteriores fracassados e da concessão que a Vida lhe propicia por segunda vez para regularizá-los.
Cumpre, portanto, ao psicoterapeuta, o desenvolvimento de uma visão profunda do Self, de forma especial, em relação ao ser eterno que transita no corpo em marcha evolutiva.
Somente assim, se poderá entender racionalmente o porquê de determinados indivíduos iniciarem a auto-afirmação nos primeiros meses da infância, enquanto outros já se apresentam fanados, incapazes de lutar em favor da sua realidade, no meio onde passará a experienciar a vida.
A sociedade marcha inexoravelmente para a compreensão do Espírito eterno que o homem é, do seu processo paulatino de evolução através dos renascimentos, herdeiro de si mesmo, que transfere de uma para outra etapa as realizações efetuadas, felizes ou equivocadas, qual aluno que soma experiências educacionais, promovendo-se ou retendo-se na repetição das lições não gravadas, com vistas à conclusão do curso.
A Terra assume sua condição de escola que é, trabalhando os educandos que nela se encontram e propiciando-lhes iguais oportunidades de evolução e de paz.
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Amor, Imbatível Amor.
16 dezembro 2010
RESGUARDA-TE EM PAZ
"Não te permeies com os fluidos deletérios dos enfermos psíquicos, ingratos e perniciosos, que vivem contigo e te buscam perturbar.
Tem-nos na conta em que se encontram e exercita paciência para com eles.
Não te aflijas face às acusações insensatas e despeitadas que outros te fazem, ante a impossibilidade de alcançarem-te e caminharem ao teu lado.
A tua vitória não pode ser perturbada pelas insignificâncias do caminho.
Não revides as agressões mentais com que investem contra ti.
Permanece em calma e amortece o dardo que dispararam, fazendo-o desagregar-se ao atingir o algodão da tua sensibilidade.
Não reivindiques compreensão nunca.
Quem alcança as alturas vê melhor e tem o dever de desculpar aqueles que ainda estão no vale em sombras.
A tua paz é de relevância, e para mantê-la investe os teus valores mais altos.
Paz é conquista interior.
Paz é iluminação interna.
Paz é presença divina no indivíduo.
Resguarda-te, pois, em paz e deixa o tempo transcorrer, porquanto ele conseguirá fazer amanhã o que hoje te parece impossível conseguir.
Jesus, na montanha das Bem-aventuranças, ou no Getsémani, ou no Gólgota, manteve a mesma paz, em razão da certeza de saber que Deus estava com Ele, e, por conseqüência, Ele estava com Deus.
Paz é Deus na mente e no coração."
Autor: Joanna de Ângelis (espírito) / psicografia de Divaldo Franco
Tem-nos na conta em que se encontram e exercita paciência para com eles.
Não te aflijas face às acusações insensatas e despeitadas que outros te fazem, ante a impossibilidade de alcançarem-te e caminharem ao teu lado.
A tua vitória não pode ser perturbada pelas insignificâncias do caminho.
Não revides as agressões mentais com que investem contra ti.
Permanece em calma e amortece o dardo que dispararam, fazendo-o desagregar-se ao atingir o algodão da tua sensibilidade.
Não reivindiques compreensão nunca.
Quem alcança as alturas vê melhor e tem o dever de desculpar aqueles que ainda estão no vale em sombras.
A tua paz é de relevância, e para mantê-la investe os teus valores mais altos.
Paz é conquista interior.
Paz é iluminação interna.
Paz é presença divina no indivíduo.
Resguarda-te, pois, em paz e deixa o tempo transcorrer, porquanto ele conseguirá fazer amanhã o que hoje te parece impossível conseguir.
Jesus, na montanha das Bem-aventuranças, ou no Getsémani, ou no Gólgota, manteve a mesma paz, em razão da certeza de saber que Deus estava com Ele, e, por conseqüência, Ele estava com Deus.
Paz é Deus na mente e no coração."
Autor: Joanna de Ângelis (espírito) / psicografia de Divaldo Franco
02 dezembro 2010
MENSAGENS DE SAI BABA
"Mãos que servem são mais santas que lábios que oram."
Primeiramente, é necessário compreender o ciclo de ação e reação que rege a natureza. Cada ato, gesto, palavra e pensamento gerado pelo indivíduo, é uma causa que terá o seu respectivo efeito. O nosso futuro é consequência de nossos pensamentos, palavras e ações no presente.
"Ajudar, sempre. Ferir, nunca."
Quando efetivamente nos tornamos conscientes desse fluxo, naturalmente ajustamos nosso comportamento e buscamos praticar somente boas ações - agir com gentileza, cortesia, respeito, consideração, sempre visando o bem do próximo. Esse salto quântico na consciência e no comportamento corresponde ao desabrochar da espiritualidade no indivíduo.
"Ame a todos. Sirva a todos."
Praticar o bem é trilhar o caminho da espiritualidade. O destino desse caminho é a purificação, a plenitude, a Suprema Bem-Aventurança, a Felicidade Absoluta - quando cessa a dualidade e experimentamos Deus integralmente.
"Um coração compassivo é a marca da verdadeira educação."
A Ignorância
"Não há espaço para a violência onde há Amor."
O Homem na atualidade acredita numa imagem muito inferior e negativa de si mesmo. Sem refletir, está sempre buscando satisfação a curto prazo, e pratica más ações porque lhe falta a verdadeira educação ou conhecimento de si mesmo.
"A incapacidade de contentar-se faz agonizar o homem de nossos dias."
Hoje em dia, "os fins justificam os meios", e esses fins são egoístas e materialistas. Agindo assim, o Homem demonstra um comportamento ignorante. Enquanto está orgulhoso de suas conquistas, está cego para o real significado de suas ações.
"Ambição leva à tristeza e ao desespero."
O Homem se vê como pecador, e como separado daquilo que o cerca. Podemos chamar essa ignorância de ilusão, ou o véu que encobre a Realidade. A ignorância é a raiz de todo o sofrimento do Homem.
"Não há doença pior que o desejo; nem inimigo mais feroz que o apego; nem fogo tão devorador quanto o ódio. Não há melhor aliado que a sabedoria."
A Verdade
"O homem que perdeu sua verdadeira natureza perdeu sua hominitude."
Jesus disse: "A Verdade vos libertará."
Sathya significa Verdade.
A Verdade é a Luz, o Conhecimento Superior, a Sabedoria que remove a ignorância e torna o Homem consciente de quem ele realmente é.
Muitos proclamam a onipresença de Deus, mas ignoram a presença de Deus em si mesmos.
Nas palavras de Sai Baba:
"Eu sou Deus. Você é Deus também."
"Não há necessidade de se extenuarem buscando Deus. Ele está aí, como manteiga no leite, como a criança no óvulo; está em cada átomo da criação. Ele não provém de um lugar nem vai a outro. Ele é encontrado aqui, lá, em todas as partes. Desde o átomo ao cosmo, do microcosmo ao macrocosmo. Ele é tudo."
"Nada há a não ser Deus."
"Deus é a estrela mais longínqua e também a folha de grama sob seus pés."
Em suma: tudo é Deus. Inclusive todos nós. Inclusive eu e você. O Homem é um ser Divino - é um templo móvel, no qual habita a Divindade. Se o indivíduo não manifesta sua divindade inerente ou não percebe a divindade onipresente, isto se deve a uma falha em sua educação, ou conhecimento de si mesmo.
Há muitos ensinamentos de Sai Baba indicando o que se deve fazer a fim de obter a purificação da própria mente e assim adquirir esse conhecimento e essa experiência suprema, de que tudo é Deus.
"Deus não está em religiões, mas em sua mente e em seu coração."
Deus é ilimitado. É possível colocar limites em Deus? Portanto, Deus não está confinado a nenhum grupo ou instituição específicos.
"Os ateístas são como botões de flores e os teístas, as flores que desabrocharam. A flor desabrochada oferece fragrância a muitos. Os botões retém dentro de si sua fragrância. Mais dia menos dia os botões podem desabrochar ou igualmente podem cair antes de desabrochar. Aqueles que espalham a felicidade do Divino no mundo foram descritos como teístas o os que não o fazem são tidos por ateístas."
A verdadeira marca de uma pessoa sábia e amorosa não é a roupa que veste ou os títulos que recebeu, mas sim a sua pureza interior, independente de credo, classe, sexo ou cor.
"Os que dizem 'Deus não existe' devem ter diante deles uma ideia preconcebida de Deus para que lhe possam negar a existência. Na penumbra da noite, uma corda pode ser tomada, por engano, como uma cobra, mas no momento em que a luz se faz, a corda é reconhecida como sendo o que ela é. Da mesma forma, o homem sábio reconhece Deus, pois se acha livre da Ilusão."
Os Valores Humanos
"Definitivamente, nenhuma alegria pode se igualar à alegria de servir aos outros."
Assim como a natureza do Sol é aquecer e iluminar, a natureza da Chuva é molhar e vivificar, e a natureza da Flor é perfumar e embelezar - a verdadeira natureza do Ser Humano é Verdade, Retidão, Paz, Amor e Não-Violência.
Um Ser Humano que não manifesta essas qualidades, é como um Sol sem calor nem luz, como uma "Chuva que não molha". Não está sendo verdadeiramente humano.
Sai Baba vem anunciar com grande ênfase à Humanidade que o Ser Humano é Divino. Não devemos nos vitimizar com pensamentos mesquinhos e pequenos sobre nós mesmos.
"O homem vive na terra para aprender, antes de tudo, a arte de ser homem, e depois a arte de ser divino. Vista assim, a vida é uma aventura, onde cada ação, cada pensamento e cada palavra do homem pode manifestar a divindade que está latente. O egoísmo do homem é a causa de todos os seus males."
Se o Ser Humano abriga o próprio Deus dentro de si, porque sofre? O que é o egoísmo?
"Conhecer Deus é o empreendimento mais importante da vida. O homem deve conhecer Deus, sentir Deus, falar com Deus. Isto é realização. Isto é religião. De nada vale conhecer todas as outras coisas quando se desconhece Deus."
Assim sendo, está claro que a grande aventura do jogo da vida consiste em descobrir a si mesmo, ou seja, remover a capa de egoísmo que envolve a nossa própria essência divina. O mundo exterior é apenas o cenário dessa aventura.
A fonte da verdadeira felicidade não é meramente a conquista material, mas a conquista do próprio universo interior. Ao nos estabelecermos firmemente nessa fonte interior, manifestamos a paz e o amor que queremos para o mundo.
Como alcançar a vitória nesse empreendimento? Assim como temos que quebrar a casca do côco para saboreá-lo, como podemos "quebrar a casca do ego" para saborear a "divindade interior"? Isso é mesmo possível? Sim. É possível.
"Da mesma forma como duas asas são essenciais para um pássaro alçar vôo ao céu, e duas rodas são necessárias para uma carroça mover-se, dois tipos de educação, material e espiritual, são necessárias para que o homem atinja seu objetivo na vida. A espiritual destina-se à vida, enquanto a material a um meio de vida. É só quando o homem é equipado com estes dois aspectos da educação que torna-se merecedor de respeito e amor por parte da sociedade."
A necessidade de educação espiritual é urgente. Uma educação onde os Valores Humanos estão ausentes contribui hoje para a construção de uma sociedade egoísta e competitiva onde, apesar do progresso tecnológico, nunca se viu tanta injustiça e violência. As pessoas vivem com medo, ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais, sem o menor conhecimento de suas causas e, menos ainda, de sua cura.
O sistema educacional moderno prepara consumidores de informação, e peças para a engrenagem do mercado de trabalho. E o caráter dos estudantes? O que fazer com toda essa informação? A educação do coração costuma ser ignorada.
Enquanto se ensina como resolver equações do segundo grau, será que não se poderia ensinar também que "quanto mais pessoas você faz feliz, mais feliz você fica"?
Serviço
"Fazer serviço sem o pensamento em si mesmo é o primeiro passo para o progresso espiritual do homem."
A receita para "quebrar a casca do ego" é a prática do serviço.
"Servir aos homens ajudará o desabrochar da Divindade em vocês. O serviço alegrará os seus corações e os fará sentir que suas vidas têm sido proveitosas. Serviço ao homem é serviço a Deus, pois que Ele está em cada homem, em cada ser vivo, em cada pedra e em cada árvore. Ofereçam seus talentos aos pés de Deus. Que cada ato possa ser como uma flor, livre dos vermes rastejantes da inveja e do egoísmo, mas com a fragrância do amor e do sacrifício."
Sathya Sai Baba estimula e recomenda práticas espirituais como a meditação, mas a nenhuma delas atribui tanta importância e dá tanta ênfase quanto ao serviço social.
"O amor é inerente no homem, mas igual a uma semente, que deve ser nutrida pelo adubo e pela água, o amor no homem tem de ser cultivado pelo serviço dedicado."
Sai Baba aprofunda o tema do serviço em muitas ocasiões. O mais importante é a atitude interna, o espírito no qual se dedica o serviço. A qualidade dessa disposição interior é que determina o benefício espiritual obtido. O serviço oferecido sem visar a ganho ou recompensa constitui a prática mais eficaz para remover o ego e, consequentemente, desobstruir a manifestação das qualidades divinas inerentes ao indivíduo.
"Nenhuma pessoa pode se proclamar religiosa, quando se limita apenas a observar regras e praticar os sacramentos, mas não vive a reta conduta e a compaixão."
Unidade das Religiões
Intolerância não é característica de nenhuma religião. Conforme Sai Baba:
"Todas as religiões enfatizam as mesmas verdades nos seus ensinamentos básicos. No entanto, poucas pessoas tentam compreender o significado interno das religiões. Partindo de um mesquinho sentimento de que sua religião é superior e as outras inferiores, membros de religiões diferentes estão desenvolvendo ódio contra os membros de outras fés e agindo como demônios. Ideias tão intolerantes devem ser imediatamente abandonadas."
Ele também afirma:
"Quando você ataca uma outra religião realmente está se tornando culpado de agressão à sua própria religião."
E explica:
"Felicidade é a meta de todas as religiões. Os caminhos podem ser muitos, mas o objetivo é um, exatamente como as jóias são muitas, mas o ouro um; embora sejam muitas as vacas, o leite é o mesmo. Portanto, você não pode criticar nenhuma religião."
Toda religião, em sua pureza original, enfatiza o valor da vida ética e promove a contemplação de Deus.
"Todas as religiões proclamam a unidade da divindade e pregam o cultivo do amor universal sem levar em conta casta, credo, país e cor. Aqueles que recusam esta verdade básica desenvolvem orgulho e ego por conta de sua religião particular. Tais pessoas estão produzindo grande confusão e caos, fragmentando a divindade. Confinar e dividir o divino infinito em tais estreitos compartimentos é traição contra Deus."
De forma simples e clara, Sathya Sai Baba esclarece o tema:
"Todos devem se dar conta de que, embora diferentes nos nomes e nas formas, a verdade essencial de todas as religiões é uma só."
Deus
Deus é Amor. Amor é Deus.
"O 'Princípio Supremo' paira além do alcance do cérebro. Estando em pé sobre uma pedra, você não poderá ergue-la. Parado sobre a ilusão, como se encontra, na ignorância da realidade, não lhe é possível descartá-la."
A verdadeira espiritualidade envolve simplicidade, gentileza, compaixão. O intelecto é de fato uma ferramenta maravilhosa, porém o Divino encontra-se além de seu alcance. A divindade só pode ser compreendida através do amor.
"Todo ser humano é uma manifestação de Deus. Todo objeto manifesta o Divino. Nada há no mundo que não seja uma manifestação de Deus. Não tenham nenhuma dúvida de que o Cosmos é permeado por Deus e de que tudo está contido nEle. Não há sequer um átomo no Universo que não seja permeado pelo Divino."
Conforme Sai Baba, o sagrado é Deus, e o profano também é Deus.
"Tentamos descobrir Deus buscando-O por todo o Universo, mas deixamos de investigar Sua existência em nosso interior, como a própria essência e princípio básico de nosso ser. Com a descoberta de nós mesmos, de nosso Ser, toda a lamentação cessa e atingimos a felicidade suprema. Este é o verdadeiro autoconhecimento."
Primeiramente, é necessário compreender o ciclo de ação e reação que rege a natureza. Cada ato, gesto, palavra e pensamento gerado pelo indivíduo, é uma causa que terá o seu respectivo efeito. O nosso futuro é consequência de nossos pensamentos, palavras e ações no presente.
"Ajudar, sempre. Ferir, nunca."
Quando efetivamente nos tornamos conscientes desse fluxo, naturalmente ajustamos nosso comportamento e buscamos praticar somente boas ações - agir com gentileza, cortesia, respeito, consideração, sempre visando o bem do próximo. Esse salto quântico na consciência e no comportamento corresponde ao desabrochar da espiritualidade no indivíduo.
"Ame a todos. Sirva a todos."
Praticar o bem é trilhar o caminho da espiritualidade. O destino desse caminho é a purificação, a plenitude, a Suprema Bem-Aventurança, a Felicidade Absoluta - quando cessa a dualidade e experimentamos Deus integralmente.
"Um coração compassivo é a marca da verdadeira educação."
A Ignorância
"Não há espaço para a violência onde há Amor."
O Homem na atualidade acredita numa imagem muito inferior e negativa de si mesmo. Sem refletir, está sempre buscando satisfação a curto prazo, e pratica más ações porque lhe falta a verdadeira educação ou conhecimento de si mesmo.
"A incapacidade de contentar-se faz agonizar o homem de nossos dias."
Hoje em dia, "os fins justificam os meios", e esses fins são egoístas e materialistas. Agindo assim, o Homem demonstra um comportamento ignorante. Enquanto está orgulhoso de suas conquistas, está cego para o real significado de suas ações.
"Ambição leva à tristeza e ao desespero."
O Homem se vê como pecador, e como separado daquilo que o cerca. Podemos chamar essa ignorância de ilusão, ou o véu que encobre a Realidade. A ignorância é a raiz de todo o sofrimento do Homem.
"Não há doença pior que o desejo; nem inimigo mais feroz que o apego; nem fogo tão devorador quanto o ódio. Não há melhor aliado que a sabedoria."
A Verdade
"O homem que perdeu sua verdadeira natureza perdeu sua hominitude."
Jesus disse: "A Verdade vos libertará."
Sathya significa Verdade.
A Verdade é a Luz, o Conhecimento Superior, a Sabedoria que remove a ignorância e torna o Homem consciente de quem ele realmente é.
Muitos proclamam a onipresença de Deus, mas ignoram a presença de Deus em si mesmos.
Nas palavras de Sai Baba:
"Eu sou Deus. Você é Deus também."
"Não há necessidade de se extenuarem buscando Deus. Ele está aí, como manteiga no leite, como a criança no óvulo; está em cada átomo da criação. Ele não provém de um lugar nem vai a outro. Ele é encontrado aqui, lá, em todas as partes. Desde o átomo ao cosmo, do microcosmo ao macrocosmo. Ele é tudo."
"Nada há a não ser Deus."
"Deus é a estrela mais longínqua e também a folha de grama sob seus pés."
Em suma: tudo é Deus. Inclusive todos nós. Inclusive eu e você. O Homem é um ser Divino - é um templo móvel, no qual habita a Divindade. Se o indivíduo não manifesta sua divindade inerente ou não percebe a divindade onipresente, isto se deve a uma falha em sua educação, ou conhecimento de si mesmo.
Há muitos ensinamentos de Sai Baba indicando o que se deve fazer a fim de obter a purificação da própria mente e assim adquirir esse conhecimento e essa experiência suprema, de que tudo é Deus.
"Deus não está em religiões, mas em sua mente e em seu coração."
Deus é ilimitado. É possível colocar limites em Deus? Portanto, Deus não está confinado a nenhum grupo ou instituição específicos.
"Os ateístas são como botões de flores e os teístas, as flores que desabrocharam. A flor desabrochada oferece fragrância a muitos. Os botões retém dentro de si sua fragrância. Mais dia menos dia os botões podem desabrochar ou igualmente podem cair antes de desabrochar. Aqueles que espalham a felicidade do Divino no mundo foram descritos como teístas o os que não o fazem são tidos por ateístas."
A verdadeira marca de uma pessoa sábia e amorosa não é a roupa que veste ou os títulos que recebeu, mas sim a sua pureza interior, independente de credo, classe, sexo ou cor.
"Os que dizem 'Deus não existe' devem ter diante deles uma ideia preconcebida de Deus para que lhe possam negar a existência. Na penumbra da noite, uma corda pode ser tomada, por engano, como uma cobra, mas no momento em que a luz se faz, a corda é reconhecida como sendo o que ela é. Da mesma forma, o homem sábio reconhece Deus, pois se acha livre da Ilusão."
Os Valores Humanos
"Definitivamente, nenhuma alegria pode se igualar à alegria de servir aos outros."
Assim como a natureza do Sol é aquecer e iluminar, a natureza da Chuva é molhar e vivificar, e a natureza da Flor é perfumar e embelezar - a verdadeira natureza do Ser Humano é Verdade, Retidão, Paz, Amor e Não-Violência.
Um Ser Humano que não manifesta essas qualidades, é como um Sol sem calor nem luz, como uma "Chuva que não molha". Não está sendo verdadeiramente humano.
Sai Baba vem anunciar com grande ênfase à Humanidade que o Ser Humano é Divino. Não devemos nos vitimizar com pensamentos mesquinhos e pequenos sobre nós mesmos.
"O homem vive na terra para aprender, antes de tudo, a arte de ser homem, e depois a arte de ser divino. Vista assim, a vida é uma aventura, onde cada ação, cada pensamento e cada palavra do homem pode manifestar a divindade que está latente. O egoísmo do homem é a causa de todos os seus males."
Se o Ser Humano abriga o próprio Deus dentro de si, porque sofre? O que é o egoísmo?
"Conhecer Deus é o empreendimento mais importante da vida. O homem deve conhecer Deus, sentir Deus, falar com Deus. Isto é realização. Isto é religião. De nada vale conhecer todas as outras coisas quando se desconhece Deus."
Assim sendo, está claro que a grande aventura do jogo da vida consiste em descobrir a si mesmo, ou seja, remover a capa de egoísmo que envolve a nossa própria essência divina. O mundo exterior é apenas o cenário dessa aventura.
A fonte da verdadeira felicidade não é meramente a conquista material, mas a conquista do próprio universo interior. Ao nos estabelecermos firmemente nessa fonte interior, manifestamos a paz e o amor que queremos para o mundo.
Como alcançar a vitória nesse empreendimento? Assim como temos que quebrar a casca do côco para saboreá-lo, como podemos "quebrar a casca do ego" para saborear a "divindade interior"? Isso é mesmo possível? Sim. É possível.
"Da mesma forma como duas asas são essenciais para um pássaro alçar vôo ao céu, e duas rodas são necessárias para uma carroça mover-se, dois tipos de educação, material e espiritual, são necessárias para que o homem atinja seu objetivo na vida. A espiritual destina-se à vida, enquanto a material a um meio de vida. É só quando o homem é equipado com estes dois aspectos da educação que torna-se merecedor de respeito e amor por parte da sociedade."
A necessidade de educação espiritual é urgente. Uma educação onde os Valores Humanos estão ausentes contribui hoje para a construção de uma sociedade egoísta e competitiva onde, apesar do progresso tecnológico, nunca se viu tanta injustiça e violência. As pessoas vivem com medo, ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais, sem o menor conhecimento de suas causas e, menos ainda, de sua cura.
O sistema educacional moderno prepara consumidores de informação, e peças para a engrenagem do mercado de trabalho. E o caráter dos estudantes? O que fazer com toda essa informação? A educação do coração costuma ser ignorada.
Enquanto se ensina como resolver equações do segundo grau, será que não se poderia ensinar também que "quanto mais pessoas você faz feliz, mais feliz você fica"?
Serviço
"Fazer serviço sem o pensamento em si mesmo é o primeiro passo para o progresso espiritual do homem."
A receita para "quebrar a casca do ego" é a prática do serviço.
"Servir aos homens ajudará o desabrochar da Divindade em vocês. O serviço alegrará os seus corações e os fará sentir que suas vidas têm sido proveitosas. Serviço ao homem é serviço a Deus, pois que Ele está em cada homem, em cada ser vivo, em cada pedra e em cada árvore. Ofereçam seus talentos aos pés de Deus. Que cada ato possa ser como uma flor, livre dos vermes rastejantes da inveja e do egoísmo, mas com a fragrância do amor e do sacrifício."
Sathya Sai Baba estimula e recomenda práticas espirituais como a meditação, mas a nenhuma delas atribui tanta importância e dá tanta ênfase quanto ao serviço social.
"O amor é inerente no homem, mas igual a uma semente, que deve ser nutrida pelo adubo e pela água, o amor no homem tem de ser cultivado pelo serviço dedicado."
Sai Baba aprofunda o tema do serviço em muitas ocasiões. O mais importante é a atitude interna, o espírito no qual se dedica o serviço. A qualidade dessa disposição interior é que determina o benefício espiritual obtido. O serviço oferecido sem visar a ganho ou recompensa constitui a prática mais eficaz para remover o ego e, consequentemente, desobstruir a manifestação das qualidades divinas inerentes ao indivíduo.
"Nenhuma pessoa pode se proclamar religiosa, quando se limita apenas a observar regras e praticar os sacramentos, mas não vive a reta conduta e a compaixão."
Unidade das Religiões
Intolerância não é característica de nenhuma religião. Conforme Sai Baba:
"Todas as religiões enfatizam as mesmas verdades nos seus ensinamentos básicos. No entanto, poucas pessoas tentam compreender o significado interno das religiões. Partindo de um mesquinho sentimento de que sua religião é superior e as outras inferiores, membros de religiões diferentes estão desenvolvendo ódio contra os membros de outras fés e agindo como demônios. Ideias tão intolerantes devem ser imediatamente abandonadas."
Ele também afirma:
"Quando você ataca uma outra religião realmente está se tornando culpado de agressão à sua própria religião."
E explica:
"Felicidade é a meta de todas as religiões. Os caminhos podem ser muitos, mas o objetivo é um, exatamente como as jóias são muitas, mas o ouro um; embora sejam muitas as vacas, o leite é o mesmo. Portanto, você não pode criticar nenhuma religião."
Toda religião, em sua pureza original, enfatiza o valor da vida ética e promove a contemplação de Deus.
"Todas as religiões proclamam a unidade da divindade e pregam o cultivo do amor universal sem levar em conta casta, credo, país e cor. Aqueles que recusam esta verdade básica desenvolvem orgulho e ego por conta de sua religião particular. Tais pessoas estão produzindo grande confusão e caos, fragmentando a divindade. Confinar e dividir o divino infinito em tais estreitos compartimentos é traição contra Deus."
De forma simples e clara, Sathya Sai Baba esclarece o tema:
"Todos devem se dar conta de que, embora diferentes nos nomes e nas formas, a verdade essencial de todas as religiões é uma só."
Deus
Deus é Amor. Amor é Deus.
"O 'Princípio Supremo' paira além do alcance do cérebro. Estando em pé sobre uma pedra, você não poderá ergue-la. Parado sobre a ilusão, como se encontra, na ignorância da realidade, não lhe é possível descartá-la."
A verdadeira espiritualidade envolve simplicidade, gentileza, compaixão. O intelecto é de fato uma ferramenta maravilhosa, porém o Divino encontra-se além de seu alcance. A divindade só pode ser compreendida através do amor.
"Todo ser humano é uma manifestação de Deus. Todo objeto manifesta o Divino. Nada há no mundo que não seja uma manifestação de Deus. Não tenham nenhuma dúvida de que o Cosmos é permeado por Deus e de que tudo está contido nEle. Não há sequer um átomo no Universo que não seja permeado pelo Divino."
Conforme Sai Baba, o sagrado é Deus, e o profano também é Deus.
"Tentamos descobrir Deus buscando-O por todo o Universo, mas deixamos de investigar Sua existência em nosso interior, como a própria essência e princípio básico de nosso ser. Com a descoberta de nós mesmos, de nosso Ser, toda a lamentação cessa e atingimos a felicidade suprema. Este é o verdadeiro autoconhecimento."
30 novembro 2010
O PODER DA VONTADE
Autor: Léon Denis
Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: “A fé transporta montanhas.”
Não é consolador e belo poder dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me- ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes!”
Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Esse caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na estrada infinita, tenho um guia seguro – a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo.
Minha vontade chama-me: “Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!” E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo- lhes:
Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do espaço vos bradam: “Levantai-vos e marchai! Apressai- vos para a conquista de vossos destinos!”
A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero, ou que aspirais ao nada, venho dizer: “O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.”
A vós todos, que vos credes gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer-vos:
“Não há alma que não possa renascer, fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa!
“Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser, elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela vagarosa evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada.
“Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: podeis vir a ser o que quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado esse domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso “eu” inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!”
Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: “A fé transporta montanhas.”
Não é consolador e belo poder dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me- ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes!”
Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Esse caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na estrada infinita, tenho um guia seguro – a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo.
Minha vontade chama-me: “Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!” E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo- lhes:
Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do espaço vos bradam: “Levantai-vos e marchai! Apressai- vos para a conquista de vossos destinos!”
A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero, ou que aspirais ao nada, venho dizer: “O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.”
A vós todos, que vos credes gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer-vos:
“Não há alma que não possa renascer, fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa!
“Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser, elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela vagarosa evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada.
“Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: podeis vir a ser o que quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado esse domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso “eu” inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!”
27 novembro 2010
ENERGIA TELÚRICA, LINHA DE LEY, PIRÃMIDES E CÍRCULOS
Além dos nodos, existe uma segunda classe de linhas energéticas que correm pelo planeta, chamadas “Linhas Telúricas”. ENERGIA TELÚRICA é uma corrente elétrica de baixa freqüência e que percorre grandes áreas do planeta, que se movimenta debaixo da terra e nos oceanos, já fartamente comprovada pelos cientistas (você pode ver o vídeo de uma demonstração de uma BATERIA DE TERRA simples AQUI) mas quase totalmente inexplorada por falta de interesse das otoridades. Afinal de contas, para quê investir em energia gratuita para a população quando se pode cobrar por ela? Nicolai Tesla, um dos maiores gênios que já pisou este planeta, que o diga.
A junção dos centros energéticos das Linhas de Ley com o fluxo das linhas telúricas produz enormes quantidades de energia, que podem ser manipuladas e controladas através de determinados monumentos. A geometria sagrada das pirâmides e dos círculos de pedra é capaz de canalizar e focar todas estas energias para usos específicos, da mesma maneira como as agulhas de acupuntura são utilizadas nos centros energéticos em um ser humano para acionar determinados tipos de energia em nossos corpos.
Estas energias são captadas e projetadas dentro dos círculos, nas câmaras das pirâmides ou dentro de certas cavernas, através de ajustes “fechando” determinados circuitos (lembram-se quando eu expliquei que a Câmara dos Reis podia ser REGULADA?) para gerar campos eletromagnéticos muito fortes e harmônicos, que vibram em ressonância com determinados chakras nos seres humanos, abrindo-os totalmente e desenvolvendo certas faculdades.
O tipo de ressonância era escolhido de acordo com a necessidade ou ritual – no caso das pirâmides e do ritual de iniciação de um faraó ou sacerdote, as forças envolvidas naquele “mergulho” nas águas primordiais em ressonância com a pirâmide em determinadas datas abria totalmente os chakras Anja e Sahashara, despertando no iniciado poderes de clarividência, telepatia, intuição, projeção astral e muitos, muitos outros.
Nós dizemos que os círculos e pirâmides eram observatórios espaciais, mas a verdade é que, dentro de certos campos energéticos gerados nestes locais, os sacerdotes possuíam uma visão astral tão desenvolvida que as visões e cálculos que faziam em transe eram tão avançadas e precisas quanto os melhores observatórios astronômicos do século XX. Isto permitiu a eles construírem tabelas de relações entre planetas, períodos e signos precisas o suficiente para fundamentar a ciência da Astrologia, conforme eu já expliquei nestas matérias AQUI.
Claro que os círculos, pirâmides e cavernas também possuíam funções ritualísticas e de celebrações. Faziam às vezes das igrejas e templos de encontro nas vilas.
Graças ao estudo e conhecimento dos COMPUTADORES CELESTES, das projeções astrais e das rodas astrológicas, os antigos conseguiam prever com exatidão as reencarnações de seus reis, líderes espirituais e Avatares. Preste atenção no que eu disse neste parágrafo e anote com cuidado estas palavras, pois serão muito importantes algumas colunas mais para frente!
Para exemplificar estes circuitos telúricos, aqui está um mapa da estrutura de Stonehenge vista de cima. Repare nas linhas energéticas que cruzam as pedras externas do círculo. Ao todo, são 12 pontas na estrela, que serviam para marcar a posição do sol e planetas em comparação com os 12 signos e para canalizar as energias de Ley e Telúricas para o interior do círculo.
As pedras centrais fecham um circuito mais poderoso em conjunto com 6 pedras externas (os pontos 465-55-210 e 325-15-120), que eram usados em determinadas datas para rituais específicos. Estas datas eram solstícios, equinócios e noites de lua cheia (os chamados sabbaths e esbaths). Os ritos incluíam aumento da fertilidade, da produção, curas, preparação da saúde das pessoas para o inverno rigoroso, aumento das habilidades artísticas, de caça, pesca, uma fusão maior com a natureza, etc.
Os mais observadores já devem ter percebido que esta curiosa estrutura de pedras que descrevi forma uma estrela de Davi. Mas o que um símbolo “judeu” está fazendo em um monumento celta? “coincidência”, é claro!
Além destas mega-construções em pedra, os antigos também utilizavam-se de cristais para focar e canalizar estas energias, de modo a harmoniza-las com seus pontos, a nível pessoal, planetário e sideral (nos monumentos de pedra).
Na Atlântida, os cristais eram usados como computadores maravilhosos que deixariam os nossos no chinelo. Computadores movidos por energia mental, capazes de armazenar nossos pensamentos e emoções (pense nos cristais de Krypton, da Fortaleza da Solidão no filme do Superman e você vai ter mais ou menos uma noção do que eu quero descrever). Ligados entre si através das Linhas de Ley, em uma “internet” capaz de buscar conhecimentos nos chamados “Registros Akashicos” que fazem o google parecer uma lista de supermercado básica (claro que os antigos estavam em outro patamar de evolução, e não usavam este tipo de tecnologia para baixar músicas piratas ou visitar sites pornográficos).
Aqui eu preciso fazer um parêntesis. Quando eu digo que os antigos possuíam uma tecnologia sensacional, com VIMANAS, engenharia genética, supercomputadores e tudo mais, você pode se perguntar “mas e os homens das cavernas? E os primitivos?” e a resposta é: a Terra sempre está povoada por regiões de evolução mental, espiritual e cultural MUITO distintas… enquanto os atlantes e lemurianos tinham toda esta tecnologia ao seu dispor, em outras regiões do planeta estavam quase-macacos venerando o sol e a lua como se fossem deuses. Se você achar tão difícil assim compreender este cenário, compare a Noruega com a Serra Leoa nos dias de hoje, século XXI.
Dizem que estes cristais ainda estão por aí, a maioria submersos, mas alguns chegaram até a gente através dos incas, maias, astecas e um ou outro tesouro templário, mas nos falta tecnologia para ativá-los, pois estes cristais não são ativados por aparelhos, mas por ondas mentais específicas que ainda temos de evoluir um tanto para atingir estes patamares…
Hoje em dia, cristais podem ser usados para regular nossa energia. Colocando-os sobre os nossos chakras e fazendo certas respirações e meditações, conseguimos ativar (através das freqüências de nossos pensamentos pela meditação) algumas das características destes cristais. O grande problema é que a imensa maioria das pessoas não tem a disciplina mental necessária para ativar corretamente estes cristais através da visualização (que é uma técnica que existe em praticamente TODAS as ordens iniciáticas – é o be-a-bá da magia) então os resultados são algo muitas vezes falhos e imprevisíveis, o que dá margem pra charlatanismo e especulações, colocando em total descrédito estas técnicas (como trocentas outras coisas sérias que foram estragadas pelos humanos estúpidos).
Fucei a net em busca de algum site que tivesse informações confiáveis sobre cristais para não ter de postar aqui uma bibliografia gigantesca e achei este site AQUI. Apesar do tom meio “místico”, que eu não gosto muito, as informações dentro dele estão corretas.
Mas o que diabos são chakras?
Eu pensei que fosse gastar umas dez páginas para explicar o que é um chakra, mas esta explicação da wikipedia está ótima para que é totalmente iniciante no assunto:
A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, disco, centro, plexo. Nesta forma eles são percebidos por videntes como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo. Os chakras são pontos de interseção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico se manifesta mais intensamente no corpo físico.
Os vedas (2.000 a. C.) contêm os mais antigos registros sobre chakras de que se tem notícia. Quando foram escritos, a Yoga já sistematizava o conhecimento e o trabalho energético dos chakras.
São sete os principais chakras, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde à uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a “prana”, flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado – e disso resulta o envelhecimento ou a doença.
Os chakras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico ( Nadi ) principal chamado “sushumna”, ao longo do eixo central do corpo humano, por onde dois outros canais alternados “Ida” que sai da base da espinha dorsal à esquerda de sushumna e “pingala” à direita ( na mulher estão invertidas estas posições ).
Os nadis conduzem e regulam o “prana” ( energias Yin e Yang ) em espirais concêntricas. Estes nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o corpo em todas as direções, linhas meridianos e pontos. Para os hindus os nadis são sagrados, é por meio da “Sushumna” que o yogi deixa o seu corpo físico, entra em contato com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a memória de suas experiências.
Bom… expliquei sobre os cristais, linhas energéticas, pirâmides e suas relações com os chakras do Planeta Terra (as Linhas de Ley) e os monumentos ressonando com os chakras dos seres humanos (mais uma vez: “tudo o que está em cima é igual ao que está embaixo”). Somente quando os cientistas perceberem que TUDO está em sincronicidade e passarem a estudar o planeta como um único e gigantesco mecanismo perfeito é que podemos pensar em “evolução”. Até lá, acupuntura, feng-shui, cristais e astrologia são “pseudo-ciências”, linhas de ley, energias telúricas, triângulo das bermudas e círculos de pedra são “coisas inexplicáveis”, pirâmides são “tumbas do faraó”… e nada disso está relacionado!
Neste ponto eu imagino que vocês já descobriram que a “Arca da Aliança” nada mais é do que algum tipo de fonte de energia altamente poderosa, a ponto de derrubar cidades apenas com “o som de trombetas”. Isto explica porque tantas pessoas, incluindo o tio Adolf Hitler e Cia, tentaram (e tentam) colocar as mãos nela.
Semana que vem eu falo mais detalhadamente sobre os Chakras e começo Árvore da Vida, Arca da Aliança e Templo de Salomão… e porque todas estas coisas estão ligadas com tudo o que eu disse até agora.
Como curiosidade, segue um link com o Mapa da Inglaterra e a maioria dos Círculos de Pedra cadastrados.
Até a semana que vem.
93,93/93
Marcelo Del Debbio
A junção dos centros energéticos das Linhas de Ley com o fluxo das linhas telúricas produz enormes quantidades de energia, que podem ser manipuladas e controladas através de determinados monumentos. A geometria sagrada das pirâmides e dos círculos de pedra é capaz de canalizar e focar todas estas energias para usos específicos, da mesma maneira como as agulhas de acupuntura são utilizadas nos centros energéticos em um ser humano para acionar determinados tipos de energia em nossos corpos.
Estas energias são captadas e projetadas dentro dos círculos, nas câmaras das pirâmides ou dentro de certas cavernas, através de ajustes “fechando” determinados circuitos (lembram-se quando eu expliquei que a Câmara dos Reis podia ser REGULADA?) para gerar campos eletromagnéticos muito fortes e harmônicos, que vibram em ressonância com determinados chakras nos seres humanos, abrindo-os totalmente e desenvolvendo certas faculdades.
O tipo de ressonância era escolhido de acordo com a necessidade ou ritual – no caso das pirâmides e do ritual de iniciação de um faraó ou sacerdote, as forças envolvidas naquele “mergulho” nas águas primordiais em ressonância com a pirâmide em determinadas datas abria totalmente os chakras Anja e Sahashara, despertando no iniciado poderes de clarividência, telepatia, intuição, projeção astral e muitos, muitos outros.
Nós dizemos que os círculos e pirâmides eram observatórios espaciais, mas a verdade é que, dentro de certos campos energéticos gerados nestes locais, os sacerdotes possuíam uma visão astral tão desenvolvida que as visões e cálculos que faziam em transe eram tão avançadas e precisas quanto os melhores observatórios astronômicos do século XX. Isto permitiu a eles construírem tabelas de relações entre planetas, períodos e signos precisas o suficiente para fundamentar a ciência da Astrologia, conforme eu já expliquei nestas matérias AQUI.
Claro que os círculos, pirâmides e cavernas também possuíam funções ritualísticas e de celebrações. Faziam às vezes das igrejas e templos de encontro nas vilas.
Graças ao estudo e conhecimento dos COMPUTADORES CELESTES, das projeções astrais e das rodas astrológicas, os antigos conseguiam prever com exatidão as reencarnações de seus reis, líderes espirituais e Avatares. Preste atenção no que eu disse neste parágrafo e anote com cuidado estas palavras, pois serão muito importantes algumas colunas mais para frente!
Para exemplificar estes circuitos telúricos, aqui está um mapa da estrutura de Stonehenge vista de cima. Repare nas linhas energéticas que cruzam as pedras externas do círculo. Ao todo, são 12 pontas na estrela, que serviam para marcar a posição do sol e planetas em comparação com os 12 signos e para canalizar as energias de Ley e Telúricas para o interior do círculo.
As pedras centrais fecham um circuito mais poderoso em conjunto com 6 pedras externas (os pontos 465-55-210 e 325-15-120), que eram usados em determinadas datas para rituais específicos. Estas datas eram solstícios, equinócios e noites de lua cheia (os chamados sabbaths e esbaths). Os ritos incluíam aumento da fertilidade, da produção, curas, preparação da saúde das pessoas para o inverno rigoroso, aumento das habilidades artísticas, de caça, pesca, uma fusão maior com a natureza, etc.
Os mais observadores já devem ter percebido que esta curiosa estrutura de pedras que descrevi forma uma estrela de Davi. Mas o que um símbolo “judeu” está fazendo em um monumento celta? “coincidência”, é claro!
Além destas mega-construções em pedra, os antigos também utilizavam-se de cristais para focar e canalizar estas energias, de modo a harmoniza-las com seus pontos, a nível pessoal, planetário e sideral (nos monumentos de pedra).
Na Atlântida, os cristais eram usados como computadores maravilhosos que deixariam os nossos no chinelo. Computadores movidos por energia mental, capazes de armazenar nossos pensamentos e emoções (pense nos cristais de Krypton, da Fortaleza da Solidão no filme do Superman e você vai ter mais ou menos uma noção do que eu quero descrever). Ligados entre si através das Linhas de Ley, em uma “internet” capaz de buscar conhecimentos nos chamados “Registros Akashicos” que fazem o google parecer uma lista de supermercado básica (claro que os antigos estavam em outro patamar de evolução, e não usavam este tipo de tecnologia para baixar músicas piratas ou visitar sites pornográficos).
Aqui eu preciso fazer um parêntesis. Quando eu digo que os antigos possuíam uma tecnologia sensacional, com VIMANAS, engenharia genética, supercomputadores e tudo mais, você pode se perguntar “mas e os homens das cavernas? E os primitivos?” e a resposta é: a Terra sempre está povoada por regiões de evolução mental, espiritual e cultural MUITO distintas… enquanto os atlantes e lemurianos tinham toda esta tecnologia ao seu dispor, em outras regiões do planeta estavam quase-macacos venerando o sol e a lua como se fossem deuses. Se você achar tão difícil assim compreender este cenário, compare a Noruega com a Serra Leoa nos dias de hoje, século XXI.
Dizem que estes cristais ainda estão por aí, a maioria submersos, mas alguns chegaram até a gente através dos incas, maias, astecas e um ou outro tesouro templário, mas nos falta tecnologia para ativá-los, pois estes cristais não são ativados por aparelhos, mas por ondas mentais específicas que ainda temos de evoluir um tanto para atingir estes patamares…
Hoje em dia, cristais podem ser usados para regular nossa energia. Colocando-os sobre os nossos chakras e fazendo certas respirações e meditações, conseguimos ativar (através das freqüências de nossos pensamentos pela meditação) algumas das características destes cristais. O grande problema é que a imensa maioria das pessoas não tem a disciplina mental necessária para ativar corretamente estes cristais através da visualização (que é uma técnica que existe em praticamente TODAS as ordens iniciáticas – é o be-a-bá da magia) então os resultados são algo muitas vezes falhos e imprevisíveis, o que dá margem pra charlatanismo e especulações, colocando em total descrédito estas técnicas (como trocentas outras coisas sérias que foram estragadas pelos humanos estúpidos).
Fucei a net em busca de algum site que tivesse informações confiáveis sobre cristais para não ter de postar aqui uma bibliografia gigantesca e achei este site AQUI. Apesar do tom meio “místico”, que eu não gosto muito, as informações dentro dele estão corretas.
Mas o que diabos são chakras?
Eu pensei que fosse gastar umas dez páginas para explicar o que é um chakra, mas esta explicação da wikipedia está ótima para que é totalmente iniciante no assunto:
A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, disco, centro, plexo. Nesta forma eles são percebidos por videntes como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo. Os chakras são pontos de interseção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico se manifesta mais intensamente no corpo físico.
Os vedas (2.000 a. C.) contêm os mais antigos registros sobre chakras de que se tem notícia. Quando foram escritos, a Yoga já sistematizava o conhecimento e o trabalho energético dos chakras.
São sete os principais chakras, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde à uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a “prana”, flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado – e disso resulta o envelhecimento ou a doença.
Os chakras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico ( Nadi ) principal chamado “sushumna”, ao longo do eixo central do corpo humano, por onde dois outros canais alternados “Ida” que sai da base da espinha dorsal à esquerda de sushumna e “pingala” à direita ( na mulher estão invertidas estas posições ).
Os nadis conduzem e regulam o “prana” ( energias Yin e Yang ) em espirais concêntricas. Estes nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o corpo em todas as direções, linhas meridianos e pontos. Para os hindus os nadis são sagrados, é por meio da “Sushumna” que o yogi deixa o seu corpo físico, entra em contato com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a memória de suas experiências.
Bom… expliquei sobre os cristais, linhas energéticas, pirâmides e suas relações com os chakras do Planeta Terra (as Linhas de Ley) e os monumentos ressonando com os chakras dos seres humanos (mais uma vez: “tudo o que está em cima é igual ao que está embaixo”). Somente quando os cientistas perceberem que TUDO está em sincronicidade e passarem a estudar o planeta como um único e gigantesco mecanismo perfeito é que podemos pensar em “evolução”. Até lá, acupuntura, feng-shui, cristais e astrologia são “pseudo-ciências”, linhas de ley, energias telúricas, triângulo das bermudas e círculos de pedra são “coisas inexplicáveis”, pirâmides são “tumbas do faraó”… e nada disso está relacionado!
Neste ponto eu imagino que vocês já descobriram que a “Arca da Aliança” nada mais é do que algum tipo de fonte de energia altamente poderosa, a ponto de derrubar cidades apenas com “o som de trombetas”. Isto explica porque tantas pessoas, incluindo o tio Adolf Hitler e Cia, tentaram (e tentam) colocar as mãos nela.
Semana que vem eu falo mais detalhadamente sobre os Chakras e começo Árvore da Vida, Arca da Aliança e Templo de Salomão… e porque todas estas coisas estão ligadas com tudo o que eu disse até agora.
Como curiosidade, segue um link com o Mapa da Inglaterra e a maioria dos Círculos de Pedra cadastrados.
Até a semana que vem.
93,93/93
Marcelo Del Debbio
26 novembro 2010
AMAR O PRÓXIMO
O testamento de Léon de Tolstoi (1828 - 1910)
Publicado por Caibar Schutel na Revista Internacional de Espiritismo de 15 de abril de 1936
Eu não poderia me deter nem contemporizar mais. É inútil vacilar e pensar mais sobre o que tenho que dizer. A vida não espera. Minha existência declina e de repente posso desaparecer. Se me é dado ainda prestar alguns serviços aos homens, se posso fazer-me perdoar os meus pecados, minha vida ociosa e material, não será senão fazendo saber aos homens meus irmãos o que me foi dado compreender mais claramente que eles; o que me tortura e martiriza o coração há muitos anos.
Todos os homens sabem, como eu, que nossa vida não é o que deveria ser e que nos fazemos mutuamente desgraçados.
Sabemos que para ser felizes e fazer ditosos os outros, é preciso amar o nosso próximo como a nós mesmos; se nos é impossível fazer ao nosso semelhante o que quiséramos que ele nos fizesse, pelo menos não lhe façamos o que não queremos que ele não nos faça.
É isto que ensinam as religiões de todos os povos; é o que mandam que façamos, a nossa razão e a nossa consciência.
A morte do invólucro corporal que nos ameaça a cada instante, recorda-nos o caráter efêmero dos nossos atos; assim, a única coisa que podemos fazer e que pode levar-nos à felicidade e à serenidade, é obedecer a cada instante o que nos ordenam a nossa razão e consciência, se não crermos na revelação ou no ensino do Cristo.
Em outros termos: se não podemos fazer ao nosso próximo o que quiséramos que ele nos fizesse, ao menos não lhe façamos o que não desejamos para nós.
Embora todos conheçamos há muito tempo esta verdade, em vez de realizá-la, os homens se matam, roubam, violentam. E assim, em vez de viverem na alegria, na tranqüilidade, no amor, sofrem, penam e não sentem senão ódio e medo uns dos outros. Por toda a parte, em toda a superfície da Terra, os homens tratam de dissimular sua vida insensata, esquecerem-se de si mesmos, sofrear seu sofrimento, sem poderem conseguir; o número dos desgraçados que perdem a razão e se suicidam aumenta todos os anos, porque é superior às suas forças suportar uma vida contrária à natureza humana.
Mas, dir-se-á, talvez, é necessário que a vida seja assim; é necessária a existência dos imperadores, dos reis, dos governos, dos parlamentos que mandam milhões de homens, providos de fuzis e de canhões, atirarem-se uns sobre os outros; necessárias as fábricas e os estabelecimentos que produzem objetos inúteis e prejudiciais, e onde milhões de homens, mulheres e crianças são transformadas em máquinas, sofrendo 10,12 e 15 horas por dia; necessário o despovoamento crescente das cidades e a invasão das mesmas com asilos noturnos, seus refúgios de crianças, seus hospitais; necessário o aprisionamento de milhares de homens.
Acaso é necessário que a doutrina do Cristo, que ensina a concórdia, o perdão das ofensas, o amor ao próximo, ao inimigo; seja inculcada aos homens por sacerdotes de várias e numerosas seitas em luta contínua, e sob fórmulas de fábulas estúpidas e imorais sobre a criação do mundo e do homem, sobre seu castigo e sua redenção pelo Cristo, e sobre tal ou qual rito, tal ou qual sacramento? Talvez, semelhante estado de coisas seja natural ao homem, como é natural às formigas e às abelhas viverem em seus formigueiros e em suas colmeias em contínua luta e sem outro ideal. Assim, de fato, é que dizem muitos.
Mas o coração humano não quer crer. Sempre se sobrelevou contra a vida mentirosa e tem sempre convidado aos homens a se deixarem levar pela razão e pela consciência; e nos nossos dias faz tal chamamento mais urgente do que nunca.
Já sabemos demasiadamente que nossa vida não abarca séculos, milhares de anos, uma eternidade, e entretanto, nos achamos na Terra vivendo, pensando, amando, gozando a vida...
E agora podemos passar estes setenta anos - se chegarmos a tal idade, porque podemos não viver senão alguns dias, algumas horas - no desgosto, no ódio, ou na alegria e no amor; podemos viver com a consciência de estar fazendo o mal, ou bem, de realizar, ainda imperfeitamente, o que podemos crer que seja nosso dever.
" - Andai preparados, andai preparados, andai preparados" - dizia, aos homens, João Batista.
" - Andai preparados" - dizia o Cristo.
" - Andai preparados" - diz a voz de Deus, tanto como a voz da consciência e da razão.
Entretanto, distingamos as nossas ocupações, cada um dos nossos prazeres, e perguntemos a nós mesmos: fazemos o que devemos, ou gastamos inutilmente nossa vida, (...)
Bem sei que basta uma vista de olhos, como um cavalo que faz voltear uma roda; nos parece impossível deter-nos para refletir um instante, dizendo:
"Nada de tantas reflexões; atos sim".
E outros afirmam:
"Não é preciso, cada um pensar em si mesmo, em nossos desejos, quando a obra, a cujo serviço nos achamos, é a nossa família, a arte, a ciência, a sociedade, tudo pelo interesse geral".
Outros garantem:
"Tudo está pensado e experimentado há muito tempo e ninguém encontrou algo melhor; sigamos, pois, nossa vida e nada mais".
Outros, enfim, pretendem:
"Refletir ou não refletir, tudo é a mesma coisa; vive-se e depois se morre; o melhor é, pois, viver para o prazer. Quando se quer refletir, vê-se que a vida é pior do que a morte e atenta-se sobre os seus próprios dias. Assim, basta de reflexões, vivamos como pudermos".
Não ouçais essas vozes; para todos aqueles raciocínios, responderei simplesmente:
"Atrás de mim vejo a eternidade, tempo em que eu ainda não existia; diante de mim pressinto a mesma noite infinita na qual a morte pode, repentinamente tragar-me. Agora vivo e posso, eu sei que posso, fechar voluntariamente os olhos para uma existência cheia de misérias; mas sei que abrindo-os para olhar em redor de mim, posso escolher o melhor e o que é mais belo. Assim, digam o que quiserem as vozes, sejam quais forem as seduções que me atraem, forçado que esteja à obra que tenha começado e arrastado pela vida que me rodeia; eu me detenho, examino e reflito".
Eis o que eu tinha de lembrar aos meus semelhantes antes de passar para o infinito...
Léon Tolstoi
Publicado por Caibar Schutel na Revista Internacional de Espiritismo de 15 de abril de 1936
Eu não poderia me deter nem contemporizar mais. É inútil vacilar e pensar mais sobre o que tenho que dizer. A vida não espera. Minha existência declina e de repente posso desaparecer. Se me é dado ainda prestar alguns serviços aos homens, se posso fazer-me perdoar os meus pecados, minha vida ociosa e material, não será senão fazendo saber aos homens meus irmãos o que me foi dado compreender mais claramente que eles; o que me tortura e martiriza o coração há muitos anos.
Todos os homens sabem, como eu, que nossa vida não é o que deveria ser e que nos fazemos mutuamente desgraçados.
Sabemos que para ser felizes e fazer ditosos os outros, é preciso amar o nosso próximo como a nós mesmos; se nos é impossível fazer ao nosso semelhante o que quiséramos que ele nos fizesse, pelo menos não lhe façamos o que não queremos que ele não nos faça.
É isto que ensinam as religiões de todos os povos; é o que mandam que façamos, a nossa razão e a nossa consciência.
A morte do invólucro corporal que nos ameaça a cada instante, recorda-nos o caráter efêmero dos nossos atos; assim, a única coisa que podemos fazer e que pode levar-nos à felicidade e à serenidade, é obedecer a cada instante o que nos ordenam a nossa razão e consciência, se não crermos na revelação ou no ensino do Cristo.
Em outros termos: se não podemos fazer ao nosso próximo o que quiséramos que ele nos fizesse, ao menos não lhe façamos o que não desejamos para nós.
Embora todos conheçamos há muito tempo esta verdade, em vez de realizá-la, os homens se matam, roubam, violentam. E assim, em vez de viverem na alegria, na tranqüilidade, no amor, sofrem, penam e não sentem senão ódio e medo uns dos outros. Por toda a parte, em toda a superfície da Terra, os homens tratam de dissimular sua vida insensata, esquecerem-se de si mesmos, sofrear seu sofrimento, sem poderem conseguir; o número dos desgraçados que perdem a razão e se suicidam aumenta todos os anos, porque é superior às suas forças suportar uma vida contrária à natureza humana.
Mas, dir-se-á, talvez, é necessário que a vida seja assim; é necessária a existência dos imperadores, dos reis, dos governos, dos parlamentos que mandam milhões de homens, providos de fuzis e de canhões, atirarem-se uns sobre os outros; necessárias as fábricas e os estabelecimentos que produzem objetos inúteis e prejudiciais, e onde milhões de homens, mulheres e crianças são transformadas em máquinas, sofrendo 10,12 e 15 horas por dia; necessário o despovoamento crescente das cidades e a invasão das mesmas com asilos noturnos, seus refúgios de crianças, seus hospitais; necessário o aprisionamento de milhares de homens.
Acaso é necessário que a doutrina do Cristo, que ensina a concórdia, o perdão das ofensas, o amor ao próximo, ao inimigo; seja inculcada aos homens por sacerdotes de várias e numerosas seitas em luta contínua, e sob fórmulas de fábulas estúpidas e imorais sobre a criação do mundo e do homem, sobre seu castigo e sua redenção pelo Cristo, e sobre tal ou qual rito, tal ou qual sacramento? Talvez, semelhante estado de coisas seja natural ao homem, como é natural às formigas e às abelhas viverem em seus formigueiros e em suas colmeias em contínua luta e sem outro ideal. Assim, de fato, é que dizem muitos.
Mas o coração humano não quer crer. Sempre se sobrelevou contra a vida mentirosa e tem sempre convidado aos homens a se deixarem levar pela razão e pela consciência; e nos nossos dias faz tal chamamento mais urgente do que nunca.
Já sabemos demasiadamente que nossa vida não abarca séculos, milhares de anos, uma eternidade, e entretanto, nos achamos na Terra vivendo, pensando, amando, gozando a vida...
E agora podemos passar estes setenta anos - se chegarmos a tal idade, porque podemos não viver senão alguns dias, algumas horas - no desgosto, no ódio, ou na alegria e no amor; podemos viver com a consciência de estar fazendo o mal, ou bem, de realizar, ainda imperfeitamente, o que podemos crer que seja nosso dever.
" - Andai preparados, andai preparados, andai preparados" - dizia, aos homens, João Batista.
" - Andai preparados" - dizia o Cristo.
" - Andai preparados" - diz a voz de Deus, tanto como a voz da consciência e da razão.
Entretanto, distingamos as nossas ocupações, cada um dos nossos prazeres, e perguntemos a nós mesmos: fazemos o que devemos, ou gastamos inutilmente nossa vida, (...)
Bem sei que basta uma vista de olhos, como um cavalo que faz voltear uma roda; nos parece impossível deter-nos para refletir um instante, dizendo:
"Nada de tantas reflexões; atos sim".
E outros afirmam:
"Não é preciso, cada um pensar em si mesmo, em nossos desejos, quando a obra, a cujo serviço nos achamos, é a nossa família, a arte, a ciência, a sociedade, tudo pelo interesse geral".
Outros garantem:
"Tudo está pensado e experimentado há muito tempo e ninguém encontrou algo melhor; sigamos, pois, nossa vida e nada mais".
Outros, enfim, pretendem:
"Refletir ou não refletir, tudo é a mesma coisa; vive-se e depois se morre; o melhor é, pois, viver para o prazer. Quando se quer refletir, vê-se que a vida é pior do que a morte e atenta-se sobre os seus próprios dias. Assim, basta de reflexões, vivamos como pudermos".
Não ouçais essas vozes; para todos aqueles raciocínios, responderei simplesmente:
"Atrás de mim vejo a eternidade, tempo em que eu ainda não existia; diante de mim pressinto a mesma noite infinita na qual a morte pode, repentinamente tragar-me. Agora vivo e posso, eu sei que posso, fechar voluntariamente os olhos para uma existência cheia de misérias; mas sei que abrindo-os para olhar em redor de mim, posso escolher o melhor e o que é mais belo. Assim, digam o que quiserem as vozes, sejam quais forem as seduções que me atraem, forçado que esteja à obra que tenha começado e arrastado pela vida que me rodeia; eu me detenho, examino e reflito".
Eis o que eu tinha de lembrar aos meus semelhantes antes de passar para o infinito...
Léon Tolstoi
20 novembro 2010
O PERÍSPIRITO E A FORÇA PLÁSTICA DIRETORA
Carlos Bernardo Loureiro
A revelação espírita do perispírito causou uma verdadeira revolução entre os espiritualistas que acreditavam ser a alma integralmente imaterial, bem como entre os fisiologistas, que não contavam com sua existência. "É preciso admitir" - acrescenta Gabriel Delanne - "que, persistindo o perispírito depois da morte, se torna demonstrável que preexista ao nascimento".
Essa interpretação dos fatos explica, logicamente, como a ordem e a harmonia se mantém na formidável confusão de fenômenos que constitui um ser vivo. Diria, ainda, Delanne:
"Se realmente existe no homem um segundo corpo, que é o modelo indefectível pelo qual se ordena a matéria carnal, compreende-se que, apesar do turbilhão de matéria que passa em nós, se mantenha o tipo individual, em meio às incessantes mutações, resultante da desagregação e da reconstituição de todas as partes do corpo".
De fato. O perispírito é o regulador das funções, o artífice que vela pela manutenção do edifício biológico, porque essa tarefa não pode, absolutamente, depender das atividades cegas da matéria.
E acrescenta Delanne:
"Existe, evidentemente, um plano que se conserva, e exige uma força plástica diretora, a qual não pode ter por causa acidentes fortuitos. Como supor uma continuidade de esforços, seguindo a mesma direção, num conjunto cujas partes mudam perfeitamente? Se nesse turbilhão, algo resta estável, esse algo é o Perispírito. Quando melhor conhecermos, noções novas, preciosíssimas, resultarão para a Fisiologia e para a Medicina".
Claude Bernard, na "Introdução ao Estudo da Medicina Experimental", afirma: "se fosse preciso definir a vida, eu diria: a vida é criação!... O que caracteriza a máquina viva não é a natureza de suas propriedades físico-químicas, é a criação dessa máquina junto de uma idéia definida..."
"Esse agrupamento se faz em virtude de leis que regem as propriedades físico-químicas da matéria; mas o que é essencialmente do domínio da vida, o que não pertence nem à Física, nem à Química, é a idéia geratriz dessa evolução vital".
"Há um como desenho vital que traça o plano de cada ser, de cada órgão, de sorte que, considerado isoladamente, cada fenômeno do organismo é tributário das forças gerais da Natureza; tomadas em sua sucessão e em seu conjunto, parecem revelar um liame especial; dir-se-iam dirigidos por alguma condição invisível, na rota que seguem, na ordem que os encadeia".
Afirma, a propósito, Leon Denis em "No Invisível":
"Tudo na Natureza é alternativa e ritmo. Do mesmo modo que o dia sucede à noite e o verão ao inverno, a vida livre da alma sucede à estância na posição corpórea. Mas a alma se desprende também durante o sono; reintegra-se em sua consciência amplificada, nessa consciência por ela edificada lentamente através da sucessão dos tempos; entra na posse de si mesma, examina-a, torna-se objeto de admiração para ela própria. Seu olhar mergulha nos recessos obscuros de seu passado, e aí vai surpreender todas as aquisições mentais, todas as riquezas acumuladas no curso de sua evolução, e que a reencarnação havia amortalhado. E que o cérebro concreto era impotente para exprimir, seu cérebro fluídico o patenteia, o irradia com tanto mais intensidade quão mais completo é o desprendimento".
Em seguida, o filósofo de Tours oferece à reflexão uma série de casos que provam a evasão da alma da prisão carnal, da qual se liberta, definitivamente, pela morte...
Alfred Erny, contemporâneo e companheiro de pesquisas de Eugênio Nus, William Crookes e Alfred Russel Wallace, em seu filho "O Psiquismo Experimental", dedica o Capítulo I, da Segunda Parte, ao estudo do Corpo Psíquico, "que é indispensável para que se compreendam os fenômenos psíquicos de caráter mais elevado e mais raro".
"Os espíritos" - acrescenta Alfred Erny - "Chamam a esse corpo, Perispírito". O ilustre pesquisador, embora não refute o vocábulo Kardequiano, considera a expressão "corpo psíquico" mais apropriada.
Afirma, ainda, linhas a seguir, que os sábios e os cépticos duvidam da existência desse corpo, porque não o vêem.
Por sua vez, J. Herculano Pires, em "Curso Dinâmico de Espiritismo", elucida:
"O Perispírito, corpo espiritual ou corpo bioplasmático possui, em sua estrutura extremamente dinâmica, os centros da força que organizam o corpo material (2). É o modelo energético previsto com grande antecedência por Claude Bernard. Os pesquisadores russos compararam esse corpo, visto através das Câmaras Kirlian de fotografia paranormal em conjugação com telescópio eletrônico de alta potência, a um pedaço do céu intensamente estrelado. Esse é o corpo da ressurreição espiritual do homem, dotado de todos os recursos necessários para a vida após a morte. Esse corpo de plasma físico e plasma espiritual vai perdendo seus elementos materiais na vida espiritual, na proporção exata da evolução do Espírito".
O Prof. Henrique Rodrigues em "A Ciência do espírito", cita o livro de Sheyla Ostande e Lyn Schroeder - "Psychic Discoveries in the Iron Curtain", sobre o qual se escreveu interessante artigo estampado na revista "Reformador" (FEB). Eis um dos seus trechos:
"As pesquisas começaram num grupo de cientistas localizados perto do centro espacial soviético no Cazaquistão, em Alma-Atá. Reuniram-se alguns biologistas, bioquímicos e biofísicos para estudar a espetacular descoberta do casal Kirlian: uma câmara de alta freqüência que, ultrapassando a barreira da matéria densa, vai mostrar a contraparte imaterial dos seres. Com equipamentos óticos conjugados à câmara Kirlian, os cientistas soviéticos tiveram, um dia, uma visão maravilhosa que até então era reservada aos videntes - O CORPO ESPIRITUAL DE UM SER VIVO!
Uma comissão de alto nível foi designada em 1968 para estudar o fenômeno e emitir parecer conclusivo. Compunha-se o grupo dos Doutores Inyushin Grischichenko, Vorohev, Shouiski e Gilbalduin. A conclusão que apresentaram não poderia ser mais objetiva e corajosa:
A descoberta de um corpo energético pelos biofísicos russos proporcionara uma confirmação independente da extensa pesquisa sobre a existência de um corpo equivalente, feita nos laboratórios Delawarr, em Oxford, Inglaterra. A pesquisa pioneira do professor George de la Warr, no campo do biomagnetismo tem sido ignorada no Ocidente, mas os russos demonstraram considerável interesse por ela e até mandaram um cientista visitar o Laboratório Delawarr há vários anos. A obra de George e Marjorie de la Warr tem vastas implicações para a compreensão da "força misteriosa que permite a percepção à distância por qualquer célula viva. (vide: "Using Sound Waves to Probe Matter", de George de la Warr, e "Biomagnetism", de G. de la Warr e Douglas Zaher, 1967.)
A revelação espírita do perispírito causou uma verdadeira revolução entre os espiritualistas que acreditavam ser a alma integralmente imaterial, bem como entre os fisiologistas, que não contavam com sua existência. "É preciso admitir" - acrescenta Gabriel Delanne - "que, persistindo o perispírito depois da morte, se torna demonstrável que preexista ao nascimento".
Essa interpretação dos fatos explica, logicamente, como a ordem e a harmonia se mantém na formidável confusão de fenômenos que constitui um ser vivo. Diria, ainda, Delanne:
"Se realmente existe no homem um segundo corpo, que é o modelo indefectível pelo qual se ordena a matéria carnal, compreende-se que, apesar do turbilhão de matéria que passa em nós, se mantenha o tipo individual, em meio às incessantes mutações, resultante da desagregação e da reconstituição de todas as partes do corpo".
De fato. O perispírito é o regulador das funções, o artífice que vela pela manutenção do edifício biológico, porque essa tarefa não pode, absolutamente, depender das atividades cegas da matéria.
E acrescenta Delanne:
"Existe, evidentemente, um plano que se conserva, e exige uma força plástica diretora, a qual não pode ter por causa acidentes fortuitos. Como supor uma continuidade de esforços, seguindo a mesma direção, num conjunto cujas partes mudam perfeitamente? Se nesse turbilhão, algo resta estável, esse algo é o Perispírito. Quando melhor conhecermos, noções novas, preciosíssimas, resultarão para a Fisiologia e para a Medicina".
Claude Bernard, na "Introdução ao Estudo da Medicina Experimental", afirma: "se fosse preciso definir a vida, eu diria: a vida é criação!... O que caracteriza a máquina viva não é a natureza de suas propriedades físico-químicas, é a criação dessa máquina junto de uma idéia definida..."
"Esse agrupamento se faz em virtude de leis que regem as propriedades físico-químicas da matéria; mas o que é essencialmente do domínio da vida, o que não pertence nem à Física, nem à Química, é a idéia geratriz dessa evolução vital".
"Há um como desenho vital que traça o plano de cada ser, de cada órgão, de sorte que, considerado isoladamente, cada fenômeno do organismo é tributário das forças gerais da Natureza; tomadas em sua sucessão e em seu conjunto, parecem revelar um liame especial; dir-se-iam dirigidos por alguma condição invisível, na rota que seguem, na ordem que os encadeia".
Afirma, a propósito, Leon Denis em "No Invisível":
"Tudo na Natureza é alternativa e ritmo. Do mesmo modo que o dia sucede à noite e o verão ao inverno, a vida livre da alma sucede à estância na posição corpórea. Mas a alma se desprende também durante o sono; reintegra-se em sua consciência amplificada, nessa consciência por ela edificada lentamente através da sucessão dos tempos; entra na posse de si mesma, examina-a, torna-se objeto de admiração para ela própria. Seu olhar mergulha nos recessos obscuros de seu passado, e aí vai surpreender todas as aquisições mentais, todas as riquezas acumuladas no curso de sua evolução, e que a reencarnação havia amortalhado. E que o cérebro concreto era impotente para exprimir, seu cérebro fluídico o patenteia, o irradia com tanto mais intensidade quão mais completo é o desprendimento".
Em seguida, o filósofo de Tours oferece à reflexão uma série de casos que provam a evasão da alma da prisão carnal, da qual se liberta, definitivamente, pela morte...
Alfred Erny, contemporâneo e companheiro de pesquisas de Eugênio Nus, William Crookes e Alfred Russel Wallace, em seu filho "O Psiquismo Experimental", dedica o Capítulo I, da Segunda Parte, ao estudo do Corpo Psíquico, "que é indispensável para que se compreendam os fenômenos psíquicos de caráter mais elevado e mais raro".
"Os espíritos" - acrescenta Alfred Erny - "Chamam a esse corpo, Perispírito". O ilustre pesquisador, embora não refute o vocábulo Kardequiano, considera a expressão "corpo psíquico" mais apropriada.
Afirma, ainda, linhas a seguir, que os sábios e os cépticos duvidam da existência desse corpo, porque não o vêem.
Por sua vez, J. Herculano Pires, em "Curso Dinâmico de Espiritismo", elucida:
"O Perispírito, corpo espiritual ou corpo bioplasmático possui, em sua estrutura extremamente dinâmica, os centros da força que organizam o corpo material (2). É o modelo energético previsto com grande antecedência por Claude Bernard. Os pesquisadores russos compararam esse corpo, visto através das Câmaras Kirlian de fotografia paranormal em conjugação com telescópio eletrônico de alta potência, a um pedaço do céu intensamente estrelado. Esse é o corpo da ressurreição espiritual do homem, dotado de todos os recursos necessários para a vida após a morte. Esse corpo de plasma físico e plasma espiritual vai perdendo seus elementos materiais na vida espiritual, na proporção exata da evolução do Espírito".
O Prof. Henrique Rodrigues em "A Ciência do espírito", cita o livro de Sheyla Ostande e Lyn Schroeder - "Psychic Discoveries in the Iron Curtain", sobre o qual se escreveu interessante artigo estampado na revista "Reformador" (FEB). Eis um dos seus trechos:
"As pesquisas começaram num grupo de cientistas localizados perto do centro espacial soviético no Cazaquistão, em Alma-Atá. Reuniram-se alguns biologistas, bioquímicos e biofísicos para estudar a espetacular descoberta do casal Kirlian: uma câmara de alta freqüência que, ultrapassando a barreira da matéria densa, vai mostrar a contraparte imaterial dos seres. Com equipamentos óticos conjugados à câmara Kirlian, os cientistas soviéticos tiveram, um dia, uma visão maravilhosa que até então era reservada aos videntes - O CORPO ESPIRITUAL DE UM SER VIVO!
Uma comissão de alto nível foi designada em 1968 para estudar o fenômeno e emitir parecer conclusivo. Compunha-se o grupo dos Doutores Inyushin Grischichenko, Vorohev, Shouiski e Gilbalduin. A conclusão que apresentaram não poderia ser mais objetiva e corajosa:
A descoberta de um corpo energético pelos biofísicos russos proporcionara uma confirmação independente da extensa pesquisa sobre a existência de um corpo equivalente, feita nos laboratórios Delawarr, em Oxford, Inglaterra. A pesquisa pioneira do professor George de la Warr, no campo do biomagnetismo tem sido ignorada no Ocidente, mas os russos demonstraram considerável interesse por ela e até mandaram um cientista visitar o Laboratório Delawarr há vários anos. A obra de George e Marjorie de la Warr tem vastas implicações para a compreensão da "força misteriosa que permite a percepção à distância por qualquer célula viva. (vide: "Using Sound Waves to Probe Matter", de George de la Warr, e "Biomagnetism", de G. de la Warr e Douglas Zaher, 1967.)
17 novembro 2010
PERANTE A MEDIUNIDADE
Manoel Philomeno de Miranda (espírito)
A predisposição mediúnica é atributo do Espírito que o corpo reveste de células, a fim de propiciar o intercâmbio entre os seres que estagiam em áreas de vibrações diferentes, especialmente os desencarnados relacionando-se com os encarnados ou estes últimos com os seus pares.
À semelhança da inteligência que tem suas raízes no ser imortal e se expressa través dos neurônios cerebrais, apresenta-se a mediunidade sob um elenco amplo de características e tipos.
Ostensiva em alguns indivíduos prescinde das qualidades morais do seu portador, tornando o fenômeno cristalino, espontâneo, que irrompe de maneira, não raro, violenta, até que a educação necessária discipline o seu fluxo e exteriorização.
Inerente a todos os homens e mulheres, pode surgir tênue e sutil, que o exercício bem direcionado termina por ampliar-lhe a área psíquica de captação.
Seja, porém, sob qual aspecto se manifeste, objetiva a comprovação da imortalidade do ser e oferece o contributo valioso de desvendar a vida além do túmulo, propiciando a compreensão da realidade do mundo causal, assim como as implicações do seu comportamento moral em relação a si mesmo, ao próximo e à Vida.
A mediunidade, no passado, predominava na intimidade dos santuários, oferecendo preciosos parâmetros para que os seres humanos se conduzissem com equilíbrio, e, lentamente, se identificassem com o mundo soberano e triunfador da sobrevivência.
À medida, porém, que os tempos evoluíram, libertou-se da indumentária das superstições que a vestiam, passando pelo profetismo, pelas revelações, para ocupar o lugar de sentido parafísico incorporado aos sensoriais, dando surgimento ao ser transpessoal, paranormal.
Não obstante todas as conquistas do pensamento científico e filosófico com que a Doutrina Espírita a vem desvelando, permanece teimosamente ignorada por grande número de pessoas, quando não é confundida com alucinações patológicas, por determinadas áreas do preconceito acadêmico, ou fenômeno sobrenatural, capaz de realizar milagres, tornando-se mítica pela visão distorcida do fanatismo.
A mediunidade prossegue, desse modo, desafiando os interessados e estudiosos do ser humano, a fim de ocupar o lugar que merece e lhe está reservado no contexto das conquistas paranormais da atualidade.
Neutra, sob o ponto de vista ético, pode apresentar-se exuberante em indivíduos destituídos de caráter saudável e sentimentos elevados, tanto quanto sutil e quase inapercebida em pessoas ricas de valores morais e qualidades superiores da conduta.
Apresentando-se fecunda, não significa, necessariamente, que o seu portador seja Espírito nobre ou missionário com sacerdócio relevante. Da mesma maneira, ao externar-se sutilmente, não implica ser destituída de objetivo ou significado.
Em ambos os casos pode ser tida como instrumento hábil de serviço, facultando o crescimento interior do medianeiro, que a deve dignificar mediante exemplos salutares de elevação de princípios, tanto quanto de conduta assinalada pelo amor, pela solidariedade humana, pela dedicação aos postulados do Bem.
O exercício sistemático das forças físicas, o hábito edificante da oração e da meditação, o equilíbrio mental sustentado pelos bons pensamentos constituem os equipamentos valiosos para que alcance a superior finalidade para a qual é concedida ao ser humano, que a incorporará ao seu cotidiano como recurso-luz para a felicidade.
Nabocudonosor, rei da Assíria, perverso e venal, apresentava mediunidade atormentada, que o tornava obsidiado periodicamente.
Tirésias, na Grécia, era instrumento dos seres espirituais, vivendo com equidade e justiça.
Os profetas hebreus, na austeridade da conduta que se impunham, sintonizavam com o Mundo Maior, de onde recebiam inspiração e diretrizes para a sua e as épocas futuras.
Jesus, o Excelente Médium de Deus, tornou-se o exemplo máximo de como se deve conduzir todo aquele que se faz ponte entre o mundo espiritual e o físico.
Médiuns, todos o somos em ambos os planos da vida, cabendo a cada um adaptar-se à faculdade e aprimorá-la, para servir com dignidade, construindo a sociedade que realize a perfeita identidade com o mundo espiritual embora se encontre mergulhado no escafandro carnal.
A mediunidade prossegue desafiando os interessados e estudiosos do ser humano...
(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 27/08/1997, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA).
A predisposição mediúnica é atributo do Espírito que o corpo reveste de células, a fim de propiciar o intercâmbio entre os seres que estagiam em áreas de vibrações diferentes, especialmente os desencarnados relacionando-se com os encarnados ou estes últimos com os seus pares.
À semelhança da inteligência que tem suas raízes no ser imortal e se expressa través dos neurônios cerebrais, apresenta-se a mediunidade sob um elenco amplo de características e tipos.
Ostensiva em alguns indivíduos prescinde das qualidades morais do seu portador, tornando o fenômeno cristalino, espontâneo, que irrompe de maneira, não raro, violenta, até que a educação necessária discipline o seu fluxo e exteriorização.
Inerente a todos os homens e mulheres, pode surgir tênue e sutil, que o exercício bem direcionado termina por ampliar-lhe a área psíquica de captação.
Seja, porém, sob qual aspecto se manifeste, objetiva a comprovação da imortalidade do ser e oferece o contributo valioso de desvendar a vida além do túmulo, propiciando a compreensão da realidade do mundo causal, assim como as implicações do seu comportamento moral em relação a si mesmo, ao próximo e à Vida.
A mediunidade, no passado, predominava na intimidade dos santuários, oferecendo preciosos parâmetros para que os seres humanos se conduzissem com equilíbrio, e, lentamente, se identificassem com o mundo soberano e triunfador da sobrevivência.
À medida, porém, que os tempos evoluíram, libertou-se da indumentária das superstições que a vestiam, passando pelo profetismo, pelas revelações, para ocupar o lugar de sentido parafísico incorporado aos sensoriais, dando surgimento ao ser transpessoal, paranormal.
Não obstante todas as conquistas do pensamento científico e filosófico com que a Doutrina Espírita a vem desvelando, permanece teimosamente ignorada por grande número de pessoas, quando não é confundida com alucinações patológicas, por determinadas áreas do preconceito acadêmico, ou fenômeno sobrenatural, capaz de realizar milagres, tornando-se mítica pela visão distorcida do fanatismo.
A mediunidade prossegue, desse modo, desafiando os interessados e estudiosos do ser humano, a fim de ocupar o lugar que merece e lhe está reservado no contexto das conquistas paranormais da atualidade.
Neutra, sob o ponto de vista ético, pode apresentar-se exuberante em indivíduos destituídos de caráter saudável e sentimentos elevados, tanto quanto sutil e quase inapercebida em pessoas ricas de valores morais e qualidades superiores da conduta.
Apresentando-se fecunda, não significa, necessariamente, que o seu portador seja Espírito nobre ou missionário com sacerdócio relevante. Da mesma maneira, ao externar-se sutilmente, não implica ser destituída de objetivo ou significado.
Em ambos os casos pode ser tida como instrumento hábil de serviço, facultando o crescimento interior do medianeiro, que a deve dignificar mediante exemplos salutares de elevação de princípios, tanto quanto de conduta assinalada pelo amor, pela solidariedade humana, pela dedicação aos postulados do Bem.
O exercício sistemático das forças físicas, o hábito edificante da oração e da meditação, o equilíbrio mental sustentado pelos bons pensamentos constituem os equipamentos valiosos para que alcance a superior finalidade para a qual é concedida ao ser humano, que a incorporará ao seu cotidiano como recurso-luz para a felicidade.
Nabocudonosor, rei da Assíria, perverso e venal, apresentava mediunidade atormentada, que o tornava obsidiado periodicamente.
Tirésias, na Grécia, era instrumento dos seres espirituais, vivendo com equidade e justiça.
Os profetas hebreus, na austeridade da conduta que se impunham, sintonizavam com o Mundo Maior, de onde recebiam inspiração e diretrizes para a sua e as épocas futuras.
Jesus, o Excelente Médium de Deus, tornou-se o exemplo máximo de como se deve conduzir todo aquele que se faz ponte entre o mundo espiritual e o físico.
Médiuns, todos o somos em ambos os planos da vida, cabendo a cada um adaptar-se à faculdade e aprimorá-la, para servir com dignidade, construindo a sociedade que realize a perfeita identidade com o mundo espiritual embora se encontre mergulhado no escafandro carnal.
A mediunidade prossegue desafiando os interessados e estudiosos do ser humano...
(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 27/08/1997, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA).
13 novembro 2010
A SUAVE MAGIA DO NATAL
Joanna de Ângelis (espírito)
No turbilhão dos conflitos, quando Israel havia perdido a própria identidade sob o jugo impiedoso do conquistador romano implacável, as expectativas de paz e as necessidades de equilíbrio espiritual de todo o povo eram superlativas.
À semelhança do que havia ocorrido várias vezes, no passado, quando sob o talante cruel das Nações que o escravizaram por largos períodos de miséria e aflição, o país esperava, como outrora, a libertação que lhe permitisse encontrar o rumo para a felicidade dos seus filhos.
As paixões inferiores, no entanto, governavam as mentes e os corações que se sentiam asfixiados pelo bafio dos interesses inconfessáveis, transformando as criaturas em servas da situação infeliz, assim tornando muito difícil que se cumprissem as Escrituras...
Anteriormente, no ano 444 a.C., quando Esdras, doutor judeu, foi libertado da escravidão na Babilônia, com mais 1.775 companheiros, por Artaxerxes Longímano, e retornou a Jerusalém, restabeleceu o culto a Jeová, restaurou a nacionalidade judaica e trabalhou pela reconstrução das muralhas da cidade. Reuniu todos os livros de Moisés, examinou-os detidamente e estabeleceu o Cânone das Escrituras, realizando atividades dignificadoras, que deveriam servir de modelo para sempre...
Nos dias da dominação romana, porém, as paisagens morais eram sombrias, em razão da corrupção que se tornara uma doença incurável, levando as criaturas a situações morais deploráveis.
De um lado, as ambições desmedidas de muitos, e de outro, o fanatismo religioso ímpar, geravam comportamentos agressivos e infelizes, que produziam calamitosas situações nas criaturas desequipadas de valores éticos para se libertarem da canga da escravidão.
Tornando-se insuportável a luta de bastidores e públicas entre os dominadores políticos e os pseudo-espirituais do Templo, o povo sofria o abandono e a perseguição inclemente dos esbirros de ambos os lados, que os afligiam impiedosamente.
Nessa paisagem moral de sofrimentos nasceu Jesus, sinalizando a Era da Esperança para os sofredores de todo jaez e para a transformação moral dos triunfadores de mentira, que sempre se arvoraram em condutores do mundo.
A singeleza do Seu berço, na noite estrelada e silenciosa, foi acompanhada por uma suave melodia de amor, que se espraiaria desde então por toda a Terra, e jamais desapareceria dos ouvidos do mundo.
Vivendo a sublime experiência do amor, Jesus desenhou nos painéis espirituais da Humanidade a incomparável diretriz de segurança para a felicidade, ensinando que somente através dos sentimentos de misericórdia, de bondade e de abnegação, a criatura atinge a meta para a qual se encontra na Terra.
A Sua mensagem, toda tecida de sabedoria, ternura e paz, tornou-se o clímax das conquistas do pensamento histórico, que um dia esplenderá soberana entre os seres humanos.
Desse modo, sempre que as alucinações humanas desbordam em crimes e violências, em desmandos e destruição, paira, acima das sombras dominadoras, a claridade sublime do Seu berço, anunciando a Sua chegada à Terra, na inesquecível e suave noite do seu Natal.
Tocado por essa melodia de amor, deixa-te dominar pelos sentimentos de fraternidade e converte os teus sentimentos em harpa delicada, espalhando a mensagem de solidariedade a todos os irmãos que se encontram pelo caminho, aguardando uma migalha que seja de misericórdia e de carinho.
Homenageando-O, torna-te Seu instrumento, e amplia os horizontes do Bem, que Ele iniciara naquela noite inesquecível de Natal.
Fonte: Jornal Mundo Espírita
No turbilhão dos conflitos, quando Israel havia perdido a própria identidade sob o jugo impiedoso do conquistador romano implacável, as expectativas de paz e as necessidades de equilíbrio espiritual de todo o povo eram superlativas.
À semelhança do que havia ocorrido várias vezes, no passado, quando sob o talante cruel das Nações que o escravizaram por largos períodos de miséria e aflição, o país esperava, como outrora, a libertação que lhe permitisse encontrar o rumo para a felicidade dos seus filhos.
As paixões inferiores, no entanto, governavam as mentes e os corações que se sentiam asfixiados pelo bafio dos interesses inconfessáveis, transformando as criaturas em servas da situação infeliz, assim tornando muito difícil que se cumprissem as Escrituras...
Anteriormente, no ano 444 a.C., quando Esdras, doutor judeu, foi libertado da escravidão na Babilônia, com mais 1.775 companheiros, por Artaxerxes Longímano, e retornou a Jerusalém, restabeleceu o culto a Jeová, restaurou a nacionalidade judaica e trabalhou pela reconstrução das muralhas da cidade. Reuniu todos os livros de Moisés, examinou-os detidamente e estabeleceu o Cânone das Escrituras, realizando atividades dignificadoras, que deveriam servir de modelo para sempre...
Nos dias da dominação romana, porém, as paisagens morais eram sombrias, em razão da corrupção que se tornara uma doença incurável, levando as criaturas a situações morais deploráveis.
De um lado, as ambições desmedidas de muitos, e de outro, o fanatismo religioso ímpar, geravam comportamentos agressivos e infelizes, que produziam calamitosas situações nas criaturas desequipadas de valores éticos para se libertarem da canga da escravidão.
Tornando-se insuportável a luta de bastidores e públicas entre os dominadores políticos e os pseudo-espirituais do Templo, o povo sofria o abandono e a perseguição inclemente dos esbirros de ambos os lados, que os afligiam impiedosamente.
Nessa paisagem moral de sofrimentos nasceu Jesus, sinalizando a Era da Esperança para os sofredores de todo jaez e para a transformação moral dos triunfadores de mentira, que sempre se arvoraram em condutores do mundo.
A singeleza do Seu berço, na noite estrelada e silenciosa, foi acompanhada por uma suave melodia de amor, que se espraiaria desde então por toda a Terra, e jamais desapareceria dos ouvidos do mundo.
Vivendo a sublime experiência do amor, Jesus desenhou nos painéis espirituais da Humanidade a incomparável diretriz de segurança para a felicidade, ensinando que somente através dos sentimentos de misericórdia, de bondade e de abnegação, a criatura atinge a meta para a qual se encontra na Terra.
A Sua mensagem, toda tecida de sabedoria, ternura e paz, tornou-se o clímax das conquistas do pensamento histórico, que um dia esplenderá soberana entre os seres humanos.
Desse modo, sempre que as alucinações humanas desbordam em crimes e violências, em desmandos e destruição, paira, acima das sombras dominadoras, a claridade sublime do Seu berço, anunciando a Sua chegada à Terra, na inesquecível e suave noite do seu Natal.
Tocado por essa melodia de amor, deixa-te dominar pelos sentimentos de fraternidade e converte os teus sentimentos em harpa delicada, espalhando a mensagem de solidariedade a todos os irmãos que se encontram pelo caminho, aguardando uma migalha que seja de misericórdia e de carinho.
Homenageando-O, torna-te Seu instrumento, e amplia os horizontes do Bem, que Ele iniciara naquela noite inesquecível de Natal.
Fonte: Jornal Mundo Espírita
10 novembro 2010
EVOLUÇÃO NO TEMPO
"Através do nascimento e morte da forma, o princípio inteligente sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta, razão pela qual variados elos da evolução fogem à pesquisa dos naturalistas, por representarem estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal propriamente dito." - André Luiz
PRIMÓRDIOS DA VIDA - Procurando fixar idéias seguras acerca do corpo espiritual, será preciso remontarmos, de algum modo, aos primórdios da vida na Terra, quando mal cessavam as convulsões telúricas, pelas quais os Ministros Angélicos da Sabedoria Divina, com a supervisão do Cristo de Deus, lançaram os fundamentos da vida no corpo ciclópico do Planeta.
A matéria elementar, de que o elétron é um dos corpúsculos-base*, na faixa de experiência evolutiva sob nossa análise, acumulada sobre si mesma, ao sopro criador da Eterna Inteligência, dera nascimento à província terrestre, no Estado Solar a que pertencemos, cujos fenômenos de formação original não conseguimos por agora abordar em sua mais íntima estrutura.
A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.
Dessa geléia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se derivaria a exist6encia organizada no Globo constituído.
Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...
NASCIMENTO DO REINO VEGETAL - Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por centros microscópicos de força positiva, estimulando a divisão cariocinética.
Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.
Milênios e milênios chegam e passam...
FORMAÇÃO DAS ALGAS - Sustentado pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora na clorofila, que revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo as constituição do sangue de que se alimentará no reino animal.
O tempo age sem pressa, em vagarosa movimentação no berço da Humanidade, e aparecem as algas nadadoras, quase invisíveis, com as suas caudas flexuosas, circulando no corpo das águas, vestidas em membranas celulósicas, e mantendo-se à custa de resíduos minerais, dotados de extrema motilidade e sensibilidade, como formas monocelulares em que a mônada já evoluída se ergue a estágio superior.
Todavia, são plantas ainda e que até hoje persistem na Terra, como filtros de evolução primária dos princípios inteligentes em constante expansão, mas plantas superevolvidas nos domínios da sensação e do instinto embrionário, guardando o magnésio da clorofila como atestado da espécie.
Sucedendo-as, por ordem, emergem as algas verdes de feição pluricelular, com novo núcleo a salientar-se, inaugurando a reprodução sexuada e estabelecendo vigorosos embates nos quais a morte comparece, na esfera da luta, provocando metamorfoses contínuas, que perdurarão, no decurso das eras, em dinamismo profundo, mantendo a edificação das formas do porvir.
DOS ANTRÓPODOS AOS DROMATÉRIOS E ANFITÉRIOS - Mais tarde, assinalamos o ingresso da mônada, a que nos referimos, nos domínios dos artrópodos, de axosqueleto quitinoso, cujo sangue diferenciado acusa um átomo de cobre em sua estrutura molecular, para, em seguida, surpreendê-la, guindada à condição de crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, em cujo sangue - condensação das forças que alimentam o veículo da inteligência no império da alma - detêm a hemoglobina por pigmento básico, demonstrando o parentesco inalienável das individuações do espírito, nas mutações da forma que atende ao progresso incessante da Criação Divina.
Das cristalizações atômicas e dos minerais, dos vírus e do protoplasma. das bactérias e das amebas, das algas e dos vegetais do período pré-câmbrico aos fetos e às licopodiáceas, aos trilobites e cistídeos, aos cefalópodes, foraminíferos e radiolários dos terrenos silurianos, o princípio espiritual atingiu os espongiários e celenterados da era paleozóica, esboçando a estrutura esquelética.
Avançando pelos equinodermos e crustáceos, entre os quais ensaiou, durante milênios, os sistema vascular e o sistema nervoso, caminhou na direção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes lacertinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos, procedentes dos répteis teromorfos.
Viajando sempre, adquire entre os dromatérios e anfitérios os rudimentos das reações psicológicas superiores, incorporando as conquistas do instinto e da inteligência.
FAIXAS INAUGURAIS DA RAZÃO - Estagiando nos marsupiais e cetáceos do eoceno médio, nos rinocerotídeos, cervídeos, antilopídeos, equídeos, canídeos, proboscídeos e antropóides inferiores do mioceno e exteriorizando-se nos mamíferos mais nobres do plioceno, incorpora aquisições de importância entre os megatérios e mamutes, precursores da fauna atual da Terra, e, alcançando os pitecantropóides da era quaternária, que antecederam as embrionárias civilizações paleolíticas, a mônada vertida do Plano espiritual sobre o Plano Físico* atravessou os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da memória, do instinto, sa sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão.
ELOS DESCONHECIDOS DA EVOLUÇÃO - Compreende-se, porém, que o princípio divino aportou na Terra, emanando da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquétipo a que se destina, qual a bolota de carvalho encerrando em si a árvore veneranda que será de futuro, não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerado, porquanto através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta, razão pela qual variados elos da evolução fogem à pesquisa dos naturalistas, por representarem estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal propriamente dito, nas regiões extrafísicas, em que essa mesma inconsciência incompleta prossegue elaborando o seu veículo sutil, então classificado como protoforma humana, correspondente ao grau evolutivo em que se encontra.
EVOLUÇÃO NO TEMPO - É assim que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em que a inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior, tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, segundo o molde mental que traz consigo, dentro das leis de ação, reação e renovação em que mecaniza as próprias aquisições, desde o estímulo nervoso à defensiva imunológica, construindo o centro coronário, no próprio cérebro, através da reflexão automática de sensações e impressões, em milhões e milhões de anos, pelo qual, com o Auxílio das Potências Sublimes, que lhe orientam a marcha, configura os demais centros energéticos do mundo íntimo, fixando-os na tessitura da própria alma.
Contudo, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização elementar do silex denuncia algum primor de técnica, nada menos que um bilhão e meio de anos. Isso é perfeitamente verificável na desintegração natural de certos elementos radioativos na massa geológica do Globo. E entendendo-se que a Civilização aludida floresceu há mais ou menos duzentos mil anos, preparando o homem, com a bênção do Cristo, para a responsabilidade, somos induzidos a reconhecer o caráter recente dos conhecimentos psicológicos, destinados a automatizar na constituição fisiopsicossomática do espírito humano as aquisições morais que lhe habilitarão a consciência terrestre a mais amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica.
* (Na Esfera Espiritual, em que estagiamos, o elétron é também partícula atômica dissociável. - Nota de André Luiz)
* As expressões "Plano Físico" e "Plano Extrafísico", largamente usadas nestas páginas, foram utilizadas por nós, à falta de termos mais preciosos que designem as esferas de evolução para os Espíritos encarnados e desencarnados, pertencentes ao "habitat" planetário. - Nota de André Luiz.
PRIMÓRDIOS DA VIDA - Procurando fixar idéias seguras acerca do corpo espiritual, será preciso remontarmos, de algum modo, aos primórdios da vida na Terra, quando mal cessavam as convulsões telúricas, pelas quais os Ministros Angélicos da Sabedoria Divina, com a supervisão do Cristo de Deus, lançaram os fundamentos da vida no corpo ciclópico do Planeta.
A matéria elementar, de que o elétron é um dos corpúsculos-base*, na faixa de experiência evolutiva sob nossa análise, acumulada sobre si mesma, ao sopro criador da Eterna Inteligência, dera nascimento à província terrestre, no Estado Solar a que pertencemos, cujos fenômenos de formação original não conseguimos por agora abordar em sua mais íntima estrutura.
A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.
Dessa geléia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se derivaria a exist6encia organizada no Globo constituído.
Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...
NASCIMENTO DO REINO VEGETAL - Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por centros microscópicos de força positiva, estimulando a divisão cariocinética.
Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.
Milênios e milênios chegam e passam...
FORMAÇÃO DAS ALGAS - Sustentado pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora na clorofila, que revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo as constituição do sangue de que se alimentará no reino animal.
O tempo age sem pressa, em vagarosa movimentação no berço da Humanidade, e aparecem as algas nadadoras, quase invisíveis, com as suas caudas flexuosas, circulando no corpo das águas, vestidas em membranas celulósicas, e mantendo-se à custa de resíduos minerais, dotados de extrema motilidade e sensibilidade, como formas monocelulares em que a mônada já evoluída se ergue a estágio superior.
Todavia, são plantas ainda e que até hoje persistem na Terra, como filtros de evolução primária dos princípios inteligentes em constante expansão, mas plantas superevolvidas nos domínios da sensação e do instinto embrionário, guardando o magnésio da clorofila como atestado da espécie.
Sucedendo-as, por ordem, emergem as algas verdes de feição pluricelular, com novo núcleo a salientar-se, inaugurando a reprodução sexuada e estabelecendo vigorosos embates nos quais a morte comparece, na esfera da luta, provocando metamorfoses contínuas, que perdurarão, no decurso das eras, em dinamismo profundo, mantendo a edificação das formas do porvir.
DOS ANTRÓPODOS AOS DROMATÉRIOS E ANFITÉRIOS - Mais tarde, assinalamos o ingresso da mônada, a que nos referimos, nos domínios dos artrópodos, de axosqueleto quitinoso, cujo sangue diferenciado acusa um átomo de cobre em sua estrutura molecular, para, em seguida, surpreendê-la, guindada à condição de crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, em cujo sangue - condensação das forças que alimentam o veículo da inteligência no império da alma - detêm a hemoglobina por pigmento básico, demonstrando o parentesco inalienável das individuações do espírito, nas mutações da forma que atende ao progresso incessante da Criação Divina.
Das cristalizações atômicas e dos minerais, dos vírus e do protoplasma. das bactérias e das amebas, das algas e dos vegetais do período pré-câmbrico aos fetos e às licopodiáceas, aos trilobites e cistídeos, aos cefalópodes, foraminíferos e radiolários dos terrenos silurianos, o princípio espiritual atingiu os espongiários e celenterados da era paleozóica, esboçando a estrutura esquelética.
Avançando pelos equinodermos e crustáceos, entre os quais ensaiou, durante milênios, os sistema vascular e o sistema nervoso, caminhou na direção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes lacertinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos, procedentes dos répteis teromorfos.
Viajando sempre, adquire entre os dromatérios e anfitérios os rudimentos das reações psicológicas superiores, incorporando as conquistas do instinto e da inteligência.
FAIXAS INAUGURAIS DA RAZÃO - Estagiando nos marsupiais e cetáceos do eoceno médio, nos rinocerotídeos, cervídeos, antilopídeos, equídeos, canídeos, proboscídeos e antropóides inferiores do mioceno e exteriorizando-se nos mamíferos mais nobres do plioceno, incorpora aquisições de importância entre os megatérios e mamutes, precursores da fauna atual da Terra, e, alcançando os pitecantropóides da era quaternária, que antecederam as embrionárias civilizações paleolíticas, a mônada vertida do Plano espiritual sobre o Plano Físico* atravessou os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da memória, do instinto, sa sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão.
ELOS DESCONHECIDOS DA EVOLUÇÃO - Compreende-se, porém, que o princípio divino aportou na Terra, emanando da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquétipo a que se destina, qual a bolota de carvalho encerrando em si a árvore veneranda que será de futuro, não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerado, porquanto através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta, razão pela qual variados elos da evolução fogem à pesquisa dos naturalistas, por representarem estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal propriamente dito, nas regiões extrafísicas, em que essa mesma inconsciência incompleta prossegue elaborando o seu veículo sutil, então classificado como protoforma humana, correspondente ao grau evolutivo em que se encontra.
EVOLUÇÃO NO TEMPO - É assim que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em que a inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior, tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, segundo o molde mental que traz consigo, dentro das leis de ação, reação e renovação em que mecaniza as próprias aquisições, desde o estímulo nervoso à defensiva imunológica, construindo o centro coronário, no próprio cérebro, através da reflexão automática de sensações e impressões, em milhões e milhões de anos, pelo qual, com o Auxílio das Potências Sublimes, que lhe orientam a marcha, configura os demais centros energéticos do mundo íntimo, fixando-os na tessitura da própria alma.
Contudo, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização elementar do silex denuncia algum primor de técnica, nada menos que um bilhão e meio de anos. Isso é perfeitamente verificável na desintegração natural de certos elementos radioativos na massa geológica do Globo. E entendendo-se que a Civilização aludida floresceu há mais ou menos duzentos mil anos, preparando o homem, com a bênção do Cristo, para a responsabilidade, somos induzidos a reconhecer o caráter recente dos conhecimentos psicológicos, destinados a automatizar na constituição fisiopsicossomática do espírito humano as aquisições morais que lhe habilitarão a consciência terrestre a mais amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica.
* (Na Esfera Espiritual, em que estagiamos, o elétron é também partícula atômica dissociável. - Nota de André Luiz)
* As expressões "Plano Físico" e "Plano Extrafísico", largamente usadas nestas páginas, foram utilizadas por nós, à falta de termos mais preciosos que designem as esferas de evolução para os Espíritos encarnados e desencarnados, pertencentes ao "habitat" planetário. - Nota de André Luiz.
07 novembro 2010
BHAGAVAD GITA , O SOM DE DEUS
TEORIA E PRÁTICA DE KARMA-YOGA
Você tem o controle sobre os feitos apenas da sua responsabilidade, mas não controle ou
reclamação sobre os resultados. Os frutos do trabalho não devem ser seu motivo, e você
nunca deverá ser inativo. (2.47)
A reta visão do mundo se desenvolve quando nós entendemos plenamente que nós
possuímos habilidade para colocar o melhor dos nossos esforços dentro de tudo; nós não
devemos escolher o resultado (da ação) do nosso trabalho. Absolutamente, nós não
temos o controle sobre todos os fatores que determinam o resultado. As coisas do mundo
não se desenrolariam se a todos tivesse sido entregue o poder de escolher os resultados
das suas ações, ou para satisfazer os seus desejos. A alguém é dado o poder e a
habilidade de fazer a sua respectiva responsabilidade na vida, mas ninguém está livre
para escolher os resultados. O trabalho sem a expectativa de sucesso, ou bons
resultados, pode ser sem sentido, mas para estar plenamente preparado para o
inesperado será uma importante posição para qualquer planejamento. Swami
Karmananda disse: “A essência do Karma-yoga é realizar o trabalho para a satisfação do
Criador; mentalmente renunciar os frutos de todas as ações; e deixe Deus tomar conta
dos resultados. Seu dever é viver – no melhor da sua habilidade – como um servo
pessoal de Deus sem qualquer recompensa para o gozo pessoal dos frutos do seu
trabalho”.
O medo do fracasso, causado por ser emocionalmente apegado aos frutos do
trabalho, é o grande impedimento para o sucesso, porque ele rouba a eficiência pelo
distúrbio constante do equilíbrio da mente. Portanto, as obrigações devem ser feitas com
desapego. O sucesso em qualquer tarefa torna-se fácil se o trabalho é feito sem a
perturbação do resultado. O trabalho é realizado mais eficientemente quando a mente
não está continuamente – consciente ou subconscientemente - perturbada pelo resultado,
bom o mal, de uma ação.
Deve-se descobrir este fato pessoalmente na vida. Uma pessoa deve trabalhar sem
o motivo egoísta, conforme a sua responsabilidade, para uma grande causa, auxiliando a
humanidade particularmente, do mesmo modo que a si mesmo, a uma criança, ou a
pouco indivíduos. Tranqüilidade e progresso espiritual resultam do serviço desapegado,
enquanto que o trabalho motivado pelo egoísmo cria o cativeiro do Karma, bem como
uma grande decepção. O serviço desapegado e dedicado por uma grande causa conduz
para a paz eterna aqui e para o futuro.
O limite da jurisdição de alguém termina com a realização da obrigação; ela jamais
cruza o jardim do fruto. Um caçador tem controle sobre a flecha apenas, nunca sobre o
veado. Harry Bhala disse: “um lavrador tem controle de seu trabalho sob suas mãos,
apesar disto ele não tem controle sobre a colheita. Mas ele não pode esperar a colheita
se não trabalhar em sua terra”.
Quando alguém não deseja por prazer ou vitória ele não é afetado pela dor ou
derrota. Questões de prazer ou sucesso, ou de dor ou fracasso não são levantadas
porque um karmayogi está sempre no caminho servil sem esperar pelo gozo dos frutos da
ação, ou mesmo as flores do trabalho. Ele ou ela descobrem o prazer do serviço. A
miopia de curto prazo, ganho pessoal, causado pela ignorância da metafísica, é a raiz de
todos os males na sociedade e no mundo. O pássaro da retidão não pode ser aprisionada
na gaiola do ganho pessoal. Dharma e egoísmo não podem permanecer juntos.
O desejo pelos frutos aprisionam alguém no beco escuro do pecado e o impede do
real crescimento. A ação realizada apenas pelo interesse próprio é pecaminosa. O bem
estar individual repousa no bem estar da sociedade. O sábio trabalha para toda a
sociedade, enquanto o ignorante trabalha apenas para si mesmo ou seus filhos e netos.
O conhecedor da verdade não permite a sombra do ganho pessoal atacar o caminho do
dever. O segredo da arte de viver uma vida significante é ser intensamente ativo sem
qualquer motivo egoísta, como declarado a baixo:
Faça as suas ações no melhor de suas habilidades, Ó Arjuna, com sua mente ligada ao
Senhor, abandonando a preocupação e o apego egoísta para os resultados,
permanecendo calmo tanto no sucesso como no fracasso. O serviço sem egoísmo traz
paz e tranqüilidade da mente, que conduz a união com Deus. (2.48)
O Karmayoga é definido como “fazer as obrigações enquanto mantêm-se a
tranqüilidade”, sob todas as circunstâncias. Dor e prazer, nascimento e morte, perda e
ganho, união e separação são inevitáveis, estando sob o controle de alguma ação
passada, ou Karma, do modo como se sucedem o dia e a noite. O tolo se regozija na
prosperidade e se aborrece na adversidade, mas um karmayogi permanece tranqüilo sob
todas as circunstâncias (TR 2.149.03-04). A palavra “yoga” pode também ser definida nos
seguintes versos do Gita: 2.50, 2.53, 6.04, 6.08, 6.19, 6.23, 6.29, 6.31, 6.32, 6.47.
Qualquer técnica prática de entendimento da Realidade Suprema, e unindo-as com Ele
(Krishna), é chamada prática espiritual ou Yoga.
O trabalho feito com motivo egoísta é inferior e está longe do serviço desapegado.
Portanto, seja um trabalhador desapegado, Ó Arjuna. Aqueles que trabalham apenas para
o gozo dos frutos dos seus trabalhos são infelizes (porque não se tem controle sobre os
resultados). (2.49)
Um Karmayogi, ou uma pessoa desapegada, torna-se livre tanto da virtude como do vício
em sua vida. Portanto, esforce-se por serviço desapegado. Trabalhar o melhor das suas
habilidades, sem apegar-se egoisticamente pelos frutos do trabalho, chama-se
Karmayoga ou Seva. (2.50)
Paz, compostura, e liberdade do cativeiro kármico aguarda aquele que trabalha por
uma nobre causa, com um espírito de desapego e que não procura qualquer recompensa
ou reconhecimento. Tais pessoas regozijam-se no serviço desapegado que no final das
contas os conduz para a bem-aventurança da salvação. Karma yoga purifica a mente e é
muito poderosa e uma fácil disciplina espiritual que alguém pode praticar enquanto vive e
trabalha na sociedade. Não há melhor religião do que o serviço desapegado. Os frutos do
vício e da virtude crescem somente na árvore do egoísmo, não na árvore do serviço
desapegado. Geralmente, aquele pensamento trabalha arduamente quando se está
profundamente interessado neles, ou apegado a eles, os frutos do trabalho. Portanto,
Karmayoga ou serviço sem egoísmo (desapegado) talvez não conduzam ao progresso
material individual ou social. Este dilema pode ser resolvido pelo desenvolvimento da
atividade do serviço desapegado por uma nobre causa de alguém escolha, jamais
permitindo que a ganância pelos frutos dilua o pureza da ação. Habilidade e experiência
no trabalho é não atar-se pela obrigações do karma de alguém ou a obrigações
mundanas.
Os Karma Yogis estão livres do cativeiro do renascimento, devido a renúncia do serviço
desapegado aos frutos de todo trabalho, alcançando um divino estado de salvação ou
Nirvana. (2.51)
Quando seu intelecto perfurar completamente o véu da confusão a respeito do Ser e do
não-Ser, então você irá tornar-se indiferente para o que foi dito e o que é para ser
escutado das escrituras. (2.52)
As escrituras tornam-se dispensáveis após o esclarecimento. De acordo com
Shankara, este verso significa alguém que teve arrancado em partes o véu da ignorância
e realizado a Verdade, tornando-se indiferente aos textos védicos que prescrevem em
detalhes a realização de rituais para o alcance dos frutos do desejo.
Quando o seu intelecto, que está confuso pelo conflito de opiniões e pela doutrina
ritualística dos Vedas, ficar firme e sólido, centrando-se no Ser Supremo, então você irá
ser iluminado e irá se unir completamente com Deus em transe. (2.53)
Você tem o controle sobre os feitos apenas da sua responsabilidade, mas não controle ou
reclamação sobre os resultados. Os frutos do trabalho não devem ser seu motivo, e você
nunca deverá ser inativo. (2.47)
A reta visão do mundo se desenvolve quando nós entendemos plenamente que nós
possuímos habilidade para colocar o melhor dos nossos esforços dentro de tudo; nós não
devemos escolher o resultado (da ação) do nosso trabalho. Absolutamente, nós não
temos o controle sobre todos os fatores que determinam o resultado. As coisas do mundo
não se desenrolariam se a todos tivesse sido entregue o poder de escolher os resultados
das suas ações, ou para satisfazer os seus desejos. A alguém é dado o poder e a
habilidade de fazer a sua respectiva responsabilidade na vida, mas ninguém está livre
para escolher os resultados. O trabalho sem a expectativa de sucesso, ou bons
resultados, pode ser sem sentido, mas para estar plenamente preparado para o
inesperado será uma importante posição para qualquer planejamento. Swami
Karmananda disse: “A essência do Karma-yoga é realizar o trabalho para a satisfação do
Criador; mentalmente renunciar os frutos de todas as ações; e deixe Deus tomar conta
dos resultados. Seu dever é viver – no melhor da sua habilidade – como um servo
pessoal de Deus sem qualquer recompensa para o gozo pessoal dos frutos do seu
trabalho”.
O medo do fracasso, causado por ser emocionalmente apegado aos frutos do
trabalho, é o grande impedimento para o sucesso, porque ele rouba a eficiência pelo
distúrbio constante do equilíbrio da mente. Portanto, as obrigações devem ser feitas com
desapego. O sucesso em qualquer tarefa torna-se fácil se o trabalho é feito sem a
perturbação do resultado. O trabalho é realizado mais eficientemente quando a mente
não está continuamente – consciente ou subconscientemente - perturbada pelo resultado,
bom o mal, de uma ação.
Deve-se descobrir este fato pessoalmente na vida. Uma pessoa deve trabalhar sem
o motivo egoísta, conforme a sua responsabilidade, para uma grande causa, auxiliando a
humanidade particularmente, do mesmo modo que a si mesmo, a uma criança, ou a
pouco indivíduos. Tranqüilidade e progresso espiritual resultam do serviço desapegado,
enquanto que o trabalho motivado pelo egoísmo cria o cativeiro do Karma, bem como
uma grande decepção. O serviço desapegado e dedicado por uma grande causa conduz
para a paz eterna aqui e para o futuro.
O limite da jurisdição de alguém termina com a realização da obrigação; ela jamais
cruza o jardim do fruto. Um caçador tem controle sobre a flecha apenas, nunca sobre o
veado. Harry Bhala disse: “um lavrador tem controle de seu trabalho sob suas mãos,
apesar disto ele não tem controle sobre a colheita. Mas ele não pode esperar a colheita
se não trabalhar em sua terra”.
Quando alguém não deseja por prazer ou vitória ele não é afetado pela dor ou
derrota. Questões de prazer ou sucesso, ou de dor ou fracasso não são levantadas
porque um karmayogi está sempre no caminho servil sem esperar pelo gozo dos frutos da
ação, ou mesmo as flores do trabalho. Ele ou ela descobrem o prazer do serviço. A
miopia de curto prazo, ganho pessoal, causado pela ignorância da metafísica, é a raiz de
todos os males na sociedade e no mundo. O pássaro da retidão não pode ser aprisionada
na gaiola do ganho pessoal. Dharma e egoísmo não podem permanecer juntos.
O desejo pelos frutos aprisionam alguém no beco escuro do pecado e o impede do
real crescimento. A ação realizada apenas pelo interesse próprio é pecaminosa. O bem
estar individual repousa no bem estar da sociedade. O sábio trabalha para toda a
sociedade, enquanto o ignorante trabalha apenas para si mesmo ou seus filhos e netos.
O conhecedor da verdade não permite a sombra do ganho pessoal atacar o caminho do
dever. O segredo da arte de viver uma vida significante é ser intensamente ativo sem
qualquer motivo egoísta, como declarado a baixo:
Faça as suas ações no melhor de suas habilidades, Ó Arjuna, com sua mente ligada ao
Senhor, abandonando a preocupação e o apego egoísta para os resultados,
permanecendo calmo tanto no sucesso como no fracasso. O serviço sem egoísmo traz
paz e tranqüilidade da mente, que conduz a união com Deus. (2.48)
O Karmayoga é definido como “fazer as obrigações enquanto mantêm-se a
tranqüilidade”, sob todas as circunstâncias. Dor e prazer, nascimento e morte, perda e
ganho, união e separação são inevitáveis, estando sob o controle de alguma ação
passada, ou Karma, do modo como se sucedem o dia e a noite. O tolo se regozija na
prosperidade e se aborrece na adversidade, mas um karmayogi permanece tranqüilo sob
todas as circunstâncias (TR 2.149.03-04). A palavra “yoga” pode também ser definida nos
seguintes versos do Gita: 2.50, 2.53, 6.04, 6.08, 6.19, 6.23, 6.29, 6.31, 6.32, 6.47.
Qualquer técnica prática de entendimento da Realidade Suprema, e unindo-as com Ele
(Krishna), é chamada prática espiritual ou Yoga.
O trabalho feito com motivo egoísta é inferior e está longe do serviço desapegado.
Portanto, seja um trabalhador desapegado, Ó Arjuna. Aqueles que trabalham apenas para
o gozo dos frutos dos seus trabalhos são infelizes (porque não se tem controle sobre os
resultados). (2.49)
Um Karmayogi, ou uma pessoa desapegada, torna-se livre tanto da virtude como do vício
em sua vida. Portanto, esforce-se por serviço desapegado. Trabalhar o melhor das suas
habilidades, sem apegar-se egoisticamente pelos frutos do trabalho, chama-se
Karmayoga ou Seva. (2.50)
Paz, compostura, e liberdade do cativeiro kármico aguarda aquele que trabalha por
uma nobre causa, com um espírito de desapego e que não procura qualquer recompensa
ou reconhecimento. Tais pessoas regozijam-se no serviço desapegado que no final das
contas os conduz para a bem-aventurança da salvação. Karma yoga purifica a mente e é
muito poderosa e uma fácil disciplina espiritual que alguém pode praticar enquanto vive e
trabalha na sociedade. Não há melhor religião do que o serviço desapegado. Os frutos do
vício e da virtude crescem somente na árvore do egoísmo, não na árvore do serviço
desapegado. Geralmente, aquele pensamento trabalha arduamente quando se está
profundamente interessado neles, ou apegado a eles, os frutos do trabalho. Portanto,
Karmayoga ou serviço sem egoísmo (desapegado) talvez não conduzam ao progresso
material individual ou social. Este dilema pode ser resolvido pelo desenvolvimento da
atividade do serviço desapegado por uma nobre causa de alguém escolha, jamais
permitindo que a ganância pelos frutos dilua o pureza da ação. Habilidade e experiência
no trabalho é não atar-se pela obrigações do karma de alguém ou a obrigações
mundanas.
Os Karma Yogis estão livres do cativeiro do renascimento, devido a renúncia do serviço
desapegado aos frutos de todo trabalho, alcançando um divino estado de salvação ou
Nirvana. (2.51)
Quando seu intelecto perfurar completamente o véu da confusão a respeito do Ser e do
não-Ser, então você irá tornar-se indiferente para o que foi dito e o que é para ser
escutado das escrituras. (2.52)
As escrituras tornam-se dispensáveis após o esclarecimento. De acordo com
Shankara, este verso significa alguém que teve arrancado em partes o véu da ignorância
e realizado a Verdade, tornando-se indiferente aos textos védicos que prescrevem em
detalhes a realização de rituais para o alcance dos frutos do desejo.
Quando o seu intelecto, que está confuso pelo conflito de opiniões e pela doutrina
ritualística dos Vedas, ficar firme e sólido, centrando-se no Ser Supremo, então você irá
ser iluminado e irá se unir completamente com Deus em transe. (2.53)
ALIMENTAÇÃO DOS DESENCARNADOS
Como se verifica a alimentação dos Espíritos desencarnados?
ANDRÉ LUIZ: Encarecendo a importância da respiração no sustento do corpo espiritual, basta lembrar a hematose do corpo físico, pela qual o intercâmbio gasoso se efetua com segurança, através dos alvéolos, nos quais os gazes se transferem do meio exterior para o meio interno, e vice-versa, atendendo à assimilação e desassimilação de variadas atividades químicas no campo orgânico.
O oxigênio que alcança os tecidos entra em combinação com determinados elementos, dando, em resultado, o anidrido carbônico e a água, com produção de energia destinada à manutenção das províncias somáticas.
Estudando a respiração celular, encontraremos, junto aos próprios arraiais da ciência humana, problemas somente equacionáveis com a ingerência automática do corpo espiritual nas funções de veículo físico, porque os fenômenos que lhe são conseqüentes se graduam em tantas fases diversas que o fisiologista, sem noções do Espírito, abordá-los-á sempre com a perplexidade de quem atinge o insolúvel.
Sabemos que para a subsistência do corpo físico é imprescindível a constante permuta de substâncias, com incessante transformação de energia.
Substância e energia se conjugam para fornecer ao carro fisiológico os recursos necessários ao crescimento ou à reparação do contínuo desgaste, produzindo a força indispensável à existência e os recursos reguladores do metabolismo.
O alimento comum ao corpo carnal experimenta, de início, a digestão, pela qual os elementos coloidais indifusíveis, convertendo-se ainda as matérias complexas em matérias mais simples, acessíveis à absorção, a que se sucede a circulação dos valores nutrientes, suscetíveis de aproveitamento pelos tecidos, seja em regime de aplicação imediata, seja no de reserva, destinando-se os resíduos à expulsão natural.
A ciência terrena não desconhece que o metabolismo guarda a tendência de manter-se em estabilidade constante, tanto assim que, reconhecidamente, a despesa de oxigênio e o teor de glicemia em jejum revelam quase nenhuma diferença de dia para dia.
É que o corpo espiritual, comandando o corpo físico, sana espontaneamente, quando harmonizado em suas próprias funções, todos os desequilíbrios acidentais nos processos metabólicos, presidindo as reações no campo nutritivo comum.
Não ignoramos, desse modo, que desde a experiência carnal o homem se alimenta muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como recurso complementar de fornecimento plástico e energético, para o setor das calorias necessárias à massa corpórea e à distribuição dos potenciais de força nos variados departamentos orgânicos.
Abandonando o envoltório físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevêm ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no auto-reajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular.
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do Plano Espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que adaptem aos sistemas de sustentação da Esfera Superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses quimioeletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda a criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral.
De qualquer modo, porém, o corpo espiritual, com alguma provisão de substância específica, ou simplesmente sem ela, quando já consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais, compreendendo-se, no entanto, que pela harmonia de nível, nas operações nutritivas, e pela essencialização dos elementos absorvidos, não existem para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências dos sólidos e líquidos da excreta comum.
("Evolução em Dois Mundos", 2a. Parte, cap. I,
André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, edição FEB)
ANDRÉ LUIZ: Encarecendo a importância da respiração no sustento do corpo espiritual, basta lembrar a hematose do corpo físico, pela qual o intercâmbio gasoso se efetua com segurança, através dos alvéolos, nos quais os gazes se transferem do meio exterior para o meio interno, e vice-versa, atendendo à assimilação e desassimilação de variadas atividades químicas no campo orgânico.
O oxigênio que alcança os tecidos entra em combinação com determinados elementos, dando, em resultado, o anidrido carbônico e a água, com produção de energia destinada à manutenção das províncias somáticas.
Estudando a respiração celular, encontraremos, junto aos próprios arraiais da ciência humana, problemas somente equacionáveis com a ingerência automática do corpo espiritual nas funções de veículo físico, porque os fenômenos que lhe são conseqüentes se graduam em tantas fases diversas que o fisiologista, sem noções do Espírito, abordá-los-á sempre com a perplexidade de quem atinge o insolúvel.
Sabemos que para a subsistência do corpo físico é imprescindível a constante permuta de substâncias, com incessante transformação de energia.
Substância e energia se conjugam para fornecer ao carro fisiológico os recursos necessários ao crescimento ou à reparação do contínuo desgaste, produzindo a força indispensável à existência e os recursos reguladores do metabolismo.
O alimento comum ao corpo carnal experimenta, de início, a digestão, pela qual os elementos coloidais indifusíveis, convertendo-se ainda as matérias complexas em matérias mais simples, acessíveis à absorção, a que se sucede a circulação dos valores nutrientes, suscetíveis de aproveitamento pelos tecidos, seja em regime de aplicação imediata, seja no de reserva, destinando-se os resíduos à expulsão natural.
A ciência terrena não desconhece que o metabolismo guarda a tendência de manter-se em estabilidade constante, tanto assim que, reconhecidamente, a despesa de oxigênio e o teor de glicemia em jejum revelam quase nenhuma diferença de dia para dia.
É que o corpo espiritual, comandando o corpo físico, sana espontaneamente, quando harmonizado em suas próprias funções, todos os desequilíbrios acidentais nos processos metabólicos, presidindo as reações no campo nutritivo comum.
Não ignoramos, desse modo, que desde a experiência carnal o homem se alimenta muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como recurso complementar de fornecimento plástico e energético, para o setor das calorias necessárias à massa corpórea e à distribuição dos potenciais de força nos variados departamentos orgânicos.
Abandonando o envoltório físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevêm ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no auto-reajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular.
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do Plano Espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que adaptem aos sistemas de sustentação da Esfera Superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses quimioeletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda a criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral.
De qualquer modo, porém, o corpo espiritual, com alguma provisão de substância específica, ou simplesmente sem ela, quando já consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais, compreendendo-se, no entanto, que pela harmonia de nível, nas operações nutritivas, e pela essencialização dos elementos absorvidos, não existem para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências dos sólidos e líquidos da excreta comum.
("Evolução em Dois Mundos", 2a. Parte, cap. I,
André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, edição FEB)
03 novembro 2010
ALMA E FLUIDOS
"O solo do mundo espiritual corresponde ao peso específico do Espírito."
FLUIDOS EM GERAL - Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.
Temos assim, os fluidos líquidos, elásticos ou aeriformes e os outrora chamados fluidos imponderáveis, tidos como agentes dos fenômenos luminosos, caloríficos e outros mais.
FLUIDO VIVO - No plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pela qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.
Esse fluido é o seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado.
Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória.
Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma daquela em que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética.
O solo do mundo espiritual estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência, corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza, porquanto, se o plano terrestre é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, medrar, florir e amadurecer em energia consciente, o plano espiritual é a escola em que a alma se aperfeiçoará em trabalho de frutescência antes que possa desferir mais amplos voos no rumo da Luz Eterna.
"A consciência, aprendendo a realizar complexas transubstanciações de força nas diversas linhas da Natureza, em se adaptando aos continentes da esfera extrafísica, passa a manobrar com os fenômenos de mentação e reflexão, de que o pensamento é a base fundamental."
PLASMA CRIADOR DA MENTE - É pelo fluido mental com qualidades magnéticas de indução que o progresso se faz notavelmente acelerado.
Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Industria e da Arte descem das Esferas Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-lhe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos.
Épocas imensas despendera o princípio inteligente para edificar os prodígios da sensação e do automatismo, do instinto e da inteligência rudimentar; entretanto, com a difusão do plasma criador oriundo da mente, em circuitos contínuos, consolida-se a reflexão avançada entre o Céu e a Terra, e os fluidos mentais ou pensamentos atuantes, no reino da alma, imprimem radicais transformações no veículo fisiopsicossomático, associando e desassociando civilizações numerosas para construí-las de novo, em que o homem, herdeiro da animalidade instintiva, continua, até hoje, no trabalho progressivo de sua própria elevação aos verdadeiros atributos da Humanidade.
("Evolução em Dois Mundos", André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, cap. XIII, FEB)
FLUIDOS EM GERAL - Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.
Temos assim, os fluidos líquidos, elásticos ou aeriformes e os outrora chamados fluidos imponderáveis, tidos como agentes dos fenômenos luminosos, caloríficos e outros mais.
FLUIDO VIVO - No plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pela qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.
Esse fluido é o seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado.
Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória.
Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma daquela em que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética.
O solo do mundo espiritual estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência, corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza, porquanto, se o plano terrestre é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, medrar, florir e amadurecer em energia consciente, o plano espiritual é a escola em que a alma se aperfeiçoará em trabalho de frutescência antes que possa desferir mais amplos voos no rumo da Luz Eterna.
"A consciência, aprendendo a realizar complexas transubstanciações de força nas diversas linhas da Natureza, em se adaptando aos continentes da esfera extrafísica, passa a manobrar com os fenômenos de mentação e reflexão, de que o pensamento é a base fundamental."
PLASMA CRIADOR DA MENTE - É pelo fluido mental com qualidades magnéticas de indução que o progresso se faz notavelmente acelerado.
Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Industria e da Arte descem das Esferas Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-lhe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos.
Épocas imensas despendera o princípio inteligente para edificar os prodígios da sensação e do automatismo, do instinto e da inteligência rudimentar; entretanto, com a difusão do plasma criador oriundo da mente, em circuitos contínuos, consolida-se a reflexão avançada entre o Céu e a Terra, e os fluidos mentais ou pensamentos atuantes, no reino da alma, imprimem radicais transformações no veículo fisiopsicossomático, associando e desassociando civilizações numerosas para construí-las de novo, em que o homem, herdeiro da animalidade instintiva, continua, até hoje, no trabalho progressivo de sua própria elevação aos verdadeiros atributos da Humanidade.
("Evolução em Dois Mundos", André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, cap. XIII, FEB)
28 outubro 2010
ALIMENTO ESPIRITUAL
"O instinto sexual não é apenas agente de reprodução, entre as formas superiores, mas,
acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos
que lhes são necessários ao progresso."
Há, por isso, consórcios de infinita gradação no Plano Terrestre e no Plano Espiritual, nos quais os elementos sutis de comunhão prevalecem acima das linhas morfológicas do vaso físico, por se ajustarem ao sistema psíquico, antes que às engrenagens da carne, em circuitos substanciais de energia.
Contudo, até que o Espírito consiga purificar as próprias impressões, além da ganga sensorial em que habitualmente se desregra no narcisismo obcecante, valendo-se de outros seres para satisfazer a volúpia de hipertrofiar-se psiquicamente no prazer de si mesmo, numerosas reencarnações instrutivas e reparadoras se lhe debitam no livro da vida, porque não cogita exclusivamente do próprio prazer sem lesar os outros, e toda vez que lesa alguém abre nova conta resgatável em tempo certo.
Isso ocorre porque o instinto sexual não é apenas agente de reprodução, entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso.
Os Espíritos santificados, em cuja natureza superevolvida o instinto sexual se diviniza, estão relativamente unidos aos Espíritos Glorificados, em que descobrem as representações de Deus que procuram, recolhendo de semelhante entidades as cargas magnéticas sublimadas, por eles próprios liberados no êxtase espiritual.
De outro lado, as almas primitivas comumente lhe gastam a força em excessos que lhes impõem duras lições.
Entre os espíritos santificados e as almas primitivas, milhões de criaturas conscientes, viajando da rude animalidade para a Humanidade enobrecida, em muitas ocasiões se arrojam a experiências menos dignas, privando a companheira ou o companheiro do alimento psíquico a que nos reportamos, interrompendo a comunhão sexual que lhes alentava a euforia, e, se as forças sexuais não se encontram suficientemente controladas por valores morais nas vítimas, surgem, freqüentemente, longos processos de desespero ou de delinqüência.
(Do livro Evolução em Dois Mundos, XVIII, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)
AMOR, ALIMENTO DAS ALMAS - Terminada a oração, chamou-nos à mesa a dona da casa, servindo caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados
de fluidos deliciosos. Eminentemente surpreendido, ouvi a senhora Laura observar com graça:
- Afinal, nossas refeições aqui são muito mais agradáveis que na Terra. Há residências, em "Nosso Lar", que as dispensam quase por completo; mas, nas zonas do Ministério do Auxílio, não podemos prescindir dos concentrados fluídicos, tendo em vista os serviços pesados que as
circunstâncias impõem. Despendemos grande quantidade de energias. É necessário renovar provisões de força.
- Isso, porém - ponderou uma das jovens -, não quer dizer que somente nós, os funcionários do Auxílio e da Regeneração, vivamos a depender de alimentos. Todos os Ministérios, inclusive o da União Divina, não os dispensam, diferindo apenas a feição substancial. Na Comunicação e
no Esclarecimento há enorme dispêndio de frutos. Na Elevação o consumo de sucos e concentrados não é reduzido, e, na União Divina, os fenômenos de alimentação atingem o inimaginável.
Meu olhar indagador ia de Lísias para a Senhora Laura, ansioso de explicações imediatas. Sorriam todos da minha natural perplexidade, mas a mãe de Lísias veio ao encontro dos meus desejos, explicando:
- Nosso irmão talvez ainda ignore que o maior sustentáculo das criaturas é justamente o amor. De quando em quando, recebemos em "Nosso Lar" grandes comissões de instrutores, que ministram ensinamentos relativos à nutrição espiritual. Todo sistema de alimentação, nas variadas esferas da vida, tem no amor a base profunda. O alimento físico, mesmo aqui, propriamente considerado, é simples problema de materialidade transitória, como no caso dos veículos terrestres, necessitados de colaboração da graxa e do óleo. A alma, em si, apenas se
nutre de amor. Quanto mais nos elevarmos no plano evolutivo da Criação, mais extensamente conheceremos essa verdade. Não lhe parece que o amor divino seja o cibo do Universo?
Tais elucidações confortavam-me sobremaneira. Percebendo-me a satisfação íntima, Lísias interveio, acentuando:
- Tudo se equilibra no amor infinito de Deus, e, quanto mais evolvido o ser criado, mais sutil o processo de alimentação. O verme, no subsolo do planeta, nutre-se essencialmente de terra. O grande animal colhe na planta os elementos de manutenção, a exemplo da criança sugando o seio materno. O homem colhe o fruto do vegetal, transforma-o segundo a exigência do paladar que lhe é próprio, e serve-se dele à mesa do lar. Nós outros, criaturas desencarnadas, necessitamos de substâncias suculentas, tendentes à condição fluídica, e o processo será cada vez mais delicado, à medida que se intensifique a ascensão individual.
- Não esqueçamos, todavia, a questão dos veículos - acrescentou a senhora Laura -, porque, no fundo, o verme, o animal, o homem e nós, dependemos absolutamente do amor. Todos nos movemos nele e sem ele não teríamos existência.
- É extraordinário! - aduzi, comovido.
- Não se lembra do ensino evangélico do "amai-vos uns aos outros"? -prosseguiu
a mãe de Lísias atenciosa - Jesus não preceituou esses princípios objetivando tão-somente os casos de caridade, nos quais todos aprenderemos, mais dia menos dia, que a prática do bem constitui simples dever. Aconselhava-nos, igualmente, a nos alimentarmos uns aos outros, no
campo da fraternidade e da simpatia. O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal - patrimônios que se derivam naturalmente do amor profundo - constituem sólidos alimentos para a vida em si. Reencarnados na Terra, experimentamos grandes limitações; voltando para cá, entretanto, reconhecemos que toda a
estabilidade da alegria é problema de alimentação puramente espiritual. Formam-se lares, vilas, cidades e nações em obediência a imperativos tais.
Recordei instintivamente as teorias do sexo, largamente divulgadas no mundo; mas, adivinhando-me talvez os pensamentos, a senhora Laura sentenciou:
- E ninguém diga que o fenômeno é simplesmente sexual. O sexo é manifestação sagrada desse amor universal e divino, mas é apenas uma expressão isolada do potencial infinito. Entre os casais mais espiritualizados, o carinho e a confiança, a dedicação e o entendimento mútuos permanecem muito acima da união física, reduzida, entre eles, a realização transitória. A permuta magnética é o fator que estabelece ritmo necessário à manifestação da harmonia. Para que se alimente a ventura, basta a presença e, às vezes, apenas a compreensão.
Valendo-se da pausa, Judite acrescentou:
- Aprendemos em "Nosso Lar" que a vida terrestre se equilibra no amor, sem que a maior parte dos homens se aperceba. Almas gêmeas, almas irmãs, almas afins, constituem pares e grupos numerosos. Unindo-se umas às outras, amparando-se mutuamente, conseguem equilíbrio no plano de redenção. Quando, porém, faltam companheiros, a criatura menos forte costuma sucumbir em meio da jornada.
- Como vê, meu amigo - objetou Lísias contente -, ainda aqui é possível relembrar o Evangelho do Cristo. "Nem só de pão vive o homem."
Antes, porém, de se alinharem novas considerações, tiniu a campainha fortemente.
Levantou-se o enfermeiro para atender.
Dois rapazes de fino trato entraram na sala.
- Aqui tem - disse Lísias, dirigindo-se a mim gentilmente - nossos irmãos Polidoro e Estácio, companheiros de serviço no Ministério do Esclarecimento.
Saudações, abraços, alegria.
Decorridos momentos, a senhora Laura falou sorridente:
- Todos vocês trabalharam muito, hoje. Utilizaram o dia com proveito. Não estraguem o programa afetivo, por nossa causa. Não esqueçam a excursão ao Campo da Música.
Notando a preocupação de Lísias, advertiu a palavra materna:
- Vai, meu filho. Não faças Lascínia esperar tanto. Nosso irmão ficará em minha companhia, até que te possa acompanhar nesses entretenimentos.
- Não se incomode por mim - exclamei, instintivamente.
A senhora Laura, porém, esboçou amável sorriso e respondeu
- Não poderei compartilhar das alegrias do Campo, ainda hoje. Temos em casa minha neta convalescente, que voltou da Terra há poucos dias.
Saíram todos, em meio do júbilo geral. A dona da casa, fechando a porta, voltou-se para mim e explicou sorridente:
- Vão em busca do alimento a que nos referíamos. Os laços afetivos, aqui, são mais belos e mais fortes. O amor, meu amigo, é o pão divino das almas, o pábulo sublime dos corações.
("Nosso Lar", cap. 18, André Luiz/Chico Xavier, FEB)
acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos
que lhes são necessários ao progresso."
Há, por isso, consórcios de infinita gradação no Plano Terrestre e no Plano Espiritual, nos quais os elementos sutis de comunhão prevalecem acima das linhas morfológicas do vaso físico, por se ajustarem ao sistema psíquico, antes que às engrenagens da carne, em circuitos substanciais de energia.
Contudo, até que o Espírito consiga purificar as próprias impressões, além da ganga sensorial em que habitualmente se desregra no narcisismo obcecante, valendo-se de outros seres para satisfazer a volúpia de hipertrofiar-se psiquicamente no prazer de si mesmo, numerosas reencarnações instrutivas e reparadoras se lhe debitam no livro da vida, porque não cogita exclusivamente do próprio prazer sem lesar os outros, e toda vez que lesa alguém abre nova conta resgatável em tempo certo.
Isso ocorre porque o instinto sexual não é apenas agente de reprodução, entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso.
Os Espíritos santificados, em cuja natureza superevolvida o instinto sexual se diviniza, estão relativamente unidos aos Espíritos Glorificados, em que descobrem as representações de Deus que procuram, recolhendo de semelhante entidades as cargas magnéticas sublimadas, por eles próprios liberados no êxtase espiritual.
De outro lado, as almas primitivas comumente lhe gastam a força em excessos que lhes impõem duras lições.
Entre os espíritos santificados e as almas primitivas, milhões de criaturas conscientes, viajando da rude animalidade para a Humanidade enobrecida, em muitas ocasiões se arrojam a experiências menos dignas, privando a companheira ou o companheiro do alimento psíquico a que nos reportamos, interrompendo a comunhão sexual que lhes alentava a euforia, e, se as forças sexuais não se encontram suficientemente controladas por valores morais nas vítimas, surgem, freqüentemente, longos processos de desespero ou de delinqüência.
(Do livro Evolução em Dois Mundos, XVIII, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)
AMOR, ALIMENTO DAS ALMAS - Terminada a oração, chamou-nos à mesa a dona da casa, servindo caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados
de fluidos deliciosos. Eminentemente surpreendido, ouvi a senhora Laura observar com graça:
- Afinal, nossas refeições aqui são muito mais agradáveis que na Terra. Há residências, em "Nosso Lar", que as dispensam quase por completo; mas, nas zonas do Ministério do Auxílio, não podemos prescindir dos concentrados fluídicos, tendo em vista os serviços pesados que as
circunstâncias impõem. Despendemos grande quantidade de energias. É necessário renovar provisões de força.
- Isso, porém - ponderou uma das jovens -, não quer dizer que somente nós, os funcionários do Auxílio e da Regeneração, vivamos a depender de alimentos. Todos os Ministérios, inclusive o da União Divina, não os dispensam, diferindo apenas a feição substancial. Na Comunicação e
no Esclarecimento há enorme dispêndio de frutos. Na Elevação o consumo de sucos e concentrados não é reduzido, e, na União Divina, os fenômenos de alimentação atingem o inimaginável.
Meu olhar indagador ia de Lísias para a Senhora Laura, ansioso de explicações imediatas. Sorriam todos da minha natural perplexidade, mas a mãe de Lísias veio ao encontro dos meus desejos, explicando:
- Nosso irmão talvez ainda ignore que o maior sustentáculo das criaturas é justamente o amor. De quando em quando, recebemos em "Nosso Lar" grandes comissões de instrutores, que ministram ensinamentos relativos à nutrição espiritual. Todo sistema de alimentação, nas variadas esferas da vida, tem no amor a base profunda. O alimento físico, mesmo aqui, propriamente considerado, é simples problema de materialidade transitória, como no caso dos veículos terrestres, necessitados de colaboração da graxa e do óleo. A alma, em si, apenas se
nutre de amor. Quanto mais nos elevarmos no plano evolutivo da Criação, mais extensamente conheceremos essa verdade. Não lhe parece que o amor divino seja o cibo do Universo?
Tais elucidações confortavam-me sobremaneira. Percebendo-me a satisfação íntima, Lísias interveio, acentuando:
- Tudo se equilibra no amor infinito de Deus, e, quanto mais evolvido o ser criado, mais sutil o processo de alimentação. O verme, no subsolo do planeta, nutre-se essencialmente de terra. O grande animal colhe na planta os elementos de manutenção, a exemplo da criança sugando o seio materno. O homem colhe o fruto do vegetal, transforma-o segundo a exigência do paladar que lhe é próprio, e serve-se dele à mesa do lar. Nós outros, criaturas desencarnadas, necessitamos de substâncias suculentas, tendentes à condição fluídica, e o processo será cada vez mais delicado, à medida que se intensifique a ascensão individual.
- Não esqueçamos, todavia, a questão dos veículos - acrescentou a senhora Laura -, porque, no fundo, o verme, o animal, o homem e nós, dependemos absolutamente do amor. Todos nos movemos nele e sem ele não teríamos existência.
- É extraordinário! - aduzi, comovido.
- Não se lembra do ensino evangélico do "amai-vos uns aos outros"? -prosseguiu
a mãe de Lísias atenciosa - Jesus não preceituou esses princípios objetivando tão-somente os casos de caridade, nos quais todos aprenderemos, mais dia menos dia, que a prática do bem constitui simples dever. Aconselhava-nos, igualmente, a nos alimentarmos uns aos outros, no
campo da fraternidade e da simpatia. O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal - patrimônios que se derivam naturalmente do amor profundo - constituem sólidos alimentos para a vida em si. Reencarnados na Terra, experimentamos grandes limitações; voltando para cá, entretanto, reconhecemos que toda a
estabilidade da alegria é problema de alimentação puramente espiritual. Formam-se lares, vilas, cidades e nações em obediência a imperativos tais.
Recordei instintivamente as teorias do sexo, largamente divulgadas no mundo; mas, adivinhando-me talvez os pensamentos, a senhora Laura sentenciou:
- E ninguém diga que o fenômeno é simplesmente sexual. O sexo é manifestação sagrada desse amor universal e divino, mas é apenas uma expressão isolada do potencial infinito. Entre os casais mais espiritualizados, o carinho e a confiança, a dedicação e o entendimento mútuos permanecem muito acima da união física, reduzida, entre eles, a realização transitória. A permuta magnética é o fator que estabelece ritmo necessário à manifestação da harmonia. Para que se alimente a ventura, basta a presença e, às vezes, apenas a compreensão.
Valendo-se da pausa, Judite acrescentou:
- Aprendemos em "Nosso Lar" que a vida terrestre se equilibra no amor, sem que a maior parte dos homens se aperceba. Almas gêmeas, almas irmãs, almas afins, constituem pares e grupos numerosos. Unindo-se umas às outras, amparando-se mutuamente, conseguem equilíbrio no plano de redenção. Quando, porém, faltam companheiros, a criatura menos forte costuma sucumbir em meio da jornada.
- Como vê, meu amigo - objetou Lísias contente -, ainda aqui é possível relembrar o Evangelho do Cristo. "Nem só de pão vive o homem."
Antes, porém, de se alinharem novas considerações, tiniu a campainha fortemente.
Levantou-se o enfermeiro para atender.
Dois rapazes de fino trato entraram na sala.
- Aqui tem - disse Lísias, dirigindo-se a mim gentilmente - nossos irmãos Polidoro e Estácio, companheiros de serviço no Ministério do Esclarecimento.
Saudações, abraços, alegria.
Decorridos momentos, a senhora Laura falou sorridente:
- Todos vocês trabalharam muito, hoje. Utilizaram o dia com proveito. Não estraguem o programa afetivo, por nossa causa. Não esqueçam a excursão ao Campo da Música.
Notando a preocupação de Lísias, advertiu a palavra materna:
- Vai, meu filho. Não faças Lascínia esperar tanto. Nosso irmão ficará em minha companhia, até que te possa acompanhar nesses entretenimentos.
- Não se incomode por mim - exclamei, instintivamente.
A senhora Laura, porém, esboçou amável sorriso e respondeu
- Não poderei compartilhar das alegrias do Campo, ainda hoje. Temos em casa minha neta convalescente, que voltou da Terra há poucos dias.
Saíram todos, em meio do júbilo geral. A dona da casa, fechando a porta, voltou-se para mim e explicou sorridente:
- Vão em busca do alimento a que nos referíamos. Os laços afetivos, aqui, são mais belos e mais fortes. O amor, meu amigo, é o pão divino das almas, o pábulo sublime dos corações.
("Nosso Lar", cap. 18, André Luiz/Chico Xavier, FEB)
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